domingo, 27 de fevereiro de 2011

THE KATO SHOW



O título do vídeo a seguir sintetiza o que foi o seriado The Green Hornet, de 1966-67. Essa produção ainda tinha uma trilha sonora interessante, mas quem roubava mesmo a cena era o assistente Kato, vivido pelo lendário Bruce Lee.






Para conhecer mais:

Mofolandia

Infan TV

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

JULGAMENTO EM NUREMBERG



por Quatermass



Julgamento em Nuremberg (Judgement at Nuremberg – 1961) com certeza é um dos filmes de tribunais que mais perturba e intriga o espectador.


Nuremberg foi a cidade alemã onde ocorreram as grande reuniões do Partido Nacional Socialista (Nazista), cujo principal protagonista era Adolf Hitler. Foi de lá também que nos anos trinta foram aclamadas as “leis raciais”. Razão principal para os americanos a terem escolhido para sediarem os tribunais de crimes de guerra, cujos julgamentos resultaram na condenação de uma fração do segundo e terceiro escalão do regime nazista. Hitler, Himmler, Goebbels e Goering, suicidaram-se antes de qualquer veredito.


Mas o filme não fala das atrocidades orquestradas por militares, políticos ou fanáticos. O filme de Stanley Kramer nos remete a um julgamento inusitado: Dan Haywood (Spencer Tracy), um ex- juiz distrital do interior do Estado americano do Maine é convidado a presidir um tribunal cuja maioria dos magistrados havia recusado. Deveria chefiar, junto com outros dois juízes a apuração da veracidade nas acusações contra os réus e, se necessário, condená-los.




Os acusados eram eminentes cidadãos. Cidadãos que, a princípio, estariam acima de qualquer suspeita. Cidadãos que, em outra situação, não deveriam se encontrar naquela condição. Estes cidadãos eram em número de quatro: quatro juízes alemães. Juízes acusados de cometerem crimes em nome da lei. Juízes acusados de subverterem o Direito Objetivo (a lei) na defesa do Estado alemão e em detrimento do sentimento de justiça mais básico.


Além de mero contribuinte deste blog, não sou crítico de cinema, muito menos detentor de notável saber jurídico, mas há necessidade de distinguir, ainda que brevemente, os conceitos de Justiça, Direito e Juiz.


Justiça seria um sentimento de retidão advindo do meio social, anseio necessário para a convivência harmônica; Direito, seria o instrumento legal, através de normas e princípios, para alcançar a harmonia; Juiz seria o intérprete da lei, a pessoa idônea, investida de autoridade (pois representa o Poder Público) que avaliza a disciplina no meio social.




Porém, a ascensão de Hitler e suas teorias de pureza racial, acarretaram uma reacomodação da Justiça Alemã: muitos juízes se demitiram ou foram convidados a fazê-lo; outros se calaram; alguns não só aceitaram, como incrementaram a conotação racista contra os inimigos do Estado (judeus, ciganos, comunistas, liberais e deficientes mentais).


Estes últimos, tristemente existiram de fato, como Roland Freisler que, além de Juiz e nazista convicto, conferia para a si a função de acusador (e que morreu em fevereiro de 1945 ao se recusar a sair da sala do tribunal durante um bombardeio aéreo, local onde segundo consta, suas brutais ofensas e impropérios proferidos aos acusados deixariam Torquemada enrubescido).




Voltando ao filme, dos quatro acusados, um se destaca, Ernst Janning (Burt Lancaster), notável jurista antes mesmo da ascensão do Terceiro Reich, reconhecido internacionalmente. O que deixa seu advogado, Hans Rolfe (Maximiliam Schell) com uma dupla tarefa: manter inatacável a figura de Janning, como forma de preservar o que restava do orgulho intelectual alemão; e convencer o Tribunal de sua inocência.


Mas Janning mantinha-se calado: além de brilhante jurista, fora Ministro da Justiça do Terceiro Reich. Seu silêncio era sinônimo de vergonha. Mas, agora, com a Alemanha vencida, seria relativamente fácil arrepender-se de seus atos, quando poderia tê-lo feito desde 1933.




Esta é uma visão muito, mas muito resumida da obra, que trata do assunto com a delicadeza de um Mike Tyson. Diga-se de passagem, a atuação do promotor Tad Lawson (Richard Widmark) é marcante; assim como os depoimentos das testemunhas Rudolph Petersen (Montgomery Cliff), relativo a sua castração por ser comunista e deficiente mental; e Irene Hoffman (Judy Garland), sobre seu suposto relacionamento com um não ariano.




