domingo, 30 de dezembro de 2007

FARRA DE ANO-NOVO parte 2


Agora, música!


1° Vídeo: RUSH – 2112.






2º Vídeo : QUIET RIOT - Cum On Feel The Noise! Esta não foi assim uma grande banda, mas no ano de 1983 esteve no lugar certo na hora certa e contribuiu para a popularização do rock pesado nos anos 80, marcando sua época. O vocalista Kevin Dubrow faleceu recentemente e fica aqui no nosso tributo.






3° Vídeo: U2 – NEW YEARS DAY.






4º Vídeo: Este é o verdadeiro clipe de exceção. Um som nacional e um clipe diferente, um tanto quanto sacana, produzido pelo Maurício Ricardo (aquele do site charges.com.br), que faz parte da banda! OS SEMINOVOS – AO MESTRE COM CARINHO.







5º Vídeo: Se algúem gostou da versão de Baba O’Riley do Pearl Jam, que tal esta, do grupo Blue Man? Muito legal, mesmo! Uma dica especialíssima by Vintage69.






FELIZ 2008!

FARRA DE ANO-NOVO


parte 1




Acho que o blogueiro é um independente por natureza. É um ser que tem algo diferente, e por isso ouve de vez em quando coisas do tipo: Acho que tu precisas fazer um exame psicológico... Normal. A gente ouve, digere e segue em frente.



Também enfrentamos outras dificuldades, como o tempo restrito, a necessidade de dar atenção à família, etc., também normais. Seguimos em frente. Mas, seguimos em frente muito em função dos exemplos que temos, dos blogs que estão aí há tempos. E o Rapadura Açucarada é um deles.


Nesse caso, a gente considera o que foi dito acima sobre os independentes e aplica uma dose reforçada quando se refere ao Eudes, o rapaduraman, tratando-se do pioneiro em disponibilizar scans de quadrinhos e está sempre aí, na linha de frente da democratização da cultura na rede e incentivando os mais novos.


Além do blog, tempos atrás o Eudes criou o F.A.R.R.A .– Fórum de Agrupamento dos Revolucionários da Rapadura Açucarada - através do qual o pessoal troca, além de informações, scans de quadrinhos, livros, filmes, etc.





As novidades (nem tão
novas assim) sobre o FARRA são duas. A primeira é que está de endereço novo, em outro servidor, por razões que o pessoal explica lá no próprio Fórum. Guarde o link nos seus favoritos. Mas, para participar, precisa registro (gratuito, evidentemente).


Outra informação é o lançamento do Farrazine n° 02. Nem chamo de notícia, porque estou devendo falar disso há semanas.

O Farrazine 2 está muito legal. Como o primeiro, é uma revista virtual que tem de tudo: quadrinhos, contos, humor, reportagem. Lembrei que nas continuações do cinema, muito raramente o segundo filme é tão bom quanto o primeiro, mas aqui é diferente.

O Farrazine dá a impressão de que tende a evoluir (e olha que já está muito bom).

Para baixar, basta seguir este
link, ou então dê uma conferida lá no Rapadura.

OS MARCIANOS ESTÃO CHEGANDO!





 

por Quatermass




A Guerra dos Mundos (The War of the Worlds – 1953) é uma releitura bastante interessante da obra de H. G. Wells.






 

Aliás, em 1938, Orson Welles foi pioneiro na atualização da obra do genial escritor, quando levou ao rádio a dramatização do romance que originalmente se situava no fim do século 19. Como não estava lá para ouvir a obra do excêntrico americano, analiso então a segunda, a de Byron Haskin.




Apesar de ter gravado em VHS, sempre assisti todas as vezes quando exibido na TV, mas não desisto, continuarei a ver este filme de ficção, só que agora também mais comodamente em DVD.


De aniversário, a criança aqui ganhou de uma amiga taurina um DVD para colecionador. Carregado de extras, estes valem tanto quanto o filme, principalmente pela dublagem anos sessenta e o documentário do making-off.





Sinceramente, prefiro a versão anos 50 à de Steven Spielberg (2005). São abordagens diferentes, de períodos completamente distintos, por gente de cabeça diferente. 

Digo isto não desmerecendo Spielberg. Ele é um ótimo diretor! Mas está só em relação a sua obra.












