domingo, 17 de julho de 2011

SPACE BATTLESHIP YAMATO – LIVE ACTION (2010)



por Quatermass



Cá estava eu escrevendo três comentários sobre filmes sci-fi alemães dos anos trinta (que serão os próximos logo após este post), quando o camaleônico Eudes, num de seus vários blogs (Supersônico a Carvão), colocou no ar este longa que nunca em minha vida pensei assistir tão cedo (11.07.2011).



Para falar a verdade, estava mais curioso que ansioso, já que considero as três temporadas de Uchuu Senkan Yamato/Star Blazers/Patrulha Estelar (1974, 1978 e 1979) muito superiores aos cinco longas. Já tinha ficado receoso ano passado quando da notícia da estréia deste longa “de carne e osso”.

Fã declarado da série, aguardei o momento de assistir com a calma, paciência e compreensão de quem já havia visto o Yamato ser destruído duas vezes; depois deste filme, vi pela terceira vez! Mais que isso: este comentário acabou ficando pronto antes dos demais, saindo do forno direto para o PC de nosso blogmaster.







Afinal, há qualidades? Sim e não! A história é uma mescla da 1º temporada/1º longa (Viagem à Iskandar - 1977) com o 2º longa (Saraba uchu senkan Yamato; Ai no senshitachi – Cometa Império – 1978). Há personagens de ambos, com soluções à moda Battlestar Galactica: personagens antes masculinos agora femininos (Dr. Sado e Aihara) e mulheres que pilotam (a antes delicada Yuki Mori – eterna namorada de Kodai).








Assistir o Yamato decolar ainda provoca “arrepio na espinha”, tanto em anime quanto via computação gráfica. A idéia de recauchutar a velha trilha sonora também comove o fã, principalmente quando executam a enésima versão de “Universe Spreading to Infinity” - na cena em que a (agora) entidade Iskandar comunica-se empaticamente por Yuki. Fizeram uma mexida bem feita, ainda que não seja uma releitura de todo.







A solução encontrada para Deslok aparecer somente no final, deixou a desejar, já que era um dos melhores personagens; e o principal furo do roteiro: desumanizaram os Gamilons. Como encaixar uma figura incrivelmente carismática (Deslok) em meio à "ETs de Varginha"?






A história, para quem não conheceu os citados longas (uma lástima) é a seguinte: em 2.199, a Terra é atacada constantemente por Gamilon, tornando-se estéril e radioativa. Derrotados, os humanos possuem somente um encouraçado da segunda guerra mundial, que dotado de um novo tipo de propulsor e arma (o canhão de ondas), de origem alienígena, partem para Iskandar na esperança de encontrar um aparato de despolua o planeta.

Em sua viagem experimentam tanto viajar em “warp” quanto dar "tirinhos" com o citado canhão.
Ao encontrar Iskandar, a surpresa (e realmente a idéia mais inteligente do roteiro).

Passadas 2h15min, o final inevitável, não só do filme quanto da nave. Mas pense pelo lado positivo: após assistir Yamato ser destruído três vezes, pode vir a ser a sequência que já estamos acostumados!



Em tempo: fica a sugestão para conferir a postagem de SPACE BATTLESHIP YAMATO no blog Cine Space Monster, AQUI.









sábado, 16 de julho de 2011

Grandes Momentos do Rock: The Beach Boys



por Thintosecco




Prosseguindo com grupos dos anos 1960, cito desta vez The Beach Boys. Tal como os Byrds, trata-se de outra banda subestimada no Brasil. Não foram tão bons quanto os Beatles, é claro. Porém com a ousadia de tentar sê-lo, ajudaram a elevar o rock'n'roll a um patamar mais elevado.



A chamada surf music já existia de eles surgirem, mas era um gênero basicamente instrumental, dominado por bandas como The Ventures, The Shadows e Dick Dale and his Dell-Tones. Os Beach Boys trouxeram o vocal.


Ficaram muito marcados por essa primeira fase (1962-1964, mais ou menos) gravando clássicos do gênero. Também se destacaram com canções num ritmo derivado do surf, batizado hot rod, com referência aos carangos "tunados" da época.



Porém em 1964 a "praia" deles foi invadida por um novo fenômeno: a Beatlemania. A banda liderada por Brian Wilson (baixo, vocal) assistiu o quarteto de Liverpool dominar as paradas de sucesso e trazer atrás de si diversas bandas britânicas.


Reagiram, aprimorando seu som com arranjos cada vez mais elaborados. Ainda naquele ano, mesmo com Beatles e cia., conseguiram emplacar uma canção no top 1 da Revista Billboard: I Get Around.







Mais do que um desafio, superar os Beatles foi se tornando uma obsessão para o líder dos Beach Boys. Brian Wilson tinha um talento especial para arranjar as harmonias, as quais foi incrementaando até chegar ao que já foi chamado de "pop barroco".




