domingo, 4 de novembro de 2007

Andromeda


por Quatermass



Curiosa é a relação Star Trek Enterprise e Andromeda. As duas séries foram anunciadas conjuntamente pelo Canal AXN em 2002 e exibidas em seqüência nas sextas-feiras, às 20h e 21h, respectivamente. Gerou-se uma dupla expectativa, pois se em Enterprise, a missão era continuar exibindo a franquia gerenciada por Brannon Braga (Nova Geração, Voyager e Deep Space Nine); Andromeda partia de uma premissa diferente, concebida originalmente por Gene Roddenberry e desenvolvida por Robert Hewwit Wolfe.


Star Trek Enterprise foi um fiasco, nunca empolgou. Como sempre: roteiros fracos, discursos bobos, conceitos recauchutados, a inexistência de uma trilha sonora à altura da série original, etc, etc, etc. Ainda assim, a caixa-registradora somente parou de funcionar após a quarta temporada. Mas, e Andrômeda? Conta a lenda que a viúva de Roddenberry, Majel Barret encontrou em meio aos documentos do falecido rascunhos sobre uma nave espacial perdida e um período de caos. A partir disto desenvolveu-se a história. Foi o que faltou para Brannon Braga & cia: idéias novas e bem escritas.


Andromeda é uma nave de combate que após uma batalha, ela e seu capitão ficaram presos num buraco negro por trezentos anos. Nesse meio tempo, o universo mudou: a ordem e a paz desapareceram, agora ameaçados pelo Abismo (o mal ou coisa parecida). Resgatados por uma equipe de mercenários, logo estes passam a integrar como tripulação da nave. Kevin Sorbo (Hércules) se superou desta vez: está carismático como o capitão Dylan Hunt.


Na série sobressaem também o avatar da nave, a bela morena mignon Lexa Doig; e também um sujeito chamado Tyr (Keith Hamilton Cobb), o anti-herói, mau caráter. É interessante o relacionamento do capitão e o avatar (principalmente na primeira temporada). Possui uma excelente trilha sonora (aleluia!) de Matthew McCauley, demonstrando a mesma competência de Mark Snow (Arquivo X) e Christopher Franke (Babylon 5). Tem muita pauleira, é politicamente incorreta. Uma grande série, possui mitos próprios.


Sou categórico: o melhor episódio de Enterprise ainda é inferior ao episódio mais fraco de Andromeda. Durou cinco temporadas e, espero, não venha nenhum Brannon Braga querer fazer uma franquia.


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