No filme de 1953, duas figuras se destacam: a do diretor Byron Haskin e o produtor George Pal. Foi um filme feito a quatro mãos. O primeiro é um competentíssimo diretor da velha escola, muito semelhante à Raoul Walsh, Willian Cameron Menzies e Jack Arnold.








George Pal é um universo à parte. De origem húngara, foi um visionário, um poeta da tela grande. Produziu outra obra prima como When Worlds Collide (1951), mas dirigiu também a Máquina do Tempo (1960) e as Sete Faces do Dr. Lao (1964). Ambos souberam rearranjar todos os elementos da obra original, atualizá-los e conduzi-los, resultando em um clássico.






 
A história: um aparente meteoro cai perto de uma cidadezinha tipicamente americana e dele saem naves espaciais. Mal intencionados, os marcianos destroem tudo e nada parece impedi-los. Será? 






A Guerra dos Mundos foi produto também da guerra fria: o diálogo inicial dos três caipiras diante do “meteoro” (será uma arma inimiga?), o pastor que se dirige à espaçonave marciana recitando a palavra de Deus com a Bíblia na mão, a toda poderosa força militar americana tentando salvar o mundo e, por fim, o refúgio dentro da igreja. Não desmerece a obra, apenas contextualiza o momento (o de Spielberg é o pós 11 de setembro).







Mas a história original e o roteiro adaptado são bastante poderosos, prendem a atenção do expectador, criam um clima de suspense (ao contrário do contemporâneo, de terror).

Nada mais é senão outra fábula de George Pal, adaptada de um grande escritor. Dois grandes homens que encantam sempre.



sábado, 29 de dezembro de 2007

Um homem que leva a vida na flauta



por Thintosecco e Bianca





Tente imaginar esta cena. Numa tarde de sábado, Thintosecco e Bianca pegam um ônibus com destino a um Shopping. Coletivo tranqüilo, poucos passageiros. Sentamos lado a lado e vamos conversando até que começamos a ouvir o som de uma flauta doce.


Curioso, “espichei o olho”, procurando uma criança. Encontrei um senhor idoso, magro e de óculos, que começou a executar em seu instrumento o hino do Grêmio. O meu time, por sinal. Estava na fileira do outro lado do carro, alguns bancos à frente.


Atrás de mim, uma outra senhora idosa, colorada, dizia: “Eu mereço! Era só o que faltava. Também sou velha, tenho 81 anos e não incomodo os outros” – mais ou menos isso. Mas o velho tocou o refrão do hino do Grêmio umas três vezes, sendo aplaudido ao final. Depois o velho falou, sempre sorrindo.


Não se dirigiu a ninguém especificamente – olhava às vezes para o casal atrás dele, às vezes para umas moças à frente e de vez em quanto para nós – mas contou que tinha 99 anos – o que a senhora aquela duvidou - e gostava de tocar flauta. Que tocaria de boa vontade o hino do Internacional, mas não sabia. Apenas o do Grêmio. Estava com vontade de contar piadas, mas contaria apenas para as moças.


Levantou-se então e foi para perto das moças sentadas à frente. Não pude ouvir bem – ele contou a tal piada meio baixinho – mas as garotas ficaram envergonhadas. Depois veio para perto de nós, mas explicou que contaria a estória apenas para a Bianca, porque para homens não contava.


Perguntou-lhe se conhecia a piada da Rosa e da Couve-Flor. Não, ela disse. A Rosa falou para a Couve-Flor (a rosa não fala, mas é piada, viu?): Eu sou mais bonita que você, mais cheirosa que você, mais delicada que você. E a Couve-Flor respondeu: De que adianta ser a mais bonita, mais cheirosa e mais delicada, se ninguém te come?


Considerando a idade do vovô, achei graça. A velha atrás de mim resmungou alguma coisa, do tipo: “Que barbaridade!”, enquanto o tio voltava para o seu lugar e foi contar mais alguma estória para o casal sentado no banco de trás. O ônibus chegou ao Shopping, hora de descer. O velho prosseguiu, com toda sua independência, contando estórias e levando a vida na flauta. E a velha ranzinza? Não sei. Sei que o vi: A DIFERENÇA QUE FAZ, SABER LEVAR A VIDA NA FLAUTA.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

PALE RIDER




por
Quatermass





O Cavaleiro Solitário (Pale Rider – 1985) não deixa de ser uma releitura de O Estranho sem Nome (High Plains Drifter – 1973), agora dirigido pelo próprio Clint Eastwood.




