sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL, COM PAZ E AMOR.

Desejo aos amigos e leitores deste blog um ótimo Natal!

E deixo o registro de um dos melhores momentos de 2011: o show de Ringo Starr e sua All-Stars Band em Porto Alegre, em novembro passado.

Um abraço e felicidades a todos!


terça-feira, 29 de novembro de 2011

REGGAE DO NAVEGADOR




A internet, como sabemos, tem uma capacidade impressionante de aproximar pessoas, seja encurtando distâncias, reduzindo diferenças ou proporcionando diferentes meios de expressão. Pode até realizar revoluções.

Mas também pode ser um importante instrumento de paz.
O vídeo que posto, produzido pela banda porto-alegrense Tape Deck, ilustra bem essa idéia.


O vídeo já não é novo, mas deixo os parabéns à banda e, em especial ao guitarrista Little John, nosso amigo.

E também quero parabenizar aos vários amigos que aniversariam neste final do mês de novembro e também no mês de dezembro que vai chegando, sendo a todos dedicado esse som da Tape Deck.

Abraços!



sábado, 29 de outubro de 2011

A Mboi-guaçu de São Miguel





Um conto de horror gótico no pampa gaúcho.




Autor: Luiz Carlos Barbosa Lessa.
Obra: Rodeio dos Ventos, de 1978.


* * *


Quem me falou da mboi-guaçu foi Sebastiana Gonçalves de Oliveira, mestiça guarani, 97 anos de idade, que em julho de 1951 ainda morava em seu rancho perto das ruínas de São Miguel, ex-capital das Missões.


Falou assim: “Já vejo que o senhor é um moço de tino. Outros muitos vêm por aqui, olham a igreja, sobem na torre, descem na escada escondida, mas não têm olhos para enxergar aquela massa preta, hoje dura que nem pedra, que escorreu do alto da escada. Mas o senhor não: viu. Viu e perguntou. Perguntou e eu conto. Se fosse para outro, não contava."


“Pois quando eu era pequena, minha mãe sempre me falava de coisas lindas do tempo em que São Miguel era cidade grande, com muita gente vivendo por aqui. Descrevia as procissões, as danças, os trabalhos de puxirão, a colheita de erva-mate com festas bonitas. Coisas que ela nunca viu, mas que ouviu dizer pela mãe dela, que era do tempo dos padres."


“Mas minha mãe contava que, quando os padres foram corridos, tudo isto se parou mui triste e abandonado. Quase todos os homens tinham sido recrutados para as guerras, de quando em quando apareciam soldados para reculutar também os guris já mais grandotes, e nas casas junto da igreja só tinham ficados as mulheres, com as crianças pequenas e um que outro velho já quase sem serventia. Entre a criançada estava a mãe da minha mãe, que é quem sabia do causo."


“Aqueles tempos foram mui brabos, porque era só femeeiro que vivia em São Miguel. Caçar, mulher não sabe. Laçar gado, também não. Cuidar da lavoura até a colheita, sim. Mas derrubar mato e escorraçar os tigres e outros bichos malevas, também não. Sem derrubar mato, plantação não tem. E em vez do mato ser vencido, foi ele quem foi vencendo: invadiu cidade adentro, entrou pelos restos de rua, subiu pelas paredes dos ranchos, foi botando tudo abaixo."





Então, buscando resguardo, as chinas levaram seus trastes, seus filhos, seus bichos de criação, para o interior da igreja. E todas ficaram morando lá, pensando que o mato nunca poderia bandear as paredes de São Miguel, que eram da largura dos braços abertos de um homem. Pensaram certo: pois o mato foi chegando, foi chegando, e ali parou"


"Durante o dia, as mulheres levavam seus filhos e os animais para os restos de lavoura, e ali ficavam trabalhando, ali comiam, ali descansavam o corpo quando a canseira era muita. E antes que noite descesse elas voltavam para a igreja, acendendo na porta um fogo grande. Tigre tem medo do fogo e assim não podia entrar."


"Não podia, mas tentava. Noite alta, era aquele desatino, das feras tenteando um jeito. Dentro da igreja, os cavalos sentiam o cheiro e, abrindo as ventas, farejando fundo, buscavam resguardo uns nos outros, uma hora arrodeando, outra hora se apertando, e já para o fim – tomados de medo e loucura – coiceando uns aos outros, cravando-se os dentes, rinchando de dor ou relinchando de fúria. Em torno, sem atinar com o perigo, uma que outra tambeira mugia triste, negando o leite aos terneiros.




