sábado, 28 de novembro de 2009

O trailer de AVATAR

O ALQUIMISTA JORGE BEN JOR




"A música de Jorge Ben tem uma importância única na música brasileira por incorporar elementos novos no suíngue e na maneira de tocar violão, trazendo muito do rock, soul e funk norte-americanos e ainda com influências árabes e africanas, que vieram através de sua mãe, nascida na Etiópia. Suas levadas vocais e instrumentais influenciaram muito o sambalanço e fizeram escola.

"Jorge Duílio Lima Meneses (Rio de Janeiro, 22 de março de 1942), conhecido como Jorge Ben e atualmente Jorge Ben Jor é um guitarrista, cantor e compositor popular brasileiro. Seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: rock and roll, samba (samba rock), bossa nova, jazz, maracatu, funk e até mesmo hip hop, com letras que misturam humor e sátira. Inclui muitas vezes temas esotéricos em suas canções.

'Ainda nos anos 70, Jorge Ben lançou álbuns mais esotéricos e experimentais, como A Tábua de Esmeralda (1974), Solta o Pavão (1975) e África Brasil (1976). Embora não obtivessem sucesso comercial, estes álbuns são considerados clássicos da música brasileira."(Leia mais na Wikipedia).





Gosto muito da fase alquimista do Jorge Ben (nessa época ainda não havia o "Jor"). O álbum Tábua de Esmeralda - para quem tem ouvidos para ouvir - é fantástico. Seria uma obra para analisar - como fazíamos com os discos do Pink Floyd ou dos Beatles - faixa por faixa, nos detalhes.

Além do incomum dos ritmos e arranjos e do esoterismo das letras, outra curiosidade dos trabalhos antigos do Ben Jor são as referências frequentes a histórias de príncipes e princesas. Curiosamente, dizem que seus antepassados pertenciam à família real da Etiópia.

Por tudo isso, recomendo conhecer a versão original de Zumbi, do álbum "Tábua de Esmeralda". Segue o clássico "Os alquimistas estão chegando e ainda a supreendente "Brother".







Links:

Sacundinbenblog

Somdobaum

domingo, 22 de novembro de 2009

O MAR É NOSSO TÚMULO



Quatermass


O Mar é nosso Túmulo (Run Silent, Run Deep – 1958) é um filme de guerra clássico. E o que quero dizer com isto? Produto dos anos cinqüenta possui elenco estelar (Clark Gable e Burt Lancaster), dotado de mensagem maniqueísta (os japoneses ainda são tidos como criaturas traiçoeiras) e roteiro inverossímil. É um filme com fotografia em preto-e-branco (o que não significa nada).


Dirigido por Robert Wise, em início de carreira, já apresenta algumas credenciais que atestam sua competência. Tem como pano de fundo a missão do submarino USS Nerka e o conflito entre o capitão Rich Richardson (Gable) e seu imediato Jim Bledsoe (Lancaster).

Ao perder seu submarino anterior no Estreito de Bunko, Richardson tenta impor sua nova tática para atrair e atacar belonaves japonesas, em especial, as escoltas. E aí entra um dos furos do roteiro: a de disparar torpedos frontalmente, visando atingir o destroyer pela proa!!! E o pior é que no filme ele conseguiu!!!!
Mesmo assim, é um de meus filmes de guerra favorito, mesmo não tendo a carga de dramaticidade de O Barco (Das Boot – 1981) ou Torpedo (Torpedo Run – 1958), possui a tensão típica dos filmes de submarino, com a tradicionais fugas, submersões, ataques de cargas de profundidade e desvio de minas.




Mas o que realmente vale assistir são as atuações de Clark Gable e Burt Lancaster, paralelo à interação destes com o resto da tripulação; que por momentos ouvem atentamente a voz da Rosa de Tóquio (a locutora japonesa que, em inglês tentava desmoralizar as tropas e tripulações americanas durante a 2ª Guerra Mundial).


O final do filme apresenta as mesmas inverossimilhanças de Torpedo: situações absurdas que só em filmes acontecem. Só que inverossimilhanças são inverossimilhanças, e como tal devem ser toleradas. Afinal, em tais filmes assistimos situações que não passamos nem experimentaremos; que não questionaremos nem queremos questionar; em suma, não pensamos, nem queremos pensar – e, excetuando a rodinha de intelectuais - não é o que realmente buscamos quando vamos ao cinema?


CREATIVE COMMONS

terça-feira, 17 de novembro de 2009

"Q"


por Quatermass



Taí o melhor personagem da Nova Geração de Jornada nas Estrelas. ‘Q’ (John de Lancie) detinha todos os atributos que poderiam ter permeado as sete temporadas desta franquia Star Trek.