A história: uma empresa de mineração tenta expulsar famílias de garimpeiros das redondezas. Ao atacá-los, pistoleiros matam o cachorro de uma adolescente. Esta se refugia na floresta, chora e ora pelo animal, sua segurança e de sua pequena comunidade. Neste momento, surge cavalgando, sabe-se lá de onde, o estranho sem nome.







Este filme é peculiar porque apresenta uma face mais humana do diretor/ator, até então não evidenciada. O anjo vingador, na pele de um pastor, desperta paixões tanto na adolescente quanto na mãe desta. Apesar de ser um western, o papel feminino tem força e destaque. Aborda a questão ecológica: o uso agressivo da tecnologia para a exploração do ouro e a conseqüente degradação do meio-ambiente. Critica, ainda, o uso da autoridade legal a favor dos poderosos.


Por fim, homenageia o diretor Sergio Leone quando apresenta o xerife e seus ajudantes (mancomunados com o dono da mineradora) e um grande duelo à italiana no final. Falando nisto, tem que se reconhecer que Clint Eastwood é um ótimo cineasta, tendo trabalhado com mestres como Leone e Don Siegel, foi aluno aplicado e acabou criando estilo próprio.






O segundo vídeo não é um trailer, mas sim, um fanclipe. Apesar de não usar música original do filme, ficou bem bacana e por isso está aqui. Valeu!


quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O FALCÃO DOS MARES




por Quatermass



Escrevi este post logo após o comentário de A Guerra dos Mundos (1953).

Lembrei-me de um filme de outro diretor contemporâneo de Byron Haskin, Raoul Walsh.


Aproveito então para falar do Falcão dos Mares (Captain Horatio Hornblower - 1951).



DESAFIO alguém me provar por A + B outro filme de navios a vela melhor que este. Nossa crí
tica cinéfila sempre se lembra dos filmes de Errol Flynn, principalmente de O Gavião do Mar (The Sea Hawk – 1940), mas não suporto aquele sujeito, que só faz pose e de sorriso idiota. Talvez o capitão Jack Aubrey, criação de Patrick O’Brien no filme O Mestre dos Mares (2003), dirigido por Peter Weir, chegue perto.

Mas ainda falta muito para que Russel Crowe alcance Gregory Peck e seu personagem. Também baseado num romance, mas do início do século passado, o Falcão dos Mares é filme de ação desde o início. É pura aventura.


Durante a guerra napoleônica o capitão Horatio Hornblower recebe ordens e contra-ordens do Almirantado que acabam por travar combate com um navio de linha espanhol muito maior que o seu; posteriormente, parte no comando de outro vaso de guer
ra à procura de navios franceses.



Não vou falar da reconstituição das cenas navais, que são as melhores que Hollywood já produziu. Mas a condução do filme, a história, a presença de Gregory Peck e o romance com Lady Barbara Wellesley (Virginia Mayo) dispensam outras comparações.


Que ator! Sempre me lembro que os filmes de Henry Fonda são marcantes. Os de Gregory Peck são inesquecíveis! Neste filme Hornblower é másculo, sisudo e determinado; enquanto que em Moby Dick (1956) Ahab, capitão do Pequod, era impiedoso, rancoroso e obsessivo.


Um aspecto me impressiona: do discurso de H
ornblower ao discurso de Ahab há muitas diferenças, principalmente da personalidade. O primeiro, motivador; o segundo, extremamente destrutivo. Às vezes penso: como pode um ator interpretar tão bem dois personagens a ponto de parecer não ser o mesmo?


RECOMENDO! Faça uma coisa diferente: assista Falcão dos Mares, Moby Dick ou O Sol é para Todos e entenda o que significa interpretar.



terça-feira, 25 de dezembro de 2007

É NATAL!

Siga este link e veja a bela postagem de Natal da Bianca.

Boas festas a todos.

domingo, 23 de dezembro de 2007

FELIZ NATAL!


"Há mais, muito mais, para o Natal do que luz de vela e alegria; É o espírito de doce amizade que brilha todo o ano. É consideração e bondade, é a esperança renascida novamente, para paz, para entendimento, e para benevolência dos homens." (Autor desconhecido)

“The Xmas Salad Rock Show”



por Thintosecco




Pensei em postar algo diferente no Natal. Que tal um show, pensei. Seria complicado e meio fora de propósito postar um show inteiro.