Das torres abandonadas, desprendiam-se morcegos e, envoltos na confusão da tropilha, podiam saciar sua sede e fome com o sangue quente das desguaritadas crias. E ali, vendo tudo, olhos arregalados de medo, coração na boca, ali se encolhiam as chinas no fundo de seus catres, atarantadas, sem nada fazer, pois vivente mulher nunca soube lidar com os alimales, como os homens lidam. Só quando o sol apontava e os tigres iam-se embora, é que tudo serenava.


“A mboi-guaçu sempre tinha vivido no mato, sabendo que a morte a agarrava se chegasse ao campo limpo. Nunca antes, ela tinha vindo até os vargedos e lavouras, até os povos das Missões. Apenas os homens que penetravam sertão, a colher erva, é que contavam ter visto ela, com sua pele fininha e transparente deixando ver – lá nela – os bichos que comia inteiros quando a fome era mui forte. Pois então, desta feita, como o mato tivesse chegado à igreja de São Miguel, ela se veio, junto. E quando o mato, se agarrando em cipós, trepou parede acima, ela trepou também."


“Com a chegada da cobra grande, os morcegos e até os tigres fugiram de São Miguel. E depois deles, sem se poder atacar, fugiram também os cavalos e as tambeiras. Só ficaram ali as chinas com suas crias, embora tivessem entendido que era a cobra que ali estava – escondida nalgum canto... – pois que só da mboi-guaçu todos os bichos fugiam."


“Quando o mato, chegando ao alto, vingou numa das torres da igreja, a cobra ali se aninhou, moita e paciente. No dia em que o mato descesse pra dentro da sala grande, ela haveria de descer também, para engolir, de uma bocada, as chinas desarvoradas."


“Então, mais do que nunca, a sala grande da igreja foi a arma de defesa. Se mesmo o pasto era difícil de nascer ali, naquele chão pisoteado, muito menos cresceria o matagal, casa da cobra malvada."


“Mas o pasto não cresceu, nem o mato desceu.

“E a mboi-guaçu sentiu fome.

“Sentiu fome que crescia.


“Enraiveceu!"






“Enroscada nas cordas que pendiam do alto, atirou-se a badalar os sinos. Badalava! badalava! e o grito dos sinos entrava pelos ouvidos dos viventes para bater lá dentro, lá no fundo, chicoteando os nervos, como se uma tropilha inteira pisoteasse o pensamento, machucando o coração."





“Até que uma noite uma das chinas atentou para o mistério. Era decerto a mboi-guaçu que tinha fome. E essa china, que de tanto sofrer enlouquecera, pegou seu filho nos braços e lá subiu para a torre de onde o sino chamava. Ia subindo, em desatino, os degraus de pedra bruta, e quanto mais ela subia mais o sino se animava na doideira de seus gritos. “Quem é que chama meu filho?! Quem é que chama meu filho?! Não grite mais, já cheguei!”

“E então tudo se calou...


“Dois dias então se seguiram, num silêncio ainda mais louco do que os gritos tresloucados. Até quando a cobra grande ia ficar sossegada?

“E o sino recomeçou. Primeiro calmo, num choro... depois chorando mais forte... por fim gritando de novo.

“E outra china deu seu filho para aquietar a maldita...

“Assim foi, noites e noites. As pobres chinas, coitadas, não tinham para onde ir. E os sinos de São Miguel só paravam de gritar quando no alto da escada jogavam mais um anjinho para a faminta mboi-guaçu".


“Assim foi por muito tempo."

“Mas então a cobra grande, de tanto comer carne tenra, foi inchando, inchando muito, tanto engordou que estourou. E tão grande ela se achava, que a sua graxa - muito preta - inundou a torre toda, e depois veio caindo, se esparramando, pingando, desceu do alto da escada e nos degraus se grudou."

“Esta é a história que contava minha avó guarani.”


***


Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002) é um dos principais nomes do tradicionalismo gaúcho (movimento cívico-cultural que valoriza e preserva as tradições gauchescas do Rio Grande do Sul). Às vezes produzia obras de ficção, como este conto. Todavia, convém referir que são verídicos o local e o contexto histórico dos fatos narrados. Para saber mais, sugiro consultar os links ao final. Valeu!