Foi o melhor vilão, anti-herói, personagem cômico e mocinho até! Entidade do Continuun: uma dimensão criada pelos roteiristas, até o momento de difícil definição físico-metafísica, entenderam??? Adotava a forma humana para interagir com suas cobaias.


Também funcionou como mestre de cerimônias, ao apresentar os Borgs aos tripulantes da Enterprise. Tal episódio, Q-Who?, foi com certeza o melhor da segunda temporada (1988-1989) e um dos melhores de toda a série, pois, ironicamente, trouxe um pouco de brutal realidade à alienada e faceira tripulação da Enterprise.



Com suas tiradas irônicas e inteligentes, quebrava a mesmice, ingenuidade e o irritante palavrório pseudo-técnico-científico criado por Brannon Braga & cia. É uma pena que não tenha sido aceito como tripulante de Picard no referido episódio, apesar de seus insistentes pedidos. Mas seria um risco para o elenco, uma vez que ele basta por si. Com ‘Q’, quem precisa de tripulação?



CIDADES E ANIMAIS

Trecho de e-mail que recebi do nosso amigo Rodrigo.

I Jornada Convivendo com os animais nos centros urbanos, patrocinada pela Prefeitura de Porto Alegre.

Amigos,
Finalmente um evento que se propõe a discutir o problema dos animais em centros urbanos.
Quem puder dar uma chegada lá (...) acho que será muito bom.
Precisamos nos unir: independente da ong, da associação, ou seja lá que nome tiver o grupo, o objetivo comum é buscar uma solução para o abandono, a problemática dos maus tratos, a questão das zoonoses.

Aqui está o link para quem quiser conferir.

sábado, 14 de novembro de 2009

A AVENTURA NO RÁDIO parte 3 (final)

Thintosecco




Era uma vez, nos anos 80, a história de dois garotos que pensaram em montar uma rádio pirata. É também um pedaço da história de um dos programas mais interessantes que houveram no rádio e do qual nós tivemos honra de participar, ao menos por um dia.



Enfim, chegara o dia e a hora de irmos ao ar. O programa que o Tioguara e o Gordo apresentaram foi dedicado ao tecladista Rick Wakeman - conhecido pelo trabalho no grupo Yes, mas com uma carreira solo também brilhante. A escolha do Rick foi não apenas por uma questão de gosto, mas também pragmática: a Kitty, irmã mais velha do meu parceiro, possuía metade dos álbuns do nosso artista. Quantos aos outros, compramos em sebos - na Av. Borges de Medeiros ou na Marechal Floriano - onde na época eram mais mais fáceis de achar - lembrando que estávamos no tempo dos LPs e nem sonhávamos com o (bendito) download.




Subimos o morro Santo Antônio até o prédio da Band (antiga Difusora), onde funcionavam, além da TV, as rádios Band AM e FM. E a Ipanema FM. Naquele tempo - não sei se ainda é assim - os estúdios eram dividios em dois espaços principais: a sala de locução e a sala de operação, separadas por um janelão de vidro, tipo aquário. Fomos recebidos pela Kátia Suman, que seria, por aquela noite, nossa "chefe". E recebemos os últimos toques: "Podem falar devagar. Um minuto no rádio é bastante tempo, o suficiente." "Enquanto um de vocês fica aqui, no microfone, é bom o outro ficar lá com o operador, ajudando a achar as músicas nos discos." "Vou ficar com vocês aqui no primeiro bloco, depois tenho coisas para fazer. Vou deixar vocês com o Genésio (o operador) e volto mais tarde." Tudo muito simples, na teoria.


Passando à prática... Quando do operador deu o sinal de positivo do lado de lá do aquário e acenderam os luminosos "NO AR" (eram dois, um acima do aquário e outro acima da porta), digo para vocês: que coisa mais difícil falar devagar! A vontade era de dizer tudo num só segundo e terminar o assunto para ontem!

De qualquer jeito, mesmo que "meio no susto", estávamos no ar. E colocando o nosso som, do nosso gosto e do nosso jeito, independemente dos ditames da moda da época! Começamos logo com Viagem ao Centro da Terra, sendo que um dos trechos do álbum foi usado como cortina para os oito blocos do programa. No caso, o trecho da luta dos "dinossauros", que consta no vídeo a seguir:






A discografia do Wakeman é rica em adaptações de obras de ficção, lendas ou ainda episódios históricos. Algumas vezes criou suas próprias viagens, como no álbum “No Earthly Connection” (1976). Adaptou musicalmente clássicos da ficção científica, como “Viagem ao Centro da Terra” (1974) e "1984" (em 1981). Seu período de maior sucesso foi entre 1975/76, época em que, após o “Viagem...” lançou o também clássico “Mitos e Lendas do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda” (1975). Antes disso, em seu primeiro álbum, a inspiração veio da história inglesa, com “As Seis Esposas de Henrique VIII” (1971). Outro disco deste tipo, também interessante, foi o “Criminal Record” (1977).