Já ia abandonando a idéia quando me ocorreu colocar algo como um “show salada”, com alguns trechos de shows diferentes, onde você se serve, assistindo se quiser e o que quiser. Pode parecer estranho, mas aqui neste blog com certeza todas as “estranhezas” são relativas!


Estão, está valendo: começamos com U2 e o superclássico Where the Streets Have No Name.




O segundo vídeo registra o retorno aos palcos do Led Zeppelin (mesmo que seja para uma apresentação apenas).




Segue o Pearl Jam com a cover de Baba O’ Riley do Who. Muito legal!






Ficamos por aqui. Se aprovar, poderão aparecer outros "Salad Show". No mais, desejamos a todos (amigos e colegas do mundo real e do mundo virtual) um Natal de muita paz e alegria! Deus abençoe a todos!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Os Muppets











"Criado em 1976, o Muppet Show foi o ápice da carreira de criador de bonecos de Jim Henson.
"




"Em 1954, ele entrou para a universidade de Maryland e ficou sabendo que uma emissora de TV local estava à procura de alguém que manipulasse bonecos para participar de um programa infantil."



"Naquele momento, Henson não tinha nenhum interesse em bonecos e nunca tinha tido contato com eles, o que ele queria mesmo era ser ator. Mas começava alí uma nova paixão na vida de Henson, os bonecos."




"Para participar do programa, Henson e um amigo criaram um boneco, um rato francês que ganhou o nome de Pierre. Não demorou muito para uma emissora maior, a ABC, convidar Henson para trabalhar em um programa com
bonecos chamado Sam and Friends (Sam e seus amigos). O programa ficou seis anos no ar."



"Em 1969, Henson foi convidado a participar de um novo projeto, Vila Sésamo. Esse programa era um projeto aimbicioso que visava educar as crianças através da TV, de uma maneira até então inédita. O programa fez tanto sucesso que virou capa da revista Times em 1970. Vila Sésamo ainda está no ar, após trinta anos."


"Henson pensava em ter seu próprio programa, exclusivamente com bonecos, mas ninguém nos EUA tinha interesse no projeto. Mas ele não desistiu e foi para a Inglaterra em busca de seu sonho. Lá, conseguiu ajuda de Lew Grade. Nascia o Muppet Show em 1976!"






Texto extraído do site
Mofolândia, onde consta uma descrição desses personagens que, com certeza, marcaram época na infância de alguns de nós, mais antiguinhos.

Costumo me lembrar dos Muppets no Natal, porque sempre tinha algum especial deles nessa época. Bem mais interessante que, por exemplo, o do Roberto Carlos, que segue até hoje, quase igual.

Mas o negócio é menos nostalgia e mais festa! Então, aí vai: 1° clipe - REM com os Muppets; 2º clipe - Duelo de bateria entre o Animal e o lendário Buddy Rich (este vai em homenagem ao blog Vintage 69, que ainda voltará à ativa). Abraços!






quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O MONSTRO DO MAR REVOLTO





por Quatermass





Quem é Harryhausen? É o bichinho da goiaba? Um jovem e promissor ator “queridinho da América”? Ou é apenas o nome do restaurante em Monstros S/A?



Consultando o oráculo, obtive algumas verdades: Ray Harryhausen não é diretor, Ray Harryhausen não é produtor, Ray Harryhausen não é ator, Ray Harryhausen não é compositor.


Mas por que seus filmes sempre o identificam (“um filme de Ray Harryhausen”)? E então? É O CARA DOS EFEITOS ESPECIAIS!



É o mestre na arte de animação quadro-a-quadro (stop motion). É peculiar, pois é um dos poucos casos em que o filme é identificado pelo técnico em efeitos especiais. É adorado lá fora pela qualidade de seus trabalhos e referência até os dias de hoje.


Volta e meia um diretor o homenageia (Tim Burton, por exemplo). Não deixa de se fazer justiça, pois seu trabalho alcançou estado de arte.




Na década de quarenta fez diversos curtas, aprimorando sua técnica. No fim da década lançou-se nos filmes de longa metragem (se assim pode-se dizer): Mighty Young Joe (1949), seguido de O Monstro do Mar (The Beast from Twenty Thousand Fathons – 1953, o meu preferido).