Nota: As fotos das ruínas de São Miguel usadas neste post são de fotógrafos diversos, encontradas na internet e usadas neste blog sem fins comerciais.



Links:

Os Sete Povos das Missões

Barbosa Lessa (site oficial)

Glossario de Termos Gauchescos




Lembram do filme "A Missão", com Robert De Niro e Jeremy Irons? Seguem links com dois vídeos:









Encontrei também no You Tube o vídeo a seguir, que conta a história da Redução de São Miguel, bem feitinho. Recomendo.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

THE SEEKERS




Postagem curtinha para lembrar mais uma banda esquecida dos anos 1960. Dessa vez o garimpo foi do nosso amigo João Batista. Valeu, João!



Seguem dois clipes dessa banda australiana. Diz o João que na época "Giorgie Girl" ganhou no Brasil uma versão chamada "A Feiticeira", cantada pela Evinha do grupo Trio Esperança.






terça-feira, 27 de setembro de 2011

A PRIMAVERA





A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la...


(trecho de um poema de Cecília Meireles)








Um dos maiores espetáculos da natureza é, com certeza, a chegada da primavera. Com muita frequência impressiona artistas de todas as áreas, seja na poesia, na música...

Até mesmo nos quadrinhos! Reparem nesse trecho da história "Aventura Humana", do personagem Ken Parker (meu western preferido).





Boa semana!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

MÚSICA BARROCA



A
música barroca é toda música ocidental correlacionada com a época cultural homônima na Europa, que vai desde o surgimento da ópera por Claudio Monteverdi no século XVII, até à morte de Johann Sebastian Bach, em 1750.

...

Trata-se de uma das épocas musicais de maior extensão, fecunda, revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente também a mais influente. As características mais importantes são o uso do baixo contínuo, do contraponto e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então vigentes.

...

Durante a música barroca, os compositores e intérpretes usaram ornamentação musical mais elaboradas e ao máximo, nunca usada tanto antes ou mais tarde noutros períodos, para elaborar suas idéias; fizeram mudanças indispensáveis na notação musical, e desenvolveram técnicas novas instrumentais, assim como novos instrumentos. A música, no Barroco, expandiu em tamanho, variedade e complexidade de performance instrumental da época, além de também estabelecer inúmeras formas musicais novas, como a ópera. Inúmeros termos e conceitos deste Período ainda são usados até hoje.

Trechos extraídos da Wikipedia.







sexta-feira, 16 de setembro de 2011

BLOG MOVIES


Quando iniciei O Planeta É Nosso! logo percebi que não daria conta de tocar o blog sozinho. Aliás, sempre pensei - e continuo pensando - no blog como algo coletivo. Logo pensei no Luciano (MrOx) - parceiro de aventuras na informática e outras empreitadas. Mas logo veio outro reforço.

Lembro que um dia contei ao amigo e colega Arthur que tinha baixado da rede o filme "A Invasão dos Discos Voadores" (Earth vs Flying Saucers, 1956), com efeitos criados por Ray Harryhausen. Foi então que o meu colega explicou que era um grande fã de filmes de ficção antigos e afins. Começamos trocar algum material e a conversar bastante sobre o assunto. Sendo uma das idéias do blog comentar filmes, ali estava a pessoa ideal para fazê-lo, até porque também escreve muito bem. Surgia o parceiro Quatermass - homenagem ao personagem homônimo de velhos filmes de ficção da produtora inglesa Hammer - e com ele vieram os blog movies, que na verdade são arquivos word assim nomeados, que o prof. encaminha ao Thintosecco por e-mail, contendo os textos para postagem no blog.

Tenho pensado em organizar melhor essas postagens e me parece que o melhor é criar uma categoria para elas mantendo o nome original. Outra criação do Quatermass aqui no blog são as vinhetas, espécie de mini-posts, contendo praticamente só os vídeos, como um preview das novas postagens - podendo eventualmente funcionar também como mini-reviews.
Então, aproveitando que vou aos poucos reorganizando o blog (e acertando as cores dos posts antigos), este post fica como vinheta de um blog movie histórico para o Planeta! E dá-lhe Harryhausen! 

Post publicado originalmente em 12/09/2009.




E fica o link para a postagem original, com resenha: EARTH VS FLYING SAUCER, postada em 18.12.2007.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

DER TUNNEL







TRILOGIA SCI-FI ALEMÃ DOS ANOS TRINTA - 2ª PARTE






por Quatermass




Der Tunnel (1933) é muito mais que um filme, é uma história à parte. Baseado no best seller alemão de 1913, escrito por Bernhard Kellermann, de título homônimo, dele derivou três versões de nacionalidades distintas.