Como uma última observação, lembro-me de ter assistido esta obra muito antes da Wonder Vídeo distribuí-la em DVD (que recomendo, inclusive pela opção da dublagem original) - quando guri, vislumbrei um ator muito querido na época da TV preto e branco: William Shatner, no papel de assistente do Juiz Haywood.


Quando assisti pela antiga TV Difusora (atual Bandeirantes), deveria ter um onze ou doze anos e o motivo foram suas intervenções. Hoje, já mais velho, consigo distinguir os horrores reais do personagem Capitão Kirk. Mais que isso: quando nos deparamos com as sandices que aconteceram na 2ª Guerra Mundial, muitos prefeririam estar na ponte de comando da Enterprise que naqueles tribunais.





quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

MICRO SISTEMAS



por Thintosecco



Os anos 80 foram um tempo de experiências, descobrimentos e amizades. Meus primeiros contatos com a informática foram lá pelos idos de 1983, ocasião em que tive a oportunidade de conhecer um “magnífico” TK-82C.



Magnífica na verdade precisava ser a paciência do usuário. Aquela máquina dispunha de ínfimos 2Kb de memória RAM e o carregamento dos programas no sistema era extraordinariamente lento: ou estavam gravados em fitas cassete que levavam de cinco a dez minutos para leitura, ou pior: deveriam ser digitados, comando por comando, diretamente pelo usuário.


Mesmo assim, quando um saudoso amigo - o Roger - me emprestou uma dessas máquinas por alguns dias, foi simplesmente o máximo que um jovem nerd da época poderia desejar.




A seguir vieram os vídeo-games (Atari e Odissey) e “dei um tempo” para os computadores. Mas retornei alguns anos depois, já com objetivos profissionais. Começando de baixo, ingressei num curso de digitação da – até então - respeitada escola Data Control, em Porto Alegre.


O mais importante daquele curso foi a início de uma grande amizade, já que foi então que conheci o Luciano, que os leitores deste blog conhecem como MrOx. Desde logo descobrimos uma afinidade: os games, é claro.




Criamos uma rotina: nossas aulas na Data Control sempre terminavam com uma ida a um fliperama. Dá-lhe jogar Cabal! E Elevator Action, Galaga e outras fissuras da época. Mas naquela nossa "terapia", discutíamos sobre tudo: computadores, carros, filmes, gatas e projetos para o futuro.


É verdade que o tempo demostrou a inviabilidade de alguns sonhos. Mas também é verídico que vários desejos, com trabalho e dedicação, amadureceram e chegaram à realidade. Que o diga meu colega, hoje formado em ciências da computação, e gerenciando seu próprio negócio.

Quanto a mim, segui outra área, mas consegui o empreso estável que procurava, uso computador direto no trabalho, e, quando possível, toco O Planeta é Nosso!




Sabem, naqueles tempos eu sempre carregava na pasta uma revista chamada Micro Sistemas, que foi a primeira e - por bastante tempo - a melhor publicação na área de informática no Brasil. A motivação deste post foi recentemente ter encontrado na rede vários números da velha e saudosa Micro Sistemas, que vocês podem conferir no site Datacassete.


É curioso voltar a folhear aquelas páginas hoje em dia.
Também dá o que pensar como a microinformática, que já foi verdadeiramente “micro”, pode ser hoje globalmente gigantesca.


E quase não parece verdade, mas houve um tempo em que os micros não precisavam de um sistema operacional! Os comandos essenciais para o funcionamento da máquina já constavam na memória ROM (ou seja, estavam gravados nos chips) e eram próprios de cada fabricante.


Não se imaginava que uma empresa viesse a deter o monopólio (ou quase) sobre isso. Ou, pelo menos, não antes que o "titio" Bill Gates pronunciasse a palavra mágica "D.O.S." numa reunião histórica - e picareta - com executivos da IBM (se você não entendeu, procure assistir ao filme "Piratas da Informática", que descreve esse episódio em detalhes).


Ainda sobre a informática dos 80s... Que dizer dos programadores da época? Muito mais criativos, até em razão das limitações do hardware. Guardei na memória o nome de
alguns criadores de jogos, como Alexey Pajitnov (criador do Tetris), Jordan Mechner (Karateka e Prince of Persia), Sid Meyer (Civilization), entre outros gênios.