Este terceiro exemplar, O Monstro de Mar Revolto (It Came from Beneath the Sea - 1955) é um legítimo filme B: baixo orçamento, boas idéias. Sinopse bem sucinta: um polvo gigante, um mutante, resultado de radiação nuclear, ameaça a América.


Alguém, em algum momento de sua vida deve ter assistido um trecho de um filme preto e branco de um polvo enroscado a uma ponte (a Golden Gate, em São Francisco). Pois é deste filme – dica: no Godzilla de 1998, passa este trecho na tv de uma loja.




Este polvo não só é peculiar por ser gigantesco, mas também por ter seis tentáculos (e não oito) – motivo: faltou orçamento para os demais! Sério! Mesmo assim é um ótimo thriller.


O filme é velho (e eu também) e olha, só me lembro de ter assistido uma vez na TV Globo, no início dos anos setenta. Põe tempo nisto! Mas é Ray Harryhausen e o filme fala por ele.



terça-feira, 18 de dezembro de 2007

EARTH VERSUS THE FLYING SAUCERS



por Quatermass




Sabe aquele quadrinho logo acima dos MEUS LINKS neste blog? É cena do filme em questão! Depois de mais de trinta anos, consegui o filme de meu amigo Thintosecco e matei a saudade!



A Invasão dos Discos Voadores – Earth versus the Flying Saucers – 1956) é exatamente o que o título em português diz. Só que com direção e atores de segunda linha. Que importa! É um filme de Ray Harryhausen! É ÓTIMO! Pura fantasia.






Mas é incrível como hoje em dia, seja que filme for, seja qual for o diretor, as tomadas são sempre as mesmas! Os mesmos ângulos! Nada de novo!

Este é um filme dos anos cinqüenta, década em que Hollywood foi a mais prolífica em quantidade e qualidade. Fotografia em preto-e-branco, e daí? A tomada do disco voador ingressando na base militar a poucos metros do solo, o pouso e a saída de seus tripulantes é puro estado-de-arte.







O título é espalhafatoso, e só. Não possui padrão George Lucas-Spielberg. Não há luzes piscando, nem cientistas ingênuos. Harryhausen combina com perfeição a técnica do stop motion com efeitos sonoros. Esta combinação é a chave do sucesso.


Se o filme tem menos de 90 minutos não importa, a qualidade exibida dispensa versões definitivas. É FILME DE MATINÉ, com direito a pipoca. Por isso tantos diretores o reconhecem e homenageiam.








A invasão começa desde o início, a pauleira também. Dá-se uma pausa, enquanto cientistas procuram o ponto fraco dos aliens. Descoberto, os militares partem para a revanche.


Já comentei que Tim Burton homenageou Ray Harryhausen em Marte Ataca. Realmente, o design dos discos é o mesmo e a história é muito semelhante (para não polemizar). VEJA, OUÇA E NÃO PENSE! Não precisa! Este é o segredo de um legítimo filme de matiné: diversão.




É? Ou apenas parece ser?


Mightly Optical Illusions

O losango acima não parece bastante "torto"? Pois é, acredite se quiser, não é! As linhas são retas! Pelo menos, é o que diz o site Mightly Optical Illusions, que contém uma grande quantidade de figuras, as mais variadas, mas com algo em comum: a ilusão ótica. Tenho bastante curiosidade e interesse por esse tipo de imagens, que nos sugerem perguntas do tipo: É, ou só parece ser? Para complicar, ainda têm aquelas cuja resposta é "depende", ou seja, depende da percepção de quem olha. O quê você vê na imagem aí embaixo?


sábado, 15 de dezembro de 2007

HIGH PLAINS DRIFTER




por Quatermass




O Estranho sem Nome
(High Plains Drifter – 1973) faz parte do sub-gênero western psicológico, como Matar ou Morrer (High Noon).



Talvez seja o filme em que Clint Eastwood tenha tido o script mais monossilábico de sua carreira. A história ora avança, ora passa-se em flashbacks, a partir da lembrança do anão Mordecai em uma típica cidadezinha do oeste.


Inicia-se com o referido anão dando retoques finais a uma cova tosca, onde jaz o xerife, traído pela população e deixado morrer para os bandidos. Como se viesse das profundezas do inferno (no filme, como uma miragem produzida pelo calor escaldante do deserto) calmamente chega o estranho sem nome (Clint).

