sábado, 28 de março de 2009

A AVENTURA NO RÁDIO


Tioguara



No início dos anos 80, a programação das rádios FM de Porto Alegre era um saco! As rádios Cidade e Atlântida dominavam, mas suas programações eram quase idênticas. E muito previsíveis, já que repetiam cerca de dez vezes por dia a mesma lista de umas vinte e poucas músicas! Fora disso, havia a Guaíba FM - com suas músicas de sala de espera - e umas duas ou três outras emissoras menos lembradas, como a Capital e a Bandeirantes, que passavam quase despercebidas. Para quem queria ouvir um som diferente, a solução estava nos velhos discos de vinil, muitas vezes emprestados pelos amigos ou copiados em fitas cassetes de qualidade sofrível. Era um estado de coisas que precisava mudar.


É nesse ponto que começa a história de uma dupla de jovens nerds - Tioguara e Gordo - que então tiveram a idéia de uma plano infalível. Uso essa expressão não porque a idéia fosse brilhante, mas porque estava mais para os "planos infalíveis" das histórias da Turma da Mônica, ou seja, tinha tudo para dar errado. O plano era "apenas" o seguinte: usando nossos rudimentares conhecimentos de eletrônica (que se resumiam à alguma leitura de revistas e montagem de alguns kits) eu e meu amigo Henrique colocaríamos no ar uma Rádio Pirata! E nesta rádio tocaríamos as músicas que muita gente gostava, mas que nunca tocavam no rádio, tipo o Pink Floyd, Led Zeppelin, Jethro Tull... E artistas ótimos , mas menos conhecidos, como o Mike Oldfield, que jamais tocariam nas rádios comuns! E, pra completar, colocaríamos a "boca no trombone" contra o sistema opressor, que queria determinar até o nosso gosto musical!



A idéia então era muito ousada, senão maluca. Na época rádios piratas não proliferavam como hoje – nem a música famosa do RPM tinha estourado ainda – e ainda estávamos sob o regime militar, embora em seus últimos momentos. Antes de colocar em prática a rádio, já sabíamos quem seria o nosso arqui-inimigo: o DENTEL (Departamento Nacional de Telecomunicações, eu acho), que era o órgão que fiscalizava a atuação das rádios e TVs naquele tempo.


Não tínhamos material nem dinheiro. Só a vontade e aquele "fio" de experiência, com os kits das revistas. Mas acreditem: meu amigo conseguiu montar um pequeno transmissor de FM. Só que o alcance dele era de apenas alguns metros... Daí que a rádio até poderia ser uma rádio comunitária, desde que a comunidade fosse limitada à casa do próprio radialista! Serviu como brinquedo.


Mas não desistimos. Continuamos com a pesquisa por um transmissor mais potente. Mas, enquanto nosso projeto “subversivo” era sucessivamente adiado - fosse pelo preço ou pela dificuldade em encontrar as peças necessárias - algo diferente surgia no dial do três-em-um da sala.


Como já contamos outras vezes aqui no blog, um fato que marcou a geração dos anos 80 em POA foi o surgimento da Ipanema FM, uma rádio com uma proposta diferente das demais na época: raramente tocava os sucessos do momento, mas dava prioridade aos alternativos e às bandas que a galera pedia, novas ou antigas. O locutor Mauro Borba conta os detalhes dessa história no seu livro Prezados Ouvintes.





Resumindo, em meados de 1983, a gurizada ganhou uma opção diferenciada de rádio, apesar de muitos terem demorado um bom tempo para perceber.



A programação abrangia uma diversidade que ia desde a MPB até o heavy metal, passando pelo classic rock, progressivo, new wave, reagge, tecno, punk... quase qualquer coisa. Na Ipanema de então era mais fácil ouvir o Lou Reed ou o Egberto Gismonti do que o Michael Jackson ou a Madonna. Claro que havia certa variação, dependendo do horário e do apresentador. Nessa época, meus programas favoritos eram o Hora do Rush, no final da tarde, com o Mauro Borba, e o Central Rock, com o Ricardo Barão (quando rolava o som pesado e as bandas clássicas, chamadas “as véias”), que inicialmente era restrito às noites de sábado.



