domingo, 30 de janeiro de 2011

All Together Now ! PEACE !





By MrOX



Acompanhando as tristes notícias, de revolta na Grécia, França, Córeias, agora no Egito, lembrei deste fato, em um Natal durante a 1º grande guerra amigos e inimigos deixaram suas diferenças para celebrar um espírito muito superior... Curtam.



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

COMBATE



por Quatermass



Combate (Combat! - 1962/1967), apesar de conter descarado apelo maniqueísta, ainda hoje é um seriado acima da média. Por outro lado é extremamente curioso.


Apesar de sempre constar em seus créditos iniciais Vick Morrow e Rick Jason (Tenente Hanley), foi sempre o primeiro que mais se destacou, na pele do eterno Sargento Saunders.



Das cinco temporadas, somente a quinta era dotada de fotografia colorida. Isto significou um fenômeno comum na televisão brasileira na segunda metade dos anos setenta e virou os oitenta: o de transmitir exclusivamente seriados com temporadas a cores.


E também significou a despedida: do final de 1975 até início de 1976 a extinta TV Tupy exibia de segunda à sexta-feira, após a meia noite, um episódio por dia. Depois, somente foram reprisados episódios a cores na Tupy e posteriormente na antiga TV Record.


Indiferente à cor, verificou-se também uma mudança ideológica: tendo por ‘pano de fundo’ conflitos após o Dia D, as primeiras temporadas retratavam somente os dramas americano e francês. O inimigo era o sujeito que falava uma língua sem dublagem, o terceiro da relação. Em suma, era o alemão sem rosto e sem alma.



Inteligentemente e, talvez, inevitavelmente, a quinta e última temporada contém alguns dos melhores roteiros e estes já incluíam o drama alemão: o inimigo tinha identidade!




Outra peculiaridade - a irregularidade dos roteiros: alguns muito bons; outros medianos, com finais abruptos ou histórias repetitivas, que refletiam também no tempo de exibição (que variavam de 45 a 55 minutos).


Diferentemente de Band of Brothers, os comandados do Sargento Saunders nunca saíram da França, e mesmo assim, o melhor episódio de B of B é o que mais se aproxima de um episódio de Combate: justamente o oitavo - The Last Patrol, quando uma patrulha tinha que atravessar um rio e capturar um prisioneiro do lado alemão.




Outros fatores contribuíram para imortalizar a série: a presença de atores convidados (como Frank Gorshin, Robert Duval e Ricardo Montalban); a cativante abertura e a tensa música incidental de Leonard Rosenman; e o carisma de ‘Baixinho’ (Dick Peabody), Caje (Pierre Jalbert) e Kirby (Jack Hogan).




Por falar em Frank Gorshin (o Charada, do seriado Batman) foi também por sua presença no episódio A Máquina do Inferno (The Hell’s Machine) a razão de ter perdurado na memória deste comentarista quando assistiu pela última vez em dezembro de 1975 - a história: após ter seu jipe destruído por uma mina, Saunders, um oficial graduado e Gorshin são interceptados por um tanque alemão desgarrado.


Com a tripulação morta pelo impacto de um projétil, mas relativamente intacto, os três ingressam no tanque no lugar dos antigos tripulantes e posteriormente se vêem em meio a uma coluna alemã. Ao fugir desta, são perseguidos por outro tanque.

Calma internauta! Não me lembrei de tudo pela memória. Parte foi pesquisando no Internet Movie Database, parte em anotações que um projeto de nerd de 12 anos tinha o hábito de fazer e principalmente por lembranças vagas. Um episódio perdido da terceira temporada (1964-1965), mas sempre presente em algum neurônio arredio!




Assim é Combate: um seriado de guerra de certa forma inesquecível. Hoje transmitido pelo Canal TCM do qual não assino, mas depois do que escrevi pouco acima, quem precisa? Já fui criança, me fascinei e por si só já é o bastante!






quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O OITAVO PASSAGEIRO



por Quatermass



Alien – O Oitavo Passageiro (Alien – 1979) foi um digno representante de uma curta e promissora série de grandes filmes.