OBS: existe uma quarta versão, curiosamente seria a primeira, alemã, de 1915 (dirigida por William Wauer), mas como não a vi, fica só o registro.



Comecemos pelo ponto incontroverso: a história. Conta as peripécias na construção de um túnel que passa por debaixo do Atlântico, ligando a Europa com a América. Coisa de europeu: a obsessão por expandir horizontes, aproximando continentes, seja por ar ou pelo fundo do mar!





Agora, a questão controversa: as três versões da obra. A primeira, francesa - Le Tunnel (1933), porém dirigida por um alemão, Kurt Bernhardt, pode ser considerada a obra mais espontânea e fiel ao livro que seus derivados.





Explico: Kurt Bernhardt, antipático ao regime nazista filmou na França. Além possuírem concepções de superioridade racial, os nazistas também eram nacionalistas, e segundo sua ótica, nada mais justo fazer a versão alemã do best seller.


A forma: a GESTAPO “convidou” Bernhardt a filmar Der Tunnel (1933) em Munique. Como Hans Albers, sentiu-se um tanto quanto oprimido e, na opinião deste comentarista, esta segunda versão talvez seja a mais contida das três.





The Transatlantic Tunnel (1935) é a versão inglesa: mais extensa e dotada de cenas tecnicamente deslumbrantes; algumas, porém, arrastadas e supérfluas (tal qual F. P. 1). Segundo a crítica americana a versão alemã é a melhor. Mas como este comentarista acredita, sociologicamente falando, que meio condiciona o indivíduo, fico com a primeira!








Logo, de maneira oblíqua, analiso Der Tunnel a partir de Le Tunnel (já que o diretor é o mesmo)! Em nenhuma há um ator que desponte; o coletivo parece ser mais importante. A fotografia denota o aprimoramento que se prolongará por mais três décadas.


Não há um momento marcante (provavelmente decorrente da falta de um protagonista saliente e roteiro fraco). O heroísmo, em havendo, dilui-se entre os presentes, dispersando também a empatia.






Superior a F. P. 1 Antwortet Nicht (1932), representa uma etapa intermediária entre o melhor dos filmes de ficção do cinema mudo com os que se seguirão. Explico: em cada etapa da evolução dá-se o clímax; desse clímax, surge o novo. Este “novo” representa direção, som, cor, roteiro, fotografia, efeitos especiais, etc.


De tempos em tempos, há esta mudança, reviravolta. Da ruptura com o agora “antigo”, parte-se do princípio, quase que como uma volta de 360 graus: a reaprendizagem envolvendo uma nova geração de técnicos, diretores, roteiristas. E os anos trinta representam isso: a ruptura do cinema mudo e o aprender a falar, “reexpressando-se”. Isto envolve novas idéias, erros e acertos.



Volta a Der Tunnel/Le Tunnel/The Transatlantic Tunnel: o filme é o engatinhar da ficção com o som e isto significa a busca de diálogos antes desnecessários. Cada uma destas três obras representa uma tentativa diferente, ainda que duas sejam dirigidas pelo mesmo homem.


Este comentário não é propriamente uma análise objetiva do filme em si, mas do proceso pelo qual foi feito. As versões que assisti despertaram neste comentarista um rompante "paranormal" já dito à Thintosecco: por vezes parece que assisto fantasmas.


Tão ruim é a cópia inglesa que a tela parece ser um portal dimensional para o passado: onde se vislumbra uma geração morta e esquecida; de atores, por vezes geniais, cujos gestos ficam imortalizados em celulóide. Dá arrepios até: se o Tiranossauro Rex de Jurassic Park é escrachadamente um efeito gráfico, mais me impressiona são os seres ainda encarnados em vídeo!




sexta-feira, 2 de setembro de 2011

TRILOGIA SCI-FI ALEMÃ DOS ANOS TRINTA




1ª PARTE: F.P.1 ANTWORTET NICHT








por Quatermass



Apesar de muito badalada, Metrópolis (1927) representa o marco da ficção científica no cinema mudo. A Mulher na Lua (Frau im Mond - 1929) também.