Já fazia algum tempo que a Ipanema estava no ar e a rádio inclusive já apresentava novos locutores. Entre estes, havia uma radialista que se destacava pela voz bonita e pela criatividade: a Katia Suman. A Katia trouxe para a Ipanema, entre outras novidades, uma que era extraordinária: um programa chamado Clube do Ouvinte.


A proposta desse programa era tão democrática que era até difícil de acreditar que fosse mesmo verdade. Nas noites de terça-feira, a rádio cedia, gratuitamente, um espaço de duas horas (repito, duas horas!) para que um ouvinte (ou uma dupla) contasse a história e tocasse as principais músicas do músico ou banda favoritos. Isso numa rádio de alcance e audiência consideráveis, na capital do Estado! E o intrépido ouvinte assumia mesmo o microfone da emissora, com ou sem formação pra isso, "na raça"!


Esse programa foi incrível: ali ouvimos muita música boa e conhecemos bandas e artistas interessantes, histórias curiosas também.Agora, o mais fantástico - pelo menos pra mim, já que essa aventura faz parte da minha história pessoal - é que alguns meses depois, por incrível que pareça, Tioguara e Gordo estariam no ar com aquele programa!


Essa parte da história fica para daqui a alguns dias. Por enquanto, deixo dois clipes que representam diferentes tribos, sendo que todas se encontravam e faziam a festa naqueles 94.9 do rádio!

Continua.






domingo, 22 de março de 2009

STINGRAY




Quatermass



Bem no início deste blog, lá por 2007, foram postados vários comentários sobre os seriados de Gerry Anderson. Faltaram alguns, dentre estes Stingray.



Stingray é sucessor de Fireball XL-5 (também exibido pela extinta TV Tupi) e o primeiro colorido. Produção inglesa de 1964, anterior à Thunderbirds e Capitão Escarlate, segue a linha do primeiro, ou seja, mais infantil e escapista, porém dotado de mensagem extremamente positiva. Digo isto, porque após Thunderbirds, Gerry Anderson voltou-se para o público infanto juvenil, com muito mais mortes e violência. Não que eu seja uma pessoa sensível, porém, percebe-se que houve uma mudança de público e enfoque!



Mesmo assim, Troy Tempest e cia resgatam momentos de nossa infância, mais para Vila Sésamo e Muppet Show. Já houve tempo em que seriados, inclusive desenhos, apresentavam destruição, mutilação e morte a torto e a direito! Já Stingray não. Mais parece um conto infantil dotado da excelente trilha sonora de Barry Gray. O submarino Stingray é até simpático, navegando em meio ao aquário!



Na contramão dos desenhos japoneses (que aprecio muito) e quarentão, gosto de ambos: na verdade, ao assistir Stingray, ingenuamente sinto saudades de Patrulha Estelar (Star Blazers), com a Argo (Yamato), o Capitão Avatar, Derek Wildstar e Desslok... Quanta diferença não?






sábado, 21 de março de 2009

NÃO SÃO AS CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS.

São apenas as trilhas dos próximos posts.




Isao Sasaki interpreta o tema de Yamato (Star Blazers).





O Rush, com Spirit Of The Radio, ao vivo, nos anos 80. Alguém se lembra que esse foi o tema do Jornal do Almoço, da TV Gaúcha, durante muitos anos?

ERICH FROMM E A ARTE DE AMAR



por Thintosecco



Psicanalista alemão radicado nos Estados Unidos em 1938, Erich Fromm buscou expandir o campo de estudo da psicologia, aproximando-a da sociologia. Nesse esforço, tentou conciliar as doutrinas aparentemente muito distintas de Sigmund Freud e Karl Marx.







Fromm não apenas desenvolveu um maior entendimento acerca dos processos que influenciam o indivíduo a partir de seu meio social, como utilizou conhecimentos da psicologia para explicar os fenômenos sociais. Chegou à conclusão que os processos neuróticos não são exclusivos dos indivíduos, mas acometem os grupos e até mesmo a sociedade como um todo.


Dedicou um de seus livros especialmente a este tema: Psicanálise da Sociedade Contemporânea, que é uma de suas obras principais, ao lado de Análise do Homem e O Medo à Liberdade.