Delimito o período entre 1975 a 1982, lapso de tempo bem pequeno. Mas foi também a fase de espetáculos de grande orçamento e roteiros ainda não imbecilizados, como Tubarão (1975), Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977), Jornada nas Estrelas – O Filme (1979), O Império Contra-Ataca (1980), Caçadores da Arca Perdida (1981) e Blade Runner (1982).

Após, Hollywood descobriu a fórmula de sucesso Spielberg-Lucas: efeitos especiais de encher os olhos com roteiros de quociente zero de inteligência. Mas Alien foi o filme que mais me marcou. Diferente da mensagem otimista das demais obras elencadas, é tenso, claustrofóbico e fascinantemente assustador.






O roteiro de Dan O’Bannon foi uma muito bem sucedida releitura de It! The Terror from Beyound Space (1958), em que um alienígena ingressa no gigantesco cargueiro espacial Nostromo e passa a atacar seus sete tripulantes um a um. Se hoje em dia tal enredo não é original, na época era, e taí a importância de um filme ‘matriz’ como Alien.






A criatura foi concebida pelo suíço H. R. Giger e a concepção artística pelo francês Jean 'Moebius' Giraud – coisa rara nos filmes de ficção: duas feras do desenho europeu concebendo a mesma obra.

Por sua vez, a trilha composta por Jerry Goldsmith não fora conduzida por ele, e sim por Lionel Newman, pois, segundo conta a lenda, Goldsmith fora convocado na última hora pela turma de Gene Roddenberry para criar space opera em Star Trek (1979).

Confesso que gostei mais desta combinação, pois a música é tão intimista e sombria quanto a história (trilha que, por sinal, contém arranjos de Freud Além da Alma (1962), do próprio Goldsmith).










É uma obra de ver, sentir e ouvir. Mais, cumpre bem o papel de prender a atenção do expectador, competência oriunda diretamente de seu diretor, Ridley Scott.

O único senão é que exige ser vista em cinema, devido à grandiosidade de algumas tomadas. Se neste comentário não conta com o sarcasmo de costume é porque Alien foge do lugar comum; muito mais que isso, é um remake de filme trash que, garanto, 99,9% não tem interesse em descobrir.





Uma pena! Se conhecessem, com certeza meu comentário teria mais tempero. Na verdade, é uma maneira educada (raro) de demonstrar respeito às duas obras; a primeira, de 1958, pelo potencial latente redescoberto no final dos anos setenta.




terça-feira, 18 de janeiro de 2011

TV RETRÔ - ARQUIVO parte 2

Reprisando dois trechos de filmes clássicos.

No primeiro, pode-se conferir aquela que é considerada a mais famosa cena de perseguição de carros, com Steve McQueen pilotando seu Mustang Fastback pelas ruas de San Francisco. Visto em Bullit (1968).

No segundo, a imperdível dança da bela Debra Paget em Indian Tomb (1959), um dos últimos filmes do mestre Fritz Lang.






quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

VAI LACTOSE AÍ, NENÉM!




por Quatermass





Mandando Bala (Shoot’Em Up - 2007) é um filme que de tão absurdo é de difícil classificação.



Clive Owen, aliás, Sr. Smith, aliás, Unabomber (University and Airline Bomber), é um sujeito permanentemente indignado. Ao salvar um recém nascido de facínoras (mas não a mãe), deixa a criança aos cuidados de uma prostituta, Donna Quintano (Monica Belucci), enquanto vai sendo perseguido mundo afora por fabricantes de armas e políticos inescrupulosos.





Como se não bastassem as situações mais que inverossímeis, o cinéfilo percebe que, ao contrários dos demais filmes de ação, este possui uma incrível (e doentia) obsessão por peitos e seus derivados! É um produto mais que descartável da New Line Cinema.







Só que já vi diversas vezes e o motivo para tanto são as piadas que os personagens fazem de si próprios. Elenco, roteirista e diretor, não sei qual é mais palhaço! Coitado do verdadeiro Unabomber (um cara que remetia bombas dentro dos EUA, durante 1978/1995, dizendo-se inconformado pelo estado de coisas, etcetera e tal), que de algoz virou vítima de Hollywood.