Na época a maioria das bandas da época tentava parecer com o quarteto de Liverpool, mas os Beach Boys exploravam novas sonoridades. O álbum Today! (1965) foi bastante trabalhado em estúdio, inclusive com influência da técnica Wall of Sound (sobreposição de sons, obtendo-se uma sonoridade mais "robusta"), com resultado final bastante diferente da surf music dos primeiros tempos. É dessa época Dance, Dance, Dance.



Entretanto, a banda surpreendeu mesmo foi com o álbum Pet Sounds (1966). Um álbum diferente e muito trabalhado, que muitos consideram mais avançado do que o contemporâneo Rubber Soul, dos Beatles. Destaque para God Only Knows.


Muito embora tenha logo sido ofuscado pelo brilho do genial Revolver, chamou a atenção de muita gente, inclusive da dupla Lennon/McCartney. O próprio Paul mencionou-o como seu álbum predileto. Especula-se que Pet Sounds tenha influenciado os Beatles a irem ainda mais longe no experimentalismo musical, resultando no mítico Sgt. Peppers.




A propósito, Sgt. Peppers foi lançado enquanto Brian Wilson trabalhava no álbum Smile, que planejava ser a obra-prima de sua banda. Diz a lenda que ele caiu em depressão logo após ouvir o disco mais aclamado dos Beatles, provavelmente por constatar que não poderia superá-lo. O fato é que Brian tinha problemas psíquicos e também estava envolvido com drogas, não conseguindo terminar sua obra.




Porém uma fração das idéias de Brian Wilson tomou corpo no single Good Vibrations (1966). Avançada, criativa, e sintonizada com as idéias libertárias de seu tempo, essa canção tornou-se um marco do rock, em especial da vertente psicodélica. Não, os rapazes da praia não morreram nela. Fizeram mais do que o suficiente para serem lembrados.


A todos,
boas vibrações!





sexta-feira, 15 de julho de 2011

LEITURA DA BÍBLIA



Há muito tempo vivia um homem de Deus muito sábio. Um dia, foi visita-lo um jovem rapaz que tinha algo apertando seu coração.

- Eu leio tanto a Bíblia Sagrada – disse ele – Eu gostaria de lembrar e a guardar em mim tudo o que leio. Mas eu não consigo. A maioria dos textos eu esqueço imediatamente. Então, pra que ler?

O velho homem o ouviu atentamente. Então, disse-lhe:

- Pegue este cesto de vime e busque água no poço que está atrás da casa.

O rapaz se perguntou se realmente o velho homem tinha entendido a sua pergunta. Meio a contra-gosto ele pegou aquele cesto todo sujo e foi até o poço. Quando ele regressou, a água que tinha apanhado no poço já tinha escorrido toda pelas frestas do vime.

- Vá mais uma vez. – Disse o velho homem e o jovem obedecendo, voltou ao poço.

E assim, uma terceira e uma quarta vez..até a nona vez! Ele está testando minha obediência” pensou o jovem rapaz “e com certeza depois vai responder minha pergunta. Sempre de novo ele colocava água no cesto e sempre de novo a água vazava e escorria pelo chão.

Finalmente disse o velho homem:

- Olhe agora para o cesto de vime. Ele está totalmente limpo! Assim acontece com você quando você lê e medita nas palavras do Livro Sagrado.Você não pode reter tudo, elas parecem que atravessam você e você acha que todo teu esforço é em vão. Mas, sem que você perceba, estas palavras formam e clareiam teus pensamentos. E juntamente com isto, todo teu interior vai sendo limpo.


“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra !” II Timóteo 3:16-17


A Bíblia nos mostra qual a intenção de Deus, a situação do homem, o caminho para a salvação, o destino do pecador que não se arrepende e as bênçãos para os crentes em Jesus. Seus ensinos são santos, seus preceitos para serem cumpridos, suas narrativas e histórias verdadeiras e suas decisões inalteráveis. Leia a Bíblia para compreende-la e a pratique em sua vida, para ser santificado.


Texto extraído deste blog: http://blogs.gospelmais.com.br/pastorclaybom/por-que-ler-a-biblia/

domingo, 10 de julho de 2011

CAÇA ÀS BRUXAS




por Quatermass





Caça às Bruxas (Season of the Witch - 2011) representa uma nova safra de filmes em que as bruxas são em realidade... bruxas!


Por que meu espanto? Porque se parte da população feminina foi dizimada na Europa nos séculos XIII a XVII em razão da ignorância, profundo fatalismo religioso e interesses políticos, já o filme supracitado não deixa de ser um deja vu do gênero, recentemente acompanhado por Peste Negra e Centurião.

Os três são interessantes, mas analisados futuramente em separado. No citado trio verifica-se o primoroso cuidado com a reconstituição de época, acabando-se aí as semelhanças.




Neste filme protagonizado pelos cavaleiros (cruzados??) Behmen (Nicolas Cage) e Felson (Ron Pearlman), difere dos demais pelo acentuado exagero. Exagero em todos os sentidos: soldados cruzados enfrentando infiéis sucessivamente no século XIV; acrescido de uma peste provocada por feitiços, a bela feiticeira que na verdade é o satã, e por aí vai.






