domingo, 30 de novembro de 2008

PARABÉNS À BEIRA-MAR




Hoje está de aniversário um dos autores deste blog, que tem nome de rei, mas que aqui prefere ser apenas o prof. Quatermass.

Parabéns por tudo!

Há algum tempo o prof. pediu para colocar no blog esse clipe do Zé Ramalho. Que eu também curto. Então aí está!


Um forte abraço!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

BLACK HAWK DOWN




por Quatermass


Guerra civil é como briga de marido e mulher: quando um terceiro se mete no meio apanha dos dois!



Foi assim quando os Estados Unidos interviram no Líbano em 1983, até que um caminhão bomba conduzido por um suicida explodiu junto a um prédio lotado de fuzileiros, matando mais de duzentos deles. Resultado: se mandaram de lá! Mas não aprenderam a lição direito! Revigorados pela retumbante vitória durante a Guerra do Golfo (1991), se meteram agora na Somália (1993). Nunca vou me esquecer de um detalhe insólito: quando os marines desembarcaram nas praias, foram recebidos pela imprensa internacional que já os esperavam. Alardeava que os heróis da humanidade iriam salvar a Somália dos somalis.



Só que num país que está em guerra civil até os dias de hoje, a intervenção não passou de mero detalhe. Ao caçarem um dos senhores da guerra, o General Aidid, bem no centro da capital Mogadício, se viram numa enrascada. Também pudera: meter jipes e caminhões em ruas estreitas, que desconheciam, e com helicópteros voando lento e baixo, não passavam de alvos fáceis para qualquer um! E por incrível que pareça foi o que fizeram! Se expuseram! De nada adianta gastarem trilhões de dólares em alta tecnologia se cometem erros primários como este!







Resumo: de um lado o exército mais profissional e bem armado do mundo e do outro o mais determinado. O que seria uma missão de captura do líder de uma facção se tornou uma caçada humana, a dos americanos. O drama começa quando um soldado cai de um helicóptero (o Black Hawk – daí o título do filme) e segue com a derrubada de dois destes helicópteros. E sabem com o que? Com rojões anti-tanques!



Vou ser mais sincero: no início achei que com Falcão Negro em Perigo (Black Hawk Down – 2001) Ridley Scott fosse fazer mais um daqueles filmes em que enaltece as forças armadas americanas e esculacham com o inimigo, reduzindo-o a condição de débil mental. Mas não. Sutilmente, o diretor inglês começou a mesclar o desespero dos soldados americanos com a ferocidade dos somalis, até o esdrúxulo final, com os antes mecanizados americanos retornando à base a pé e seguidos de perto por uma multidão enfurecida.


O pior disto tudo é que foi pura verdade: na época saíram fotos em jornais e revistas do corpo de um dos pilotos mortos sendo arrastado pelas ruas como um troféu. E o resultado disto tudo? Saíram logo de lá e dez anos depois resolveram instaurar a democracia no Iraque!



domingo, 23 de novembro de 2008

BLOGALERIA

Algumas imagens inusitadas que surgem na rede.
Clique para ampliar.

By MrOx.





















sábado, 22 de novembro de 2008

O AMOR DE MADALENA





por Thintosecco





Quem leu o livro, ou viu o filme, O Código Da Vinci talvez tenha se surpreendido com a versão do Novo Testamento, admitida pelo autor Dan Brown, segundo a qual Maria Madalena foi esposa de Jesus Cristo. Na verdade, como inclusive mostrado no filme/livro, essa lenda é antiga. Heresia? Fica ao critério de cada um.






Ao menos nessa parte, O Código Da Vinci não traz novidade, nem mesmo no Cinema. O amor de Madalena é mostrado muito claramente em A Última Tentação de Cristo, de Martin Scorcese (1987), um filme ainda mais polêmico, porém ótimo,que mostra a dor de Jesus, no dilema entre cumprir a Paixão que lhe reservava sua natureza divina, ou, permitir-se seguir o destino de um simples homem, constituindo família e tentando ser feliz junto à esposa e aos filhos. A propósito, é interessante assistir à obra de Scorcese agora, depois do Código, porque atualmente choca bem menos que na época de seu lançamento.






Mas onde quero chegar? Quero voltar ainda mais atrás, no tempo, no cinema e na música. Por que a primeira vez que vi retratada uma troca de carinhos entre Jesus e Maria Madalena foi num filme (ou, mais especificamente, num musical), de 1973, chamado Jesus Cristo Superstar.