MICRO SISTEMAS ON LINE. E TRON.


Por fim, há quem diga que nada ocorre por acaso. Enquanto preparava este post, descobri que a Micro Sistemas está voltando, em versão virtual, que pode ser conferida neste link.





E não é que lá encontrei a melhor matéria que li até agora sobre os filmes Tron (1982) e Tron, o Legado (2010)? AQUI.



Curiosamente, lá nas páginas da velha Micro Sistemas estão chaves para entender o universo de Tron.


No início dos anos 80 os raros usuários de microcomputadores eram verdadeiros "iniciados": conheciam as máquinas, criavam e alteravam programas - talvez hoje quem trabalha com sistemas Linux esteja mais próximo daquela realidade - e então faz sentido quando, no filme, os usuários são tidos como divindades - criadores - no mundo virtual.


Outro aspecto é a importância dos jogos. Ainda hoje os games servem de parâmetro para avaliar a capacidade de um computador: será que essa máquina roda a última versão do Need for Speed sem uma placa aceleradora? - é o tipo de pergunta que muitos se fazem quando compram um micro. Naqueles tempos era assim e muito mais, especialmente pelo perfil nerd dos usuários dos anos 80.


Pois é, Tron e Micro Sistemas, de volta quase 30 anos depois. Se coincidência não existe, como dizem alguns, será que algo ficou esquecido lá atrás? Enquanto não encontro uma resposta, deixo
um abraço aos amigos, em especial ao meu velho parceiro de games e filosofias. E boa sorte à nova Micro Sistemas.

No vídeo: uma cena antológica de Tron (1982).


domingo, 6 de fevereiro de 2011

DAFT PUNK



Trata-se da dupla francesa de música eletrônica responsável pela trilha do filme Tron Legacy. Mas não é a primeira vez que o Daft Punk envolve-se com cinema. Em 2006 produziram um filme: Electroma, e, antes ainda, em parceria com Leiji Matsumoto, a animação Interstella 5555.

A dupla é formada pelos músicos franceses Guy-Manuel de Homem-Christo (nascido em 8 de fevereiro de 1974) e Thomas Bangalter (nascido em 3 de janeiro de 1975).








Interstella 5555:


A dupla concebeu o conceito desse anime durante as sessões de gravação de "Discovery", de 2001. A idéia era fundir a ficção científica com entretenimento e cultura, o que foi melhor desenvolvido com seu colaborador Cédric Hervet. Os três levaram o álbum e a história completos a Tóquio na esperança de criar o filme com um ídolo de infância, Leiji Matsumoto (criador de mangás e animes como Patrulha Estelar e Capitão Harlock, entre outros).

Depois que Matsumoto uniu-se à equipe como supervisor visual, Shinji Shimizu foi contatado para produzir a animação e Kazuhisa Takenouchi, dirigir o filme. Com a coordenação de tradução de Tamiyuki "Spike" Sugiyama, a produção começou em Outubro de 2000 e acabou em Abril de 2003, sendo lançada apenas em 1° de Dezembro de 2003.

Os primeiros quatro episódios do filme foram mostrados na MTV e no Cartoon Network em 2001. O Cartoon Network hospedou os episódios online como parte do projeto breve de Toonami Reactor (que mais tarde ressuscitou como "Toonami Jetstream") Em Dezembro de 2003, Interstella 5555 foi lançado junto com o álbum "Daft Club" que serviu para promover o filme e mostrar previamente faixas remixadas do álbum "Discovery".

ONE MORE TIME

Essa canção é um dos maiores sucessos do Daft Punk, tendo chegado a TOP 2 no Reino Unido. Na animação, corresponde ao início da história, em uma galáxia distante, onde situam-se as 4 estrelas da música.

Num planeta alienígena no qual todos os habitantes tem pele azul, os musicos tocam "
One More Time" no momento que o espetáculo é transmitido para todo planeta. Enquanto isso, na torre de vigilancia espacial, os oficiais se distraem vendo o show, eis que não percebem a aproximação de uma nave desconhecida...

(texto adaptado da wikipedia)


Para saber mais:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Daft_Punk

http://bipsonar.wordpress.com/2009/06/08/daft-punk-e-suas-empreitadas-visuais/



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