Mas, como já disse, vale pelos atores, ainda que em papéis e situações absolutamente inverossímeis (principalmente se comparado à Centurião). E talvez o maior defeito de Caça às Bruxas seja o contexto atual: lançado num mesmo período que as outras duas obras, resulta no fato que suas deficiências ressaltam mais claramente. Mas, afinal, qual é a história (já que comecei pelo escracho)?






Tendo desertado do exército cruzado, Behmen e Felson são presos na Europa. Behmen, em particular, desilude-se incursões militares conduzidas e propaladas pela Igreja. Porém, com a promessa de perdão são então incumbidos de mais uma missão: encaminhar uma jovem acusada de bruxaria até o mosteiro para que seja julgada pelos clérigos.

A escolta é constituída também um padre, um guia picareta (que entre outras coisas vende relíquias antigas autênticas) e os extras de plantão (muito úteis – senão para o único papel que lhes cabe – de serem eliminados).




Apesar do carisma dos dois protagonistas, já fica claro ao cinéfilo que se pudesse escolher preferiria assistir um reality show: o meio e o final já são previsíveis após os primeiros trinta minutos, sem ter direito à manipular o resultado.

Daí que, diante do roteiro manjado, senão inevitável, resta ao cinéfilo esperar que num último instante surja um lampejo de originalidade. Ou então faça como certos fãs de Star Wars: que a princípio, efeitos especiais é tudo, mas, num segundo momento, desejar que a próxima continuação da saga contenha também inteligência.



quarta-feira, 6 de julho de 2011

SOMEWHERE by Within Temptation

sexta-feira, 1 de julho de 2011

PIRATAS DO CARIBE - QUADRILOGIA



por Quatermass


Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (2003), o Baú da Morte (2006), No Fim do Mundo (2007) e Navegando em Águas Misteriosas (2011) representa uma série bem sucedida que levou para além mar a atração dos parques da Disney.


Diria que, após assistir os quatro filmes da franquia, chega-se à conclusão que seu sucesso se deve principalmente a atuação do pirata Jack Sparrow (Johnny Depp). Não só ele, como também o resto do elenco, que à exceção de Will Turner (Orlando Bloom) nos três primeiros filmes, são até simpáticos, principalmente o desafeto de Jack, o Capitão Barbossa (Geoffrey Rush).




Diria até mais: se não fossem os trejeitos que Johnny Depp incrementou em seu personagem, seria apenas mais um série de filmes de aventuras descartáveis após A Maldição do Pérola Negra (2003). Trejeitos que apesar de exagerados, em momento algum desperta homofobia, ao contrário, é hilário.


Um exemplo, quando Sparrow está na iminência de dar um beijo em Angelica Malon (Penélope Cruz), rapidamente desvia do curso e diz um singelo, evasivo e pouco romântico “te amo”. Afetado sem ser afeminado, eis a questão!


Um dos segredos deste personagem é que esta afetação sempre se faz necessária quando parte do contexto e não de forma gratuita.


Psicologicamente falando, arriscaria dizer que Sparrow é um “sujeito-com-traumas-não-resolvidos-que-usa-da-afetação-como-meio-de-fuga”; agora, de maneira menos pedante, poderia especular que é um “espertalhão-cara-de-pau-não-assumido”.



Sintetizando muito brevemente, a história do primeiro filme reduz-se ao rapto da filha do governador, Elizabeth Swann (Keira Knightley), cujo sangue livrará o capitão Barbossa e a tripulação do “Pérola Negra” de uma maldição “zumbi-esquelético-fantasmagórica; no segundo e terceiro filmes há uma relação mal resolvida entre Jack Sparrow, Barbossa e Davy Jones, Capitão do “Holandês Voador”, que durante mais de quatro horas tentam em vão discutir a relação (e que no fim dão um tempo); e, finalmente, o quarto e provavelmente não o último, Jack Sparrow & Cia (agora sem Orlando Bloom e Keira) juntam-se (alegremente) ao bando de Barba Negra em busca da fonte da juventude.










Obviamente, há críticas: em todos o quatro filmes, praticamente não existe enredo na acepção precisa da palavra, apenas situações, por vezes absurdas, que se sucedem de maneira intermitente. Passados os primeiros dez minutos o espectador já nem sabe como começou. E após, tantas voltas e reviravoltas, de repente, depara-se com o cerne da história nos vinte minutos finais, quando então termina o filme.





Uma das cenas mais estapafúrdias em No Fim do Mundo é quando o pirata tresloucado depara-se com uma multidão de carangueijos que carregam seu navio praia afora.



Situações absurdas e exageradamente longas (o mesmo problema de King Kong, de Peter Jackson) não tiram o brilho da quadrilogia, ainda que, se excluído o supérfluo caberiam todos em pouco mais de duas horas.



E enquanto Johnny Depp continuar atuando com seu simpático personagem afetado sem se repetir (o que duvido), seguirá arrebatando bilheteiras para, no fim das contas, se pagar sempre pela mesma coisa: tais como as atrações da Disney!







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