Sei que os musicais sofrem algum preconceito. "Ih, é chato...", é o que logo vem à mente. Descendentes das óperas, os musicais costumam ter, sim, alguns momentos de tédio. Mas, muitas vezes, vale a pena ter paciência e assistí-los. Principalmente em se tratando, como aqui, de uma
Ópera-Rock, um gênero desaparecido que era influenciado por dois mundos: o da música erudita e o do pop/rock.

As óperas-rock, via de regra, primavam pela contestação. Nesta obra não é diferente, apesar de composta por uma dupla famosa em musicais da Brodway: Andrew Lloyd Weber e Tim Rice. Mas Jesus Christ Superstar não tem nada a ver com
Cats! É rebeldia e rock'n'roll na veia.





A obra toca logo na ferida do preconceito racial, apresentando um Judas Iscariotes negro e uma Maria Madalena índia. Judas é uma figura destacada, mostrado como um dos mais antigos e fiéis amigos de Jesus, mas que questiona os rumos do Cristianismo: critica Jesus por aceitar ser idolatrado como divindade, pretende que os cristãos dêem dinheiro aos pobres, etc. E Maria Madalena, embora de forma mais ou menos discreta, aparece como namorada de Cristo.





A Bíblia descreve, em certo trecho do Evangelho Segundo São Lucas, como Maria de Magdala O banhou e secou com seus cabelos. E não consta em lugar algum que se trate da mesma mulher que, em outra passagem, foi salva do apedrejamento por Jesus, acusada de prostituição. Pergunto: e se Maria Madalena foi mesmo namorada ou esposa de Jesus? Qual seria o problema?

Para encerrar: Talvez a sina de Maria Madalena seja a de muitas mulheres. Aquelas que em troca do amor que dedicam, recebem apenas pedras.

Há muitas Madalenas, Marias da Penha e Eloás. Nós, homens, jamais nos esquecemos de nossas mães, mas em muitos casos negligenciamos as companheiras que nos tratam quase com o mesmo carinho. Amam como Madalena, que amou sem esperar retorno e que, mesmo assim, passou para a História como prostituta.

Contudo, elas continuam aí, ao nosso lado, para nos dizer que está tudo bem, está tudo certo.








Essa postagem é dedicada à Bianca, minha companheira de dois mundos: o real e o virtual.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O PACTO DOS LOBOS



Quatermass



Quando digo que muitas vezes conhecemos um filme pela casualidade não estou brincando. Uma amiga me emprestou este filme por acaso. Já falei que tenho certas restrições com filme europeu: lero, lero, lero e mais lero. Indiferente, fiquei de ver. No estojo do filme, uma sinopse: uma fera... França... século 18... estranho! Monica Bellucci – taí um belo nome conhecido! Filme francês (Pacte des Loups – 2002) que impressiona desde o início.



A história é contada pelas memórias de um nobre, prestes a ser executado pelo terror imposto durante a Revolução Francesa: da abominável fera que assola uma região da França anos antes, mais precisamente no ano de 1764.



Um militar, o futuro nobre e um índio Iroquois americano vão à região com o objetivo de identificar e eliminar a ameaça. Só que a criatura não surgiu do nada, sequer é sobrenatural: ela é produto da perfídia humana e há poderosos interesses por detrás. Esqueça tramas políticas a la Oliver Stone - o filme está mais para aventura. Mesmo assim, a narrativa é ótima e a razão é muito menos estapafúrdia que os pretextos comumente apresentados pelo diretor americano.




Vale a pena assistir o filme. A caçada à fera tem cenas impressionantes e é prodigioso como hoje em dia ainda há diretores que mesclam efeitos especiais com suspense sem saturar demais a obra. Um misto de aventura, espionagem, questões políticas e ficção. E... Mônica Bellucci – no papel de uma sensual agente do Vaticano (se não entendeu o porquê assista ao filme).




Os personagens são empáticos, princi- palmente Grégoire de Fronsac (Samuel Le Bihan), ao contrário de muitas produções francesas que provocam sonolência e cansaço. Se não entenderam o título é mais um motivo para assistir ao filme. Não falta ação – e por fim sentencio: fazia tempos que não assistia uma obra tão surpreendente e bem contada desde A Sombra e a Escuridão. Vive La France!



SOBRE TRILHAS SONORAS,...

... hoje parece incrível, mas houveram, sim, programas de tevê com ótimas trilhas.

Como Wild Wild West!





domingo, 16 de novembro de 2008

VINHETAS

Experimentando um novo conceito aqui no blog, as vinhetas vão fazer referências a postagem anteriores ou futuras, ou talvez sejam até independentes delas, com pouco ou nenhum texto, privilegiando a inteligência dos amigos e o conteúdo dos vídeos!


Dá-lhe Ron Goodwin!





