quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

TESOUROS DA ILHA DA MAGIA


Thintosecco




Lembro que nos tempos do colégio sempre que retornávamos às aulas a primeira redação era dedicada à descrição de nossas férias. Coisa chata, na época. Hoje não me parece tanto. Não é bem o que faço nesta postagem, mas aproveitando o fato de ter passado a semana do Carnaval em Floripa - em merecidas férias - quero fazer justo tributo à maravilhosa Ilha de Santa Catarina.




A primeira vez que estive em Floripa faz uns quinze anos, ocasião em que fiquei instalado com colegas na praia do Campeche. Tanto gostei do lugar que todas as vezes retorno para lá. Meu amigo Luciano (MrOx) concorda comigo e é outro grande apreciador do lugar.




O que tem de especial lá? Bem, para nós gaúchos, só a água cristalina batendo na praia e a existência de uma bela ilha logo em frente já seria o sufiente para ficar encantado. E tem um pouco mais, já que o local é tranqüilo, a hospedagem não é cara, assim como os preços do mercado em geral, e há acesso fácil para outras partes de Floripa.




O Campeche reserva também algumas curiosidades. Dizem que a praia teria sido batizada por um certo Antoine de Saint-Exupery, que era um dos pilotos franceses que realizavam o correio aéreo na década de 20 e tinham ali um campo de pouso. Não é por acaso, portanto, que a principal avenida da Praia do Campeche se chama Pequeno Príncipe (principal obra do célebre piloto e escritor) e lá existe um monumento e uma placa em homenagem àqueles pioneiros.


Quanto à Ilha do Campeche, além de possuir uma praia belíssima, contém um importantíssimo acervo arqueológico, que inclui a maior parte das pinturas rupestres existentes em Santa Catarina - herança dos índios sambaquis.



Falei um pouco de apenas uma das praias de Floripa. São 42 ou 44, conforme diferentes contagens. Algumas são famosas por suas ondas e por isso são eleitas dos surfistas, como a Joaquina, a Mole, a Brava... Já outras são conhecidas justamente por não terem ondas, caso de Canasvieiras e Jurerê, entre outas.



A propósito, desta vez dei uma passada em Canasvieiras e me deparei com esse barco aí ao lado. Ele faz um tour pelo norte da ilha, com direito a visita a locais bonitos e/ou históricos e show de piratas a bordo. Mais informações, confira no Guia de Florianópolis.



Entretanto, o tempo curto e o preço um tanto quanto salgado nos inspiraram navegar em águas mais doces. No caso, na Lagoa da Conceição. Aqui fica uma dica: ao lado da ponte sobre a lagoa, fica o Terminal Lacustre, de onde parte os barcos que fazem a rota da Costa da Lagoa. É como uma linha de ônibus, que atende à população que vive às margens da lagoa, nos pontos onde não há acesso por terra. Assim, de tanto em tanto, há trapiches onde pessoas embarcam ou desembarcam desse "transporte expresso".




Depois de uns 40 ou 45 minutos chega-se ao final do percurso, onde há uma vila de pescadores e uma meia dúzia de restaurantes onde se pode almoçar muito bem junto à natureza, às margens da lagoa. Mas a Costa da Lagoa reservava mais uma surpresa: uma cachoeira! Situada acima da vila, no final de uma pequena trilha (pouco mais de 100m) e depois de um aviso sobre as pedras escorregadias, lá está ela, tendo mais abaixo uma piscina natural onde é possível o banho (com a devida cautela, óbvio).



Falando em trilhas, em outra ocasião encaramos da trilha rumo à praia que se chama Lagoinha do Leste - e com certeza o MrOx se lembra muito bem disto - sem o devido preparo (ou seja, levar água e comida, no mínimo), o que resultou em um certo estresse. Mas a trilha em si em diversos pontos é bonita, assim como a praia, e o retorno de barco até Pântano do Sul, proporcinou a rara vista de alguns paredões, de causar inveja inclusive àqueles que conhecemos em Torres/RS. Aliás, Floripa é rica também em trilhas e há um blog que explica muito bem várias delas: o blog do Andarilho da Ilha.

Enfim, por esses e muitos outros motivos não é à toa que a Ilha de Santa Catarina tem também apelido de "Ilha da Magia". Fica a sugestão para que visitem-na. Mas fica o alerta: nem pensem em conhecê-la inteira de uma vez. As belezas de Florianópolis fornecem motivos para muitas viagens ao estado nosso vizinho. Abraços!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O MONSTRO DO MAR

Quatermass


Em agosto de 1998 estreou em Porto Alegre o último filme do diretor Roland Emmerich, Godzilla. Lá estava eu me preparando para assistir algo diferente daquilo já visto nos homônimos japoneses, quando levei um susto!