No entanto, há três filmes alemães do início dos anos trinta, que, além de desconhecidos do grande público e da maioria dos aficionados, são ignorados pela crítica e mídia. Pela ordem: F. P. 1 Antwortet Nicht (1932), Der Tunnel (1933) e Gold (1934). Cada um merecerá uma postagem própria.







Começo por F. P. 1 Antworted Nicht. Apesar de conter elementos que, após muita paciência, se vislumbre traços de ficção científica, em verdade não é ficção, nem científica. Mescla, principalmente, aventura, drama e romance: fenômeno muito comum hoje em dia, quando se diagnostica fracasso de bilheteria.


Possui um pouco de tudo, mas não diz a que veio. F (flugzeuge = avião) P (plattform = plataforma) 1 (óbvio, um) Não Responde diverte pouco: mal consegue prender a atenção do expectador, bem diferente dos filmes da Republic nos anos quarenta.





Arriscaria dizer até que se não fosse a presença de Hans Albers (famoso ator alemão, que como tudo mais, morreu antes da maioria dos nobres internautas nascerem: 1891-1960) seria outro título perdido na filmografia da época.


Dois anos atrás, comentei neste blog acerca da impossibilidade de conhecer este filme e da quase certeza de que nunca o assistiria. Mas em tempos de internet, significa dizer heresia: conheci a obra no site http://www.feature-film.org/?p=19152.










Vamos ser francos: dos três é o menos significativo. De razoável duração (114 entediantes minutos), que muito sucintamente pode-se resumir da seguinte maneira: F. P. 1 é uma plataforma para aviões, um porta-aviões fixo, construída para permanecer no meio do Atlântico.


Poucos anos antes (1927) Charles Lindbergh havia atravessado o Atlântico num único vôo. Portanto, era comum acontecerem duas coisas: ou os aviões não tinham autonomia para longas distâncias ou seus motores, demasiadamente fracos e inseguros, garantiam pane certa e uma morte gloriosa para seus ocupantes.


Estando mar adentro, F.P.1 proporcionava a segurança necessária, abastecimento e contato por rádio na travessia da Europa para a América (e vice-versa).










Mas alguns bad guys tentam sabotar a plataforma marítima, asfixiando os tripulantes com gás. Hans Albers, aliás, Elissen, é apaixonado pela mocinha Claire Lennartz (Sybille Schimitz) que bancou a construção e que, por sua vez, suspira de amores pelo Comandante Droste (Paul Hartmann).








Filme romântico alemão até hoje não conheci nenhum, e este não é exceção. Mas como já falei, Hans Albers É O CARA! Voa com sua amada até o meio do oceano, pousa, salva os tripulantes, põe a correr com o sabotador e... fica sem ninguém no final!






Um aviso: nada tema nobre internauta. Não precisamos ficar sentidos por nosso herói. Albers tem carisma de sobra ser visto como um bobo apaixonado, ainda que, quando canta a inesquecível Flieger, grüb' mir die Sonne , tudo fique numa boa e que os dois pombinhos fiquem felizes para sempre!


Ainda bem, pois Hans Albers voltará novamente, na 3ª postagem, quando protagonizará GOLD e esta sim é uma verdadeira obra de ficção científica.





sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ROBÔS II - Space Robot



Notícia da semana:



"O Robonaut 2, o robô humanoide que está a bordo da Estação Espacial Internacional, ganhou vida esta semana. A máquina, também conhecida como R2, foi lançada seis meses atrás, depois de ter sido trazida a bordo pela tripulação do Discovery, em sua última missão antes da aposentadoria. Satoshi Furukawa e Mike Fossum, engenheiros da Estação Espacial, montaram o robô e o ligaram pela primeira vez."

"Os astronautas, de acordo com a NASA, não deram ao Robonaut 2 nenhum comando de movimento, porém os técnicos fizeram testes na parte eletrônica, focando na resposta dos sensores térmicos nas juntas do humanoide. Contudo, a agência especial não disse quando o robô começará a se movimentar dentro da estação."

"Depois de aproximadamente um ano de testes para ver como o robô responderá na estação espacial e como seus membros reagirão, o Robonaut 2 deverá executar tarefas como limpeza e manutenção básica dentro do complexo, assim como auxiliar os astronautas que estiverem fora da nave em caminhadas espaciais."


AQUI, a íntegra da notícia.


O vídeo abaixo mostra um pouco mais das capacidades do R2.