A arma mais poderosa de Tio Sam talvez seja o de colocar seus desafetos na tela grande com roteiros de qualidade zero. Se os principais inimigos da América escondem-se em algum lugar da Ásia; o principal inimigo do mundo está na Califórnia!



Mas há qualidades; melhor dizendo, qualidade; corrigindo, um elemento de louvor: a bela italiana. E só! Acabou! Quanto ao resto do filme faça como eu: se não tiver nenhum filme pornô para assistir, ou sua paciência e estômago não agüentarem mais a programação global, veja Mandando Bala, sob pena de passar por Um Dia de Fúria!


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

DENDALEI




por Quatermass


Baiano e os Novos Caetanos
representou uma grata e inesperada experiência da televisão brasileira. No apogeu do período da Ditadura Militar (1964-1984), surge um quadro no final do programa Chico City, em que Baiano, alter ego de Caetano Veloso, apresenta sua banda.

Foi um momento raro e único, não só pelos LPs (1974, 1975 & 1982), mas também por conter material descaradamente e corajosamente subversivo.




Em sintonia com o então decadente ‘Movimento Tropicalista ou Tropicália’, Arnaud Rodrigues e Chico Anísio criaram uma mistura de samba-axé-rock através de canções memoráveis como ‘Vô Batê Pá Tu’, ‘Urubu Tá com Raiva do Boi’ e ‘Dendalei’, música título deste comentário.



‘Dendalei’ está à frente de seu tempo. A letra ironiza as podres relações do poder dezesseis anos antes de Collor, mesclado num ritmo que lembra as baladas de Enio Morricone com baião.

Se Chico Buarque, Caetano, Geraldo Vandré e outros sofriam perseguições, as músicas da dupla Arnaud/Chico Anísio criticavam maliciosamente o “milagre econômico brasileiro” e as nuances políticas dos Regimes Médici e Geisel.





Não entendo a razão desta imunidade, diante de tamanho descalabro, mesmo porque a Globo surgiu ainda nos anos sessenta e nunca esteve na vanguarda de qualquer mobilização ou questionamento político. Ao contrário, sua programação açucarada, que diz sem nada analisar, é a síntese de seu padrão de qualidade.


No entanto, este comentarista possui uma antipática e até reacionária opinião à respeito da MPB: a de que ela só produz qualidade quando sob pressão!

Seu auge durou pouco mais de dez anos, qual seja, do fim da década de sessenta e durante os anos setenta. Mais experimental que nunca, buscava diferentes maneiras de expressão sem cair na censura. Quando explícita, o material era recolhido e seu autor perseguido.




Sou gaúcho e muito se fala hoje em dia de CTG (Centro de Tradições Gaúchas) e música tradicionalista. Porém nos anos setenta o resto do Brasil produziu o melhor em música sem ficar bitolado ou se achar superior aos demais.

Pelo contrário, Baiano e os Novos Caetanos eram apenas uma infinitesimal faceta da MPB do anos setenta. Criativa, belíssima e inesquecível.





Não lembro nada disso aqui no Sul, além dos comportados Almôndegas e os aparentemente rebeldes Engenheiros do Havaí. É chato, sei, mas Arnaud e Chico Anísio fizeram mais pelo Brasil e pela MPB, ainda que como sátira, que a Cultura do Galdério. E tudo “dentro da lei”!






quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

FOLIA DE REIS




por Thintosecco



Peço licença para postar sobre essa tema. Não por conhecimento, mais por vontade de aprender.

Recentemente redescobrimos a música que dá nome a este post, gravada pelo grupo Baiano e os Novos Caetanos. Um grupo musical sim, embora tenha surgido como um quadro humorístico no programa do Chico Anísio, na década de 1970, sobre o qual não vou me estender agora já que sei que o Quatermass está preparando uma matéria também sobre eles.