A história anda e nosso sisudo anjo da morte demonstra seus dotes como exímio pistoleiro. Além dos respeitáveis cidadãos terem aprontado para o xerife, o mesmo fizeram com os facínoras, que estão para voltar e acertar as contas. Vêem no pistoleiro sua salvação.

O final do filme: cena inversa à do início, onde o estranho passa pelo anão, e agora, com uma cova mais decente de seu xerife, volta para sabe-se lá onde. Pronto! Estraguei tudo! Contei o final do filme!

Aí é que se enganam! O final é tão óbvio e previsível já nos primeiros minutos de exibição. A grande sacada do diretor Don Siegel, é prender a atenção do expectador a partir dos flashbacks, da delicada questão da discriminação e a planejada vingança (que não é a dos bandidos). Esta parte é a que eu não vou contar. Assista se quiser. Senão deixe passar outro clássico do cinema.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

All You Need Is Love - The Beatles

Em 1967, a equipe do canal londrino BBC convidou os Beatles a participarem do primeiro evento transmitido mundialmente via-satélite, ao vivo simultaneamente para 26 países. Esse trabalho envolveu redes de TV das Américas, Europa, África, Austrália e Japão. Foi então solicitado que o grupo escrevesse uma música cuja mensagem pudesse ser entendida por todos os povos do planeta. John Lennon e Paul McCartney começaram a trabalhar separadamente em diferentes letras, até que Lennon acabou escrevendo esse clássico que se encaixou perfeitamente ao objetivo proposto, pois a mensagem de amor contida na canção poderia ser facilmente interpretada ao redor do mundo. A transmissão mundial dessa apresentação, que foi ao ar em 25 de junho de 1967, acabou divulgando o nome dos Beatles, tornando-os (ainda mais) famosos em todo o mundo.


All You Need Is Love também fez parte da trilha da clássica animação Yellow Submarine. A história do desenho animado era sobre Pepperland, um paraíso situado a oitenta mil léguas submarinas cercado de cor e música. Os Blue Marines atacaram Pepperland para acabar com a música. Os Beatles embarcam no submarino amarelo com o intuito de salvar Pepperland. Até chegarem a Pepperland, viajam passando por The Sea of Time (onde cantam "When I'm sixty-four") The sea of science (onde cantam "Only a Northern Song"), The sea of Monsters, The sea of nothing (onde cantam "Nowhere Man") e The sea of holes. Ao final os Beatles tocam imitando a Sgt. Pepper's Band e devolvem a música, a cor e a alegria a Pepperland. (textos adaptados da Wikipedia)

Aí está então o clipe de All You Need Is Love que aparece no desenho, com um John Lennon retratado com o visual da fase Sgt. Pepper’s. Lennon já era um profeta do amor desde bem antes de Imagine! Postagem flower power já em clima natalino!


quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

SCI-FI É POP!

Massaroca n° 09

Essa postagem está um pouco atrasada, mas não podia faltar neste blog! No quadro Massaroca, do programa Metrópolis, da TV Cultura, os caras pegaram no pé da sci-fi, mas é só uma brincadeira! Vale conferir. Agradecimentos ao Splinter, que acompanha e posta também lá no Agora é Rock!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

SOLARIS






por Quatermass





Há três maneiras de se conhecer a obra do escritor polonês Stanislaw Lem: pelo livro, pela versão cinematográfica americana e sua contrapartida soviética. Basicamente é ficção científica, mas como em 2001 – Uma Odisséia no Espaço (uma comparação inevitável) aborda a conflituosa questão da existência humana.



PORÉM, diferentemente de Arthur C. Clarke e Stanley Kubrick, o questionamento não se dá através de monólitos e computadores. O conceito de existência é questionado partindo da pessoa, o que a circunda é irrelevante.


 A história básica é a seguinte: um psiquiatra é enviado a uma estação espacial que orbita o planeta Solaris. Nela seus tripulantes enlouqueceram e sua missão é descobrir o porquê. O porquê logo, logo alcança nosso dedicado cientista, uma vez que volta a encontrar sua depressiva esposa... que havia se suicidado faz pouco tempo! De início, rejeita a situação, mas aos poucos aceita o contato, envolvendo-se cada vez mais. Só que a Sra. Suicida encontra diferentes formas de interromper a conversação! 