A propósito de O Medo à Liberdade - e não "O Medo E A Liberdade" como consta erroneamente em vários sites na rede, passando uma idéia equivocada de seu conteúdo - trata-se da obra escrita em 1941 e que o tornou famoso, na qual analisa os mecanismos patológicos da mente humana capazes de manifestarem-se em grupos sociais gerando o autoritarismo e até mesmo o totalitarismo. Nesse livro, portanto, Fromm tentou entender e explicar como seu país natal abraçou a loucura do regime nazista, do qual ele mesmo fugira em 38.



A principal missão do homem, na vida, é dar luz a si mesmo e tornar-se aquilo que ele é potencialmente. (em Análise do Homem)






Se o trabalho de Erich Fromm tivesse ficado por aí, já seria muito. Mas ele fez mais. Seu trabalho não foi dirigido apenas ao mundo acadêmico, mas procurou em seus livros utilizar uma linguagem mais acessível ao público leigo.




Escreveu também livros pequenos e simples (embora também importantes) e de fácil acesso, entre os quais destacam-se Ter ou Ser? e A Arte de Amar, sendo que especialmente este último tornou-se bastante popular entre os anos 60 e 80. Saiba então, se você encontrar esta obra na estante da casa de alguém, que não se trata de mais um livro de auto-ajuda entre tantos (embora seja também isso), mas que é um trabalho sério, apesar da exposição simples. E por todos esses motivos, muito recomendada.


A maior parte das pessoas vê no problema do amor, em primeiro lugar, o problema de ser amado, e não o problema da própria capacidade de amar. (em A Arte de Amar)


Fromm é considerado um pensador utópico, já que criticava a sociedade capitalista em que vivia - sobretudo com referência à questão do consumismo, especialmente abordado em Ter ou Ser? - e nutria ideais de mudança. Em resposta a esse crítica argumentava que a atitude sadia de um indivíduo, ao constatar que algo não está bem em si ou no seu meio, é de tentar mudar o status quo. A atitude contrária seria um sintoma de neurose.


A história da humanidade é a história da busca da individuação e da aspiração de liberdade. A busca da liberdade não é um processo metafísico, é a resultante necessária do processo de individuação e da expansão da cultura. Os sistemas autoritários não podem extinguir as condições que dão lugar à individuação, nem exterminar a busca da liberdade que surge nestas condições. (extraído de O Medo à Liberdade)


Conheci o Fromm de uma maneira muito simples. O livro Análise do Homem sempre esteve na estante da minha mãe, desde que me lembro, bem ao lado de O Profeta, do Gibran Kalil Gibran. Pelo menos até o dia em que eu tive curiosidade de lê-lo.

Mais tarde, na minha fase mais rebelde, me interessei em ler Psicanálise da Sociedade Contemporânea. Nerd tem cada uma, não é mesmo?

Foi a visita de um grande amigo, no mês passado, que me trouxe lembranças das leituras do Fromm, de quem não ouvia falar há muito tempo. Uma ótima leitura, diga-se. Novamente recomendo. No mais, não se esqueça de amar!

segunda-feira, 16 de março de 2009

EQUIPE ACROBÁTICA




por Quatermass



Numa tarde do mês de janeiro de 1976, um guri de 12 anos deleitava-se diante da televisão no salão do Hotel Albatroz, na praia do mesmo nome, litoral norte do Rio Grande do Sul. Nela passava um dos episódios mais conhecidos de Speed Racer: A Corrida Mais Perigosa do Mundo.


Dividida em 3 partes, depois do Carro Mamute, era o episódio mais conhecido da série. Também pudera! Uma história muito bem bolada, com alguns dos vilões mais carismáticos já criados pelos animes: a  Equipe Acrobática


Contra ela Speed terá de desafiar, a começar pela modificação no Mach 5, acrescentando pequenas aletas nas laterais (ideia copiada de seus rivais), passando pelo desafio de saltar com o Mach 5 através de penhascos em meio a uma enxurrada (pode conferir no vídeo do YouTube abaixo).






Este desenho, de animação tosca, reflete bem a qualidade dos desenhos japoneses daquela época – ótimos roteiros, ideias e direção. A trama deste episódio em especial foi meticulosamente desenvolvida, principalmente com relação aos personagens Gorducho, Speed, Snake e Corredor X.