ROBÔS I - Trabalho em equipe




Vídeo da categora "últimas da robôtica" que mostra robôs trabalhando como um time, no projeto chamado "Swarmanoid". Sugestão do MrOx.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A voz francesa da cerveja Stella Artois




Repararam no comecial da cerveja Stella Artois que anda passando na tevê? Diferente, não apenas pela marca, mas também pela música. Afinal, não é comum ouvir-se música francesa hoje em dia.


E então aqui em casa a "patroa" pede que eu descubra que música francesa é essa. Vou à caça, já suspeitando que a canção seja antiga. Mas o que descubro? Que a tal cantora francesa é uma muito conhecida atriz de filmes antigos, verdadeira musa dos anos 60: Brigitte Bardot! Sim, ela também foi cantora e lançou vários discos.


Segue o clipe do You Tube pra vocês conferirem. No mais, sobre a Brigitte, recomendo a página dela na wikipedia. Quanto à cerveja (que se trata de uma marca belga muito tradicional) sugiro uma matéria interessante no blog Sedentário e Hiperativo, AQUI.


Este pequeno post é então uma pequena homenagem a essas duas musas louras e também à "patroa" que me fez pesquisar. Valeu.






Para conferir a letra traduzida, siga este link.

domingo, 17 de julho de 2011

SPACE BATTLESHIP YAMATO – LIVE ACTION (2010)



por Quatermass



Cá estava eu escrevendo três comentários sobre filmes sci-fi alemães dos anos trinta (que serão os próximos logo após este post), quando o camaleônico Eudes, num de seus vários blogs (Supersônico a Carvão), colocou no ar este longa que nunca em minha vida pensei assistir tão cedo (11.07.2011).



Para falar a verdade, estava mais curioso que ansioso, já que considero as três temporadas de Uchuu Senkan Yamato/Star Blazers/Patrulha Estelar (1974, 1978 e 1979) muito superiores aos cinco longas. Já tinha ficado receoso ano passado quando da notícia da estréia deste longa “de carne e osso”.

Fã declarado da série, aguardei o momento de assistir com a calma, paciência e compreensão de quem já havia visto o Yamato ser destruído duas vezes; depois deste filme, vi pela terceira vez! Mais que isso: este comentário acabou ficando pronto antes dos demais, saindo do forno direto para o PC de nosso blogmaster.







Afinal, há qualidades? Sim e não! A história é uma mescla da 1º temporada/1º longa (Viagem à Iskandar - 1977) com o 2º longa (Saraba uchu senkan Yamato; Ai no senshitachi – Cometa Império – 1978). Há personagens de ambos, com soluções à moda Battlestar Galactica: personagens antes masculinos agora femininos (Dr. Sado e Aihara) e mulheres que pilotam (a antes delicada Yuki Mori – eterna namorada de Kodai).








Assistir o Yamato decolar ainda provoca “arrepio na espinha”, tanto em anime quanto via computação gráfica. A idéia de recauchutar a velha trilha sonora também comove o fã, principalmente quando executam a enésima versão de “Universe Spreading to Infinity” - na cena em que a (agora) entidade Iskandar comunica-se empaticamente por Yuki. Fizeram uma mexida bem feita, ainda que não seja uma releitura de todo.







A solução encontrada para Deslok aparecer somente no final, deixou a desejar, já que era um dos melhores personagens; e o principal furo do roteiro: desumanizaram os Gamilons. Como encaixar uma figura incrivelmente carismática (Deslok) em meio à "ETs de Varginha"?






A história, para quem não conheceu os citados longas (uma lástima) é a seguinte: em 2.199, a Terra é atacada constantemente por Gamilon, tornando-se estéril e radioativa. Derrotados, os humanos possuem somente um encouraçado da segunda guerra mundial, que dotado de um novo tipo de propulsor e arma (o canhão de ondas), de origem alienígena, partem para Iskandar na esperança de encontrar um aparato de despolua o planeta.

Em sua viagem experimentam tanto viajar em “warp” quanto dar "tirinhos" com o citado canhão.
Ao encontrar Iskandar, a surpresa (e realmente a idéia mais inteligente do roteiro).

Passadas 2h15min, o final inevitável, não só do filme quanto da nave. Mas pense pelo lado positivo: após assistir Yamato ser destruído três vezes, pode vir a ser a sequência que já estamos acostumados!



Em tempo: fica a sugestão para conferir a postagem de SPACE BATTLESHIP YAMATO no blog Cine Space Monster, AQUI.









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