Fora isso (como se fosse pouco...), o cara também compôs trilhas de filmes e documentários. Realizou alguns trabalhos como músico de estúdio (usando pseudônimos), entrou para o Yes, depois saiu, então voltou... num vai-e-vem que segue até hoje! Mas essas são histórias muito longas para esse post...






Uma das coisas interessantes que aconteceram naquela noite foi descobrirmos que haviam muito mais pessoas que curtiam o som progressivo do Wakeman – e que estavam ligadas no programa – do que imaginávamos. Soubemos disso pelo telefone, que tocou várias vezes. E foi muito legal ter recebido alguns elogios. Só não deu para atender aos pedidos de músicas, porque a programação já estava acertada. Não esqueço até hoje do cara que queria ouvir a faixa "Júlia", do disco 1984.





Atendíamos o telefone na sala do operador. E confesso que gostei mais de estar ali do que em frente ao microfone. Talvez fosse o lado nerd falando mais alto. Ali havia um território a explorar: equipamentos principalmente. Não sei dizer pra vocês qual era a marca dos dois pratos que tocavam os discos de vinil, mas com certeza eram muito bons. Uma coisa que achei curiosa: os cartuchos que continham as gravações dos comerciais. Na aparência até tinham um pouco a ver com os cartuchos de vídeo-game, porém maiores; entretanto continham fitas mais largas que as cassete e que, aparentemente, utilizavam um rolo só. Hoje, devem ser peças de museu.


Notei num canto uma fita de rolo - daqueles modelos bem antigos - que rodava bem devagar, mas nunca parava. O Genésio então explicou que aquela era a fita do DENTEL, que gravava tudo, o tempo todo, até os comerciais. Era o regime militar que ainda se fazia presente, muito embora já em seus últimos momentos.





Foi uma experiência incrível. No final do programa, juntamos nossos discos, nos despedimos e voltamos para casa. Nada mudou em nossas vidas por causa daquela aventura no rádio. Mas ficou a satisfação de ter lutado por um sonho - o de colocar no ar um som diferente e de mais qualidade - e ter realizado alguma coisa, mesmo que um pouquinho só, por duas horas. E sabem de uma coisa? Encontrar de tempos em tempos alguém que ouviu aquele programa é algo muito especial.

Especial também foi, como já disse outras vezes, o surgimento da Ipanema FM nos anos 80 em Porto Alegre. Também o trabalho da Kátia Suman, que criou e manteve o programa Clube do Ouvinte.

Agradeço muito ao amigo Henrique a oportunidade de ter participado daquela empreitada. E também por ter me apresentado à música do Wakeman e de outros grandes artistas. Agradecimentos também a todos que ajudaram de uma ou outra maneira, em especial à Maiara.

Quanto a esta postagem, é importante reconhecer o trabalho do ROLT, que realiza as obras de arte que são os clipes que aproveitei nessa postagem e os disponibiliza no You Tube. Temos agora músicas do Rick Wakeman não apenas para ouvir, mas também para ver! Muito legal. E encerro esta postagem com a faixa que abre o disco No Earthly Connection. Abraço!





Links:


Ipanema FM

Rick Wakeman

Canal do videomaker ROLT no You Tube


Postagens anteriores:

A Aventura no Rádio - parte 1

A Aventura no Rádio - parte 2

Outra Viagem ao Centro da Terra - parte 2 (atualizando)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

ANGELS ROCK



Um clipe com cenas do Novo Capitão Escarlate - que é uma versão nova de um seriado clássico dos anos 60 - ao som do ZZ Top - que é uma banda clássica dos anos 80. Em resumo, uma salada de épocas, regada com rock e ficção científica. E aviação futurista!

Quem gostou pode também conferir este!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

DISTRITO 9

Quatermass


O que são Babushka? São bonequinhas de origem russa, dispostas na seguinte ordem: uma dentro da outra. O que é Distrito 9? É uma favela dentro de uma favela. O que tem a ver uma coisa com a outra? A princípio, nada; porém são semelhantes!?!?



Obra de ficção científica do estreante Neill Blomkamp, é superior aos congêneres americanos deste ano. Por que? Porque nos apresenta o inusitado: alienígenas que chegam à Terra, mais precisamente sobre Johannesburg, na África do Sul. Famintos, sujos e carentes, são rejeitados, também por sua aparência repugnante – apelidados de “camarões” – e então segregados numa área denominada Distrito 9.