Basta comparar com aquele fiasco homônimo dirigido pelos Irmãos Wachowski, cujo carro mais pulava do que corria – é ruim do doer! Depois de James West e Thunderbirds, duvido que haja outro filme baseado em seriado tão desvinculado com suas origens. Porque será que a Hollywood nunca supera os roteiros da tela pequena?



sábado, 14 de março de 2009

SUPERMÁQUINAS

Ferrari 599 HGTE




Hoje em dia não nos supreendemos com mais nada em termos de tecnologia. Para quem tem dinheiro para tanto, estão à disposição alguns brinquedos que põem "no chinelo", por exemplo, os velhos comunicadores do Capitão Kirk. Até o sr. Spock está ficando defasado...





E o K.I.T.T., do seriado A Super Máquina, então? Já era há muito tempo! Falando em carros, que é um assunto que fascina muita gente - e um grande amigo nosso em especial - selecionei imagens de algumas máquinas "da hora", segundo o Salão do Automóvel de Genebra 2009. Vejam se não poderiam estar num certo antigo desenho animado de corridas de automóveis "tunados"!




Bugatti Veyron Blue Centenaire
1400 HP
V.Max. 439 km/h




Koenigsegg CCRX Special Edition
1033 HP
0-100 Km/h em 2.9s


Lightning GT Eletric
700 HP
Esse "demora" 4s para
chegar aos 100,
mas
é econômico e ecológico.


Mais informações, clique nas fotos.
Pra fechar, um vídeo mostrando a performance do Bugatti Veyron!


quinta-feira, 12 de março de 2009

OS MOTIVOS PARA ASSISTIR WATCHMEN





Thintosecco




Antigamente era comum a gente encontrar nas bancas de revistas a
versão em quadrinhos do mais recente sucesso de Hollywood. Seria interessante, não fosse a costumeira baixa qualidade do argumento e desenhos daquelas adaptações. Mas hoje em dia ocorre algo curioso: é o cinema que exibe versões de obras originalmente produzidas em quadrinhos. Entretanto, assim como não botávamos fé nos quadrinhos baseados em filmes, desconfiamos dos filmes baseados nos quadrinhos. E se a HQ era muito boa, então aí mesmo que não se acredita no filme!

Mas afinal por quê? Nos anos 80 não sonhávamos em ver em forma de filme as nossas histórias favoritas? Aquelas que os mais velhos e a sociedade em geral considerava meros gibis, mas nós sabíamos que eram muito, muito boas? Histórias de um Frank Miller, Neil Gaiman ou Alan Moore (pra ficar nos mais consagrados)? A tecnologia dos efeitos especiais evoluiu até o ponto das mais fantásticas aventuras dos super-heróis parecerem reais, então não é esta a questão.

O problema é que a indústria, via de regra, procura agradar a um chamado "público médio", ao qual procuram agradar com doses previamente calculadas de ação, humor, romance, etc., buscando produzir um " filme ideal" para o mercado. Obviamente, a tal fórmula ideal é uma ficção e obras produzidas dessa maneira resultam num "arroz sem sal", quando não chegam ao ponto do ridículo ou absurdo. Por exemplo: numa entrevista algum tempo atrás o Neil Gaiman contou que lhe propuseram realizar um filme do Sandman, com o qual a princípio concordou, só que os produtores tinham algumas "pequenas exigências" em relação ao roteiro, entre as quais que o Sandman deveria ter uma namorada e também um arqui-inimigo, que em certo momento da história deveria sequestrar a namorada do Sandman... É por essas e outras que desconfiamos dessas adaptações e não é sem razão que o próprio Alan Moore rejeita as versões de suas obra e por isso seu nome nem aparece nos créditos de Watchmen.


Então tenho receio de assistir Watchmen no cinema. Me pego pensando: "Vou perder tempo e jogar dinheiro fora". Só que há certos momentos em que o cara tem que ser otimista. E há alguns motivos pra isso. O filme está sendo bem recomendado (com alguns pequenos senões, é verdade), por gente que conhece a obra original. Segundo, o diretor Zack Snyder já tem experiência nesse tipo de trabalho, foi o realizador de 300, e dizem ser um nerd de carteirinha. Terceiro, e mais importante: a obra original merece esse tributo!