A cena de abertura: a preparação de um artefato nuclear numa das ilhas do Oceano Pacífico, com imagens datadas dos anos quarenta e cinquenta. Após, a explosão. Depois, um pesqueiro, o Kobayachi Maru é atacado por um monstro. Logo em seguida o bicho desembarca no porto de Nova Iorque e se esgueira por entre os prédios...

Vamos parar por aqui! De cara, já deu para perceber que o filme ou é uma sátira aos filmes de ficção ou o diretor confia demais na pouca memória do expectador ou os dois! Kobayachi Maru é um teste da Frota Estelar, visto primeiramente em A Ira de Khan (1982). Já o Godzilla, propriamente dito, é fruto também de outro filme. Um filme já muito esquecido. Uma pequena e quase desconhecida obra de Eugene Lourie com efeitos especiais de Ray Harryhausen.


Para falar a verdade, foi o segundo filme do mestre; o primeiro, Mighty Young Joe (1949) é ainda mais raro. O Monstro do Mar (The Beast from Twenty Thousand Fathons – 1953) representou um marco: um filme de baixo custo (uns $ 200,000) que rendeu cinco milhões de dólares na época. E não era pouca coisa, a ponto de despertar a cobiça nipônica e, no ano seguinte estrear no Japão o primeiro e único (para eles e para nossa crítica cinéfila) lagarto que saiu do mar e devastou Nova Iorque/Tóquio. Mas não! O precursor foi o arqueologicamente esquecido dinossauro de Harryhausen.


O Rhedosauro havia sido descongelado por uma explosão nuclear no Ártico. Um cientista testemunhou seu despertar e foi tratado como louco. Enquanto isso, o bicho vai nadando para o sul, passando pelo Canadá (onde afunda pesqueiros e devora um batiscafo) e chega a seu destino: Nova Iorque que, depois de Tóquio é a capital mundial das desgraças alienígenas/monstruosas.

Do porto desfila pelos prédios em meio à multidão e é a noite que passa a ser caçado. Mas o animal, ferido, libera uma toxina letal para os humanos e somente é morto dentro de um parque de diversões (na montanha russa), quando o ator estreante Lee Van Cleef elimina a fera.



E daí, dirá o nobre internauta: porque me preocupar com um filme que passou inúmeras vezes nas tardes da Globo nos anos setenta (sendo que em julho de 1979 foi a última vez que foi transmitido), enquanto que os efeitos especiais de hoje são mais atraentes? Direi eu: quando assisti o filme de Roland Emmerich saí frustrado.


Uns dois anos antes passou no Warner Channel, mais precisamente na “Sessão Bizarro”, O Monstro do Mar. Aí relembrei a qualidade do roteiro, o timming perfeito, o trabalho em stop motion de Harryhausen. E, diga-se de passagem, havia gravado na época (dezembro de 1996) e revi. Não deveria tê-lo feito! Me arrependi então de ter lido aquelas baboseiras que foram escritas nas revistas de cinema e vídeo e do filme que assisti no cinema.

O Monstro do Mar tende a ser o filme esquecido, cheio de qualidades, o pioneiro e, como tal, sucedido por imitações.





sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

RUSH - MARATHON


Retornando depois de uma parada durante o Carnaval, volto ao blog lembrando um velho e bom som da grande banda canadense, Rush. Segue a letra dessa canção, que trata de resistência e persistência na vida. E ao final, o vídeo, da turnê A Show of a Hands. Recomendo.


MARATONA

Não é a questão de que velocidade você pode chegar
A força tem que fluir
Se você pegar o ritmo
Você pode esquecer do calor

Mais do que apenas sobreviver
Mais do que apenas um clarão
Mais do que apenas um compromisso
Mais do que apenas um ímpeto

É um teste de extremo desejo
A batida do seu coração ao subir montanha acima
Você tem que pegar o passo
Se quiser continuar na corrida

Mais do que apenas uma ambição cega
Mais do que apenas uma simples cobiça
Mais do que apenas a linha de chegada
Você precisa alimentar esta necessidade ardente

No longo percurso...