Agora volto à frase inicial: escolha qual a abordagem. Se seguir o livro, o material é original, dificilmente encontrará releitura de algum roteirista ou a versão definitiva do diretor, que a contragosto modificou por pressão dos produtores. A versão americana (de 2002) é muito americana: o filme poderia se chamar “fast forward”, já que em 99 minutos de exibição o diretor tentará explicar alguma coisa. 



A terceira opção foi a que mais gostei (a de 1972). Andrei Tarkovski é um grande diretor, só que seus filmes seguem o padrão europeu, ou seja, são muuuuuiiiiiiitttttooooo lentos (165 minutos). Já assisti várias vezes em VHS e DVD, e sempre que vejo, tenho vontade de rever daqui a dez anos! BUT, É GENIAL! A abordagem é mais profunda que a de Stanley Kubrick, o início aparentemente sem sentido, carrega a explicação, que óbvio, não se percebe.




Neste filme, as idéias fluem tanto quanto as ações dos personagens. Deve-se captá-las. Nada é por acaso. É preciso ver o meio e o fim. Se em 2001 – Uma Odisséia no Espaço, seu diretor fez questão de mistificar o monólito negro; no filme de Tarkovski o expectador tira suas conclusões sem precisar consultar o oráculo. Não deixa de ser uma co-produção internacional sobre um mesmo conceito: escritor polonês e filmes americano e russo. Nada mal para o mundo Sci-Fi.



domingo, 9 de dezembro de 2007

Vida e Obra de Johny McCartney


Você deve ser pensando: quem é esse cara? Na verdade, esse cidadão nunca existiu, a não ser como personagem fictício de um álbum conceitual do cantor Leno. Em 1970, já separado de Lilian (com quem fez uma dupla de sucesso na Jovem Guarda), Leno preparava-se para lançar pela CBS seu terceiro disco solo, Vida e obra de Johhny McCartney, que deveria ter sido lançado em 1971 - mas só saiu em 1995, pelo selo independente de Leno. (...) Gravando na CBS, o cara acabou tendo contato com um dos produtores da casa, ninguém menos que Raul Seixas. (...) Se lançado em 1971, poderia ter se tornado um disco cultuado. Ouvido hoje, se não soa atual, pelo menos impressiona. Entre músicas de Leno, parcerias com Raul (creditadas a "Raulzito Seixas") e contribuições de amigos, pesca-se um som que tem mais a ver com bandas como Sly & The Family Stone, Beatles pós-67, Cream e Steppenwolf, como na faixa título.(...) Segurando a onda de Leno, haviam Renato Barros, Raul Seixas, Paulo César Barros, o pessoal da Bolha (Pedro Lima, Renato Ladeira, Arnaldo Brandão e Gustavo Schroeter) e o grupo uruguaio The Shakers. (trecho de um texto do jornalista Ricardo Schott, publicado no site discotecabasica.com).

Até recentemente eu só conhecia este disco por “ouvir falar”. Mas, graças ao espetacular blog Brazilian Nuggets (link específico, aqui) tive a oportunidade de ouvi-lo na íntegra, e é realmente muito bom! Considerando a época, evidentemente. Com esse time de músicos e composto em parceria com o Raul, só poderia ser mesmo ótimo! Foi difícil escolher faixas para mostrar aqui no blog, mas fiquei com Johny McCartney e Peguei Uma Apollo. No álbum inteiro, tem muito mais.

Sobre o Brazilian Nuggets, um blog “dedicado à pouco conhecida psicodelia brasileira”, onde se pode encontrar “alguns álbuns relevantes e raros dos anos 60 e 70”, como se auto-define. Tem muito material bom lá, como, por exemplo, os discos da lendária banda gaúcha Liverpool, o primeiro disco do Terço, e por aí vai. O cara parece um Indiana Jones do rock nacional! Vai lá e não perde tempo – até porque o webmaster é sério e retira o link quando um disco desses é oficialmente lançado em CD. Pra fechar, deixo aqui o link para a reportagem que foi ao ar no programa Vídeo-Show quando este disco finalmente foi lançado, pelo selo do Leno, em 95. Hoje, parece que voltou a ser raro, mas esquecido... isso não.


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