Mas sobre a genial minissérie em quadrinhos, peço licença para transcrever trechos extraído do artigo sobre o Alan Moore na Wikipedia, especialmente para quem eventualmente ainda não a leu:

"O título é inspirado na frase retirada da Sátira VI do filósofo Juvenal (60-127 AC), quis custodiet ipsos custodes ( “Quem vigia os vigilantes?” ), transpondo a crítica da sociedade romana para um universo no qual combatentes do crime despertam a ira e desconfiança da própria população civil que almejam proteger. (...)

'O enredo se inicia com o mundo à beira de uma guerra nuclear, tendo como pano de fundo o ápice da guerra fria. No universo engendrado por Moore, graças ao super ser conhecido como Dr. Manhatan ( semi-deus fruto de um acidente nuclear e único personagem com poderes sobre humanos, utilizado como arma militar pelo governo americano), os Estados Unidos venceram a Guerra do Vietnã e Richard Nixon sobreviveu ao escândalo Watergate, modificando a Constituição e sendo reeleito duas vezes. A série se estende da década de 30, início do advento dos “combatentes do crime”, ao ano de 1985, no qual a história é inicialmente situada. (...)




'Watchmen expõe ao leitor galeria bizarra e demasiado humana de combatentes do crime, em sua maioria detentores de distúrbios mentais e sexuais, solitários, confusos e aterrorizados quanto à impotência de suas ações frente ao iminente holocausto nuclear. Moore caracteriza seus personagens de forma tão realista e implacável que é praticamente impossível, após a conclusão da série, levar o conceito de "super-herói” novamente a sério.

'A série ganhou vários prêmios Eisner e o mais cultuado prêmio de ficção científica da época, Hugo, até então limitado exclusivamente à literatura. Ao abordar temas habitualmente alheios ao terreno das HQs (...) Moore expandiu os limites da mídia a confins inimagináveis anteriormente, abrindo precedente para os méritos e aberrações ocorridos nos quadrinhos nas décadas seguintes.
(...) Transcendendo mero tributo ao gênero, Watchmen se mostra, mesmo após duas décadas, não apenas o assassinato definitivo dos “super-heróis”, mas talvez a mais complexa e bem sucedida autópsia do cadáver já realizada.

O "Trailerzinho" básico, legendado. Vale conferir!


O PLANETA NO PLANETA!


A propósito: onde está você?
Confira sua estrela!

terça-feira, 3 de março de 2009

BATTLE OF BRITAIN




por Quatermass



Tempos atrás, este blog postou uma vinheta sobre A Batalha da Grã-Bretanha. Mais espe- cificamente, sobre sua trilha sonora. Battle of Britain é uma superprodução inglesa do final dos anos sessenta (1969) em comemoração aos trinta anos da batalha travada sobre a ilha, em que os alemães quase ganharam!


Infelizmente é da safra de filmes de guerra com elenco estelar (Laurence Olivier, Trevor Howard, Michael Caine, Christopher Plummer, Curd Jürgens, Michael Redgrave, Robert Shaw e outros) fundido com documentário, tipo Tora Tora Tora e O Mais Longo dos Dias: ou seja, é um filme chato! Porém, contudo, todavia, entretanto... também sou saudosista! Portanto, lá por 1975, quando assisti pela primeira vez na antiga TV Difusora (atual Bandeirantes) fiquei maravilhado! E com razão!


Ainda é um dos poucos filmes em que se vislumbram cenas reais em pleno vôo do caça alemão Messerschmitt 109 (fabricado sob licença na Espanha nos anos quarenta, porém com outro motor, arghhh!) e do bombardeiro Heinkel 111 (idem!); ou o famoso Spitfire inglês (este sim, belíssimo e sem engendração) e o verdadeiro herói daquele evento, o Hurricane.


A música faz jus ao elenco e à batalha: a marcha do Comando de Caças da RAF é grandiosa e tão inesquecível para os ingleses como o ocorrido há quase setenta anos, ou seja, a composição de Ron Goodwin imortalizou e indissociou ambos.


domingo, 1 de março de 2009

OS ANTIGOS DESENHOS ANIMADOS E SUAS INCRÍVEIS TRILHAS SONORAS

Há algo de insuperável nesses cartoons antigos: os temas!








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