De primeiro para último
O ponto máximo nunca é ultrapassado
Alguma coisa sempre acende a luz
Que chega em seus olhos
A grandeza de um momento
E a glória que chega aos poucos
Como um vestígio de raios
Que lampeja e enfraquece
Nos céus de verão

Seu ritmo pode sobrecarregar
Mas você pode descansar no acostamento
Você pode perder um avanço
Mas ninguém consegue uma carona de graça

Mais do que uma grande performance
Mais do que apenas uma faísca
Mais do que apenas o final da linha
Ou um tiro no escuro

No longo percurso...

Você pode fazer muito durante a vida
Se você não desistir facilmente
Você pode fazer o melhor trajeto
Mas primeiro você precisa de resistência
Primeiro você tem que aguentar...

Tradução obtida no site letras.terra.br.




Para saber mais sobre essa superbanda, sugiro esses links:

Muro do Classic Rock

101% Rush

Last FM

Whiplash

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Para conhecer o Calendário Maia.


E também para desmitificá-lo,
sugiro assistam esse vídeo exibido pelo canal History.



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

2012




Quatermass




Milhões e milhões de dólares para produzir uma releitura de When Words Collide. Muitos efeitos especiais, duração longa (umas 2h30min), bons atores (John Cusack e Danny Glover), porém, baseado num clássico da ficção científica dos anos cinqüenta.



Roland Emmerich é um diretor fadado a refazer cults de maneira bombástica, cujos filmes possuem algo em comum: roteiros carregados de clichês, idéias vazias e alheias; cenas de ação excessivamente longas e absurdas; além do notório senso oportunista (como o tal calendário maia que prediz a data para o fim do mundo, qual seja, 21.12.2012). Fora isso é um bom entretenimento, só que não sobram grandes coisas!



Sobrou para a história: a ocorrência de um colossal cataclisma na Terra em 2012, cujos terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas arrasarão todos os continentes. A causa: uma inesperada reação solar associada à proximidade da data fatídica. Então os governantes, capitaneados pelo presidente dos Estados Unidos resolvem, de maneira sigilosa, adotar uma medida drástica: construir imensas arcas (tal qual Noé) na China. Dentro destas colocarão diversas espécies animais, além de políticos, cientistas e outros seres privilegiados. A maior parte da humanidade, já adianto, será exterminada.





Porém, um pai separado e dedicado aos filhos (Cusack) obterá a informação escondidas pelos governantes, bem como colocará sua família numa destas gigantescas embarcações. Para tanto, apenas sairá do Parque de Yellowstone em um bimotor, passando pela Califórnia e posteriormente chegará à China num imenso Antonov!!!!! E em questão de poucas horas, afinal é tudo perto!





Também já adianto que, obviamente, a América do Sul será o primeiro continente a ser arrasado e pouco sobrará (e isto quer dizer que nenhum latino americano estará na arca e, consequentemente, estaremos extintos) – inobstante a referência do Brasil na descartável cena do Cristo Redentor se despedaçando. E aí, chineses, americanos, alemães, ingleses, canadenses e mais alguns representantes dos países do G8 passarão pela provação. E chega a ser comovente (a ponto de causar náusea) a alegria destes poucos sobreviventes diante do extermínio de 4/5 (ou mais) da população mundial. Somente sendo do primeiro mundo + a China para torcer por nossos heróis!




E do longínquo When Worlds Collide (1951)? Sinto saudades! Saudade de um filme produzido no início da Guerra Fria. Saudade de uma história original, séria, bem escrita e menos hipócrita. Saudade de seu produtor George Pal. Saudade de uma época que não conheci, mas que fico suspirando quando assisto o diretor alemão exterminar os latino americanos e que resolve se lembrar do Brasil destruindo nosso maior ícone do turismo!





UCHUU SENKAN YAMATO PARA 2010


Sem a mesma badalação do filme de James Cameron, porém, tendo um Avatar famoso como Capitão.



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

TODOS ESTÃO SURDOS.



Depois do documentário sobre o conflito na Palestina, vou dizer o quê? Se fosse para dizer algo sério, com certeza repetiria alguma coisa já dita nessa música do Roberto (composta há quase quarenta anos...). Destaco um trecho da letra: "Não importam os motivos da guerra, a paz é mais importante do que eles!" Abraço!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Documentário premiado !

Então saindo da rotina de filmes, um documentário premiado e não tão divulgado que trata a realidade vivida pelos palestinos nos confrontos com os sionistas.


By MrOx
Link do google videos completo ! Enjoy !

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