Radar...


Mais um pouco de Erich Von Däniken...



Direto da fonte.







sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Três (e)Histórias by Steve Job's


Bom, assistam e comentem ! Achei bacana.






quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Afinal, que deuses eram os astronautas?




por Quatermass



No fundo, Erich von Daniken foi injustiçado! Ao publicar na década de sessenta sua obra mais conhecida, Eram os Deuses Astronautas? (Erinnerungen an Die Zukumft”1968), especulava a presença extraterrestre em diversas manifestações da antiguidade, como se sua passagem fosse fundamental para a evolução daquelas sociedades anciãs.



Quando assisti Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (que num futuro próximo analisarei mais a fundo a quadrilogia), constatei que a história era puro Daniken. Quando o internauta e freqüente comentarista Vitrôncio havia dito que seu primeiro livro adquirido na Feira do Livro de POA justamente foi Eram os Deuses..., resolvi parar um pouco e pensar! Afinal, suas especulações mereceram tanto esculacho assim?







Existem mais obras para desmenti-lo do que em procurar outras explicações! Influência alienígena na Ilha de Páscoa, no Antigo Egito, na civilizações suméria, maia e inca. Eram os Deuses... é quase um compêndio: um livro de bolso, com pouco mais de 180 páginas, que mexeram com a cabeça de muita gente, inclusive David Koepp, roteirista do último Indiana Jones!


Mas existem outras obras do gênero que abordam a mesma coisa, inclusive sobre aspectos que nunca foram rebatidos: as descrições em sânscrito, de milhares de anos, onde figuras épicas tripulavam naves ou objetos estelares chamados de Vimanas (muito bem descrito na obra de Desmond Leslie e George Adamski, Flying Saucers have Landed, de 1953 - Discos Voadores, no Brasil, edição de 1957), apenas seis anos após Roswell. Tais textos nunca, repito, nunca foram reinterpretados ou criticados, ao contrário, sempre que possível deixados de lado – mais fácil é criticar Daniken!










Agora, uma especulação mais contemporânea e desagradável: mais misterioso que as afirmações da presença dos UFOs na Terra, é o “saco de gatos” que representa a Internet. Já repararam que se encontra de tudo? Porém, sua procedência é no mínimo duvidosa! Afinal, quem garante que o material ali disponível é autêntico ou retirado de uma fonte fidedigna, ao invés de puro charlatanismo? Um exemplo: tempos atrás comentei que não havia acreditado que o homem tivesse chegado à Lua, tamanho o grau de trapalhadas e incompetência, paralelo à evolução tecnológica do século 21. No entanto, há no YouTube, material de origem extremamente duvidosa, porém de excelente qualidade, especulando que não só que os astronautas estiveram na Lua, como encontraram algo mais lá.




Seguem abaixo três exemplos, dentre tantos, mas que selecionei por serem os mais intrigantes. Conclusão a que se chega: se Daniken soube especular com extrema criatividade e inteligência no campo da ufologia, não merecia tanta crítica, pois mais nebulosa que suas idéias, são as fontes colocadas hoje em dia à disposição do grande público.









sábado, 8 de novembro de 2008

633 SQUADRON



Quatermass




De todos os filmes de guerra ingleses, Inferno nos Céus (663 Squadron - 1964) talvez seja o melhor. Poderia até tecer comparações com A Batalha da Grã-Bretanha (Battle of Britain - 1969), mas este último, mesmo sendo superprodução, ainda deixa a desejar. A trilha de ambos é de Ron Goodwin, excelente compositor, da mesma linhagem de Barry Gray e Roy Budd: especialista em trilhas grandiosas. O roteiro é menos ambicioso de B of B, seu elenco também, por isso que esta obra ressalta!



A história: escondida dentro dos fiordes noruegueses, uma fábrica de foguetes V-2 é praticamente inexpugnável. A única maneira de atingi-la é através de pequenos bombardeiros. Este avião é o DeHaviland Mosquito – um belíssimo avião, construído de madeira e cola!






Só a cena de abertura do filme com aquelas máquinas voando em formação, acompanhadas pela música de Goodwin já nos leva às nuvens! A guerra é pretexto, no fundo é pura aventura. Mas a cena dos bombardeiros atravessando os estreitos fiordes até seu alvo lembra e muito o ataque dos X-Wings à Estrela da Morte, em Guerra nas Estrelas IV – Uma Nova Esperança (certa vez já comentei que George Lucas nada cria, tudo copia).





Por ser despretensioso, com uma música inesquecível e cenas memoráveis – resulta num ótimo filme – receita simples e muitas vezes esquecida.