Sua gigantesca nave fica inerte por vinte anos sobre a também gigantesca favela e dá-se a ironia das ironias: os aliens são explorados pelos favelados, principalmente os nigerianos, que lhes vendem comida de gato (o prato favorito dos “camarões”) a preços exorbitantes.



Fartos da incômoda presença, os humanos resolvem expulsar os sub-favelados e removê-los para outro local, “mais confortável, tranquilo e seguro”, mediante notificação judicial de despejo!!! Calma, o filme não é dos Monty Python, e sim extremamente crítico. A companhia que patrocina o evento é a MNU, que entre suas inúmeras ramificações, possui uma divisão de armamentos que está muito interessada nas potentes armas aliens, que, infelizmente, só são ativadas quando identificado o DNA dos “camarões”.


Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley), o herói/anti-herói/palhaço, é o encarregado de comandar o despejo, quando, acidentalmente descobre um estranho artefato criado por Christopher (o nome humanizado do “camarão”) e sofre um... digamos... acidente de trabalho.



A idéia de utilizar uma favela e fazer dos aliens os explorados, inclusive dos favelados, é original. O verdadeiro herói deste filme é Christopher, que se num primeiro momento nos causa repulsa, mas, aos poucos identificamos excesso de humanidade e imediatamente mudamos de lado, a ponto de torcermos cada vez que um humano explode!!! É através deste jogo de incoerências que Distrito 9 se sobressai de Star Trek XI e outros: existe uma mensagem subliminar e um final pra lá de anti-hollywoodiano.


Outro destaque ficam pelos efeitos especiais da turma de O Senhor dos Anéis (nada mais natural, eis que produzido por Peter Jackson): já aparecem desde o primeiro minuto e duram a exibição inteira; no entanto, não são cansativos! Quando uma idéia bem bolada se junta com efeitos especiais, automaticamente fundem-se e mesmo que não percebamos, subconscientemente sentimos um mal estar pela inteligente agressão: muitas vezes a pior dor não é a física, mas a da percepção! Distrito 9 fala disso: miséria, segregação, exploração, corporações poderosas e... humanidade extra-terrestre!!!



segunda-feira, 2 de novembro de 2009

I.A. Inteligência Artificial





Inteligência Artificial




Não gostaria de comentar sobre o filme. Além de retratar um tanto quanto limitado, pois estamos muito longe da aplicação em máquinas com "interface"humana, ou seria o oposto? Sendo cotraditório, pois como já postado aqui há significativos avanços da cibernética, nanotecnologia.


Definição (Marvin Minsky)


É a ciência de fazer com que máquinas façam coisas que requerem inteligência, se feitas pelo homem.

É a ciência de emular no computador um comportamento inteligente



Mas o que é inteligência ??



Acho muito amplo e limitante conceituar "inteligência", pois na psicologia ela se ramifica em cerca de 7 níveis ou mais, cognitiva, lógica, emocional (auto relacionamento) Musical, Corporal-cinestésica (esportistas), espacial, e interpessoal. (Daniel Collemann)



Mas o melhor conceito é a capacidade mental, a platicidade da mente na resolução dos mais diversos problemas. Bom, aqui na comu, um exemplo deste predicado é meu amigo Taiguara. Um questionamento para reflexão:


"Bom-senso" e a ideia de "Contexto" são, na minha opinião, temas que influenciariam diretamente as decisões em Sistemas de Inteligência Artificial, se fosse possível criar um modelo computacional que os representasse. Também, as emoções refletem comportamentos típicos dos seres-humanos, que se fossem agregados a sistemas poderiam causar mudanças em decisões, como acontece conosco (seres humanos): decidir pela razão (mente) ou pela emoção (coração)? Como buscar o equilíbrio e o conhecimento necessários para as tomadas de decisão? Isso será possível evoluir em um sistema computacional?




Creio que tudo do real pode ser representado através de um ambiente computacional, a dificuldade é a definição, a modelagem de conceitos muito abstratos, em que o espírito, a conciência humana são insubstituivéis, mas perfeitamente imitados repetidos, mas o livre arbítrio em decisões, sempre dependerão do equilíbrio entre razão e coração...





Revendo conceitos, talvez a solução dos principais problemas de I.A, deverão ser resolvidos, não com o desenvolvimento do hardware em si, mas em sistemas híbridos que mesclem sistemas eletrônicos com sistemas biológicos.






links




http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/o-futuro-da-inteligencia-artificial-08092009-33.shl



Corram para as colinas !!! Skynet incoming !!!

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