Mas o fato é que aquela bela canção inspira este post e a vontade de conhecer melhor esta festa, que ocorre nesta data, também conhecida como Terno de Reis ou Dia de Santos Reis, conforme a região. Segue, portanto, uma pequena pesquisa, básica, feita na wikipedia sobre a festa em si, bem como sobre os reis magos.






Folia de Reis é um festejo de origem portuguesa ligado às comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda nos primórdios da formação da identidade cultural brasileira, e que ainda hoje mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do país.

Na tradição católica, a passagem bíblica em que Jesus foi visitado por reis magos, converteu-se na tradicional visitação feita pelos três "Reis Magos", denominados Melchior, Baltasar e Gaspar, os quais passaram a ser referenciados como santos a partir do século VIII.

Fixado o nascimento de Jesus Cristo a 25 de dezembro, adotou-se a data da visitação dos Reis Magos como sendo o dia 6 de janeiro que, em alguns países de origem latina, especialmente aqueles cuja cultura tem origem espanhola, passou a ser a mais importante data comemorativa católica, mais importante, inclusive, que o próprio Natal.




Na cultura tradicional brasileira, os festejos de Natal eram comemorados por grupos que visitavam as casas tocando músicas alegres em louvor aos "Santos Reis" e ao nascimento de Cristo; essas manifestações festivas estendiam-se até a data consagrada aos Reis Magos. Trata-se de uma tradição originária de Portugal que ganhou força especialmente no século XIX e mantém-se viva em muitas regiões do país, sobretudo nas pequenas cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro, dentre outros.

A data marca, para os católicos, o dia para a veneração aos Reis Magos, que a tradição surgida no século VIII converteu nos santos Belchior, Gaspar e Baltazar. Nesta data, ainda, encerram-se para os católicos os festejos natalícios - sendo o dia em que são desarmados os presépios e por conseguinte são retirados todos os enfeites natalícios.






Os Três Reis Magos, ou simplesmente Reis Magos ou Magos na tradição cristã, são personagens que teriam visitado Jesus logo após o seu nascimento, trazendo-lhe presentes. Foram mencionados apenas no Evangelho segundo Mateus, onde se afirma que teriam vindo "do leste" para venerar o Cristo, "nascido Rei dos Judeus". Como três presentes foram registrados, diz-se tradicionalmente que tenham sido três, embora Mateus não tenha especificado seu número.

Belchior (também Melchior ou Melquior), Baltasar e Gaspar, não seriam reis nem necessariamente três mas sim, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos.









A melhor descrição dos reis magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), no seu tratado “Excerpta et Colletanea”.



Assim relata: “Melquior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltasar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”.


Quanto a seus nomes, Gaspar significa “Aquele que vai inspecionar”, Melquior quer dizer: “Meu Rei é Luz”, e Baltasar se traduz por “Deus manifesta o Rei”.


Como se pretendia dizer que representavam os reis de todo o mundo, representando as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Assim, Melquior entregou-Lhe ouro em reconhecimento da realeza; Gaspar, incenso em reconhecimento da divindade; e Baltasar, mirra em reconhecimento da humanidade.

Na antigüidade, o ouro era um presente para um rei, o olíbano (incenso) para um sacerdote, representando a espiritualidade e a mirra, para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade).


Enfim, a música de Baiano e os Novos Caetanos, mencionada no início, com uma bela colagem de imagens, neste video que encontrei no You Tube. Valeu.



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

TV RETRÔ - O ARQUIVO - parte 1


Atendendo ao pedido especial de um dos parceiros do blog, dou início ao arquivo de vídeos que já estiveram na nossa "tv retrô" - para quem ainda não viu, explico que tevezinha das antigas, ali na barra lateral, mais abaixo - onde eventualmente rolam trechos, ou homenagens, de saudosos programas de tevê, conforme vou encontrando no You Tube.

Começo com Joe 90 (créditos iniciais e finais), sigo com Tributo aos Perdidos no Espaço e, fechando o bloco, a abertura de Hawai 5-0, o original. Pontos em comum entre esses seriados: todos são dos anos 60 e tem ótimos temas de abertura. Aliás, isso era comum naquela época, que foi de ouro para a música. Valeu.








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