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

TESTEMUNHA DA ACUSAÇÃO


por Quatermass





Ao contrário da matemática, o Direito é uma ciência emi- nentemente inexata e subjetiva. Subjetiva, porque depende da receptividade, com- preensão e enten- dimento de quem acusa, defende e julga; porque depende da manifestação do acusado e da vítima.


Toda esta subjetividade – entenda-se humanidade - resulta em inexatidão, incertezas, presunções e equívocos. Esta é basicamente a mensagem de
Testemunha de Acusação (Witness for the Prosecution – 1957), um dos melhores filmes de tribunais já realizados.






Mais uma obra prima de Billy Wilder, quem brilha é Charles Laughton. Não me perguntem o porquê, mas sempre gostei muito deste ator, que atuou em Spartacus (como senador romano Sempronio Gracchus), em Os Miseráveis (versão de 1935, na figura do implacável inspetor Javert) e em O Motim do Bounty (versão também de 1935, na pele do capitão Bligh – tendo como imediato Clark Gable). Sempre bonachão, conferia em seus personagens ora sarcarmo, ora obstinação, ora desdém, ora detentor de uma convicção inabalável – e é este último aspecto que se sobressai no filme aqui analisado.







Sir Wilfrid Robarts (Laughton), experiente e respeitado advogado, resolve relutantemente defender o marido da gélida e inexpressiva Christine Vole (Marlene Dietrich, em ótima atuação), Leonard Vole (Tyronne Power). Com todas as provas contra seu cliente, o astuto defensor vai destruindo um por um todos os elementos que o incriminam – mais por erros da própria acusação de que pelo caráter de Leonard.


Ao final, ele próprio convencido de sua inocência, é acometido de um súbito choque! Pois é... como já disse antes, o Direito não pertence às ciências exatas, muito pelo contrário: se não fossem as pessoas a vida seria mais simples!




quarta-feira, 5 de novembro de 2008

NA COMPANHIA DOS LOBOS



Quatermass




Este comentário é uma dívida que tenho para com meu amigo dentista/psicólogo. Durante anos vinha me elogiando a obra de Neil Jordan e eu me fazendo de tanso! Preguiça pra falar a verdade, pois ele é tem muito mais “cabeça” que eu: gosta de filme europeu (alemão, francês, russo, italiano e por aí vai) – adora filme com “lero” ou que o espectador tenha que pensar. Por sua vez, “moi” gosta de pensar, mas não suporta muito “lero”: às vezes a imagem ou o silêncio valem mais que mil palavras! Mas cada um é cada um e respeito muito suas posições, mesmo porque sempre aprendo um pouco mais dele (principalmente em relação as minhas limitações).





Na Companhia dos Lobos (The Company of Wolfes – 1984) é uma metáfora da lenda de Chapeuzinho Vermelho – mas não é só isso. Esse diretor gosta de visual caprichado e significados pouco explícitos – e aí que eu entro na história! A obra tem como pretexto os sonhos de Rosaleen (Sarah Patterson), que perde sua irmã mais velha para um lobo em meio a floresta. Passa então a conviver com sua avó (Ângela Lansbury), que além de lhe tecer uma capa vermelha, conta diversas histórias, todas fábulas, mas sempre com a mesma mensagem: cuidado com os lobos. Lobos, que na verdade significam feras, feras que significam o lado irracional e selvagem guardados em nossos instintos.




Tanto a avó quanto sua mãe sempre advertem Rosaleen: mais perigosos que os lobos são os homens com pêlos por dentro. A mensagem é ainda mais sutil: tanto homens e mulheres tem uma fera interior e, em algum momento de sua vida, o lado irracional, selvagem, erótico e sensual irá desabrochar, seja homem, mulher ou menina, mesmo Chapeuzinho Vermelho.




segunda-feira, 3 de novembro de 2008

REVOLUÇÃO DA ALMA




Sabem aquelas mensagens de auto-ajuda que recebemos por e-mail? Pois é, recebemos muitas e às vezes até se tornam repetitivas. Mas algumas se destacam e, por alguma razão que não sei explicar, soam mais verdadeiras e profundas. É o caso desta, que chegou pelo MrOx. Não tem novidade, acho até que já tinha lido o texto antes, mas agora bateu o tal sentimento de "verdade". Então, fazendo uma exceção - já que acho que essas mensagens têm o seu lugar apropriado mesmo no correio eletrônico e não no blog - posto essa bela reflexão atribuída ao filósofo Aristóteles, mas que parece atualíssima. Espero que apreciem o vídeo, que foi escolhido entre vários que existem no You Tube. Valeu.

Related Posts with Thumbnails