terça-feira, 27 de setembro de 2011

A PRIMAVERA





A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la...


(trecho de um poema de Cecília Meireles)








Um dos maiores espetáculos da natureza é, com certeza, a chegada da primavera. Com muita frequência impressiona artistas de todas as áreas, seja na poesia, na música...

Até mesmo nos quadrinhos! Reparem nesse trecho da história "Aventura Humana", do personagem Ken Parker (meu western preferido).





Boa semana!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

MÚSICA BARROCA



A
música barroca é toda música ocidental correlacionada com a época cultural homônima na Europa, que vai desde o surgimento da ópera por Claudio Monteverdi no século XVII, até à morte de Johann Sebastian Bach, em 1750.

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Trata-se de uma das épocas musicais de maior extensão, fecunda, revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente também a mais influente. As características mais importantes são o uso do baixo contínuo, do contraponto e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então vigentes.

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Durante a música barroca, os compositores e intérpretes usaram ornamentação musical mais elaboradas e ao máximo, nunca usada tanto antes ou mais tarde noutros períodos, para elaborar suas idéias; fizeram mudanças indispensáveis na notação musical, e desenvolveram técnicas novas instrumentais, assim como novos instrumentos. A música, no Barroco, expandiu em tamanho, variedade e complexidade de performance instrumental da época, além de também estabelecer inúmeras formas musicais novas, como a ópera. Inúmeros termos e conceitos deste Período ainda são usados até hoje.

Trechos extraídos da Wikipedia.







sexta-feira, 16 de setembro de 2011

BLOG MOVIES


Quando iniciei O Planeta É Nosso! logo percebi que não daria conta de tocar o blog sozinho. Aliás, sempre pensei - e continuo pensando - no blog como algo coletivo. Logo pensei no Luciano (MrOx) - parceiro de aventuras na informática e outras empreitadas. Mas logo veio outro reforço.

Lembro que um dia contei ao amigo e colega Arthur que tinha baixado da rede o filme "A Invasão dos Discos Voadores" (Earth vs Flying Saucers, 1956), com efeitos criados por Ray Harryhausen. Foi então que o meu colega explicou que era um grande fã de filmes de ficção antigos e afins. Começamos trocar algum material e a conversar bastante sobre o assunto. Sendo uma das idéias do blog comentar filmes, ali estava a pessoa ideal para fazê-lo, até porque também escreve muito bem. Surgia o parceiro Quatermass - homenagem ao personagem homônimo de velhos filmes de ficção da produtora inglesa Hammer - e com ele vieram os blog movies, que na verdade são arquivos word assim nomeados, que o prof. encaminha ao Thintosecco por e-mail, contendo os textos para postagem no blog.

Tenho pensado em organizar melhor essas postagens e me parece que o melhor é criar uma categoria para elas mantendo o nome original. Outra criação do Quatermass aqui no blog são as vinhetas, espécie de mini-posts, contendo praticamente só os vídeos, como um preview das novas postagens - podendo eventualmente funcionar também como mini-reviews.
Então, aproveitando que vou aos poucos reorganizando o blog (e acertando as cores dos posts antigos), este post fica como vinheta de um blog movie histórico para o Planeta! E dá-lhe Harryhausen! 

Post publicado originalmente em 12/09/2009.




E fica o link para a postagem original, com resenha: EARTH VS FLYING SAUCER, postada em 18.12.2007.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

DER TUNNEL







TRILOGIA SCI-FI ALEMÃ DOS ANOS TRINTA - 2ª PARTE






por Quatermass




Der Tunnel (1933) é muito mais que um filme, é uma história à parte. Baseado no best seller alemão de 1913, escrito por Bernhard Kellermann, de título homônimo, dele derivou três versões de nacionalidades distintas.


OBS: existe uma quarta versão, curiosamente seria a primeira, alemã, de 1915 (dirigida por William Wauer), mas como não a vi, fica só o registro.



Comecemos pelo ponto incontroverso: a história. Conta as peripécias na construção de um túnel que passa por debaixo do Atlântico, ligando a Europa com a América. Coisa de europeu: a obsessão por expandir horizontes, aproximando continentes, seja por ar ou pelo fundo do mar!





Agora, a questão controversa: as três versões da obra. A primeira, francesa - Le Tunnel (1933), porém dirigida por um alemão, Kurt Bernhardt, pode ser considerada a obra mais espontânea e fiel ao livro que seus derivados.





Explico: Kurt Bernhardt, antipático ao regime nazista filmou na França. Além possuírem concepções de superioridade racial, os nazistas também eram nacionalistas, e segundo sua ótica, nada mais justo fazer a versão alemã do best seller.


A forma: a GESTAPO “convidou” Bernhardt a filmar Der Tunnel (1933) em Munique. Como Hans Albers, sentiu-se um tanto quanto oprimido e, na opinião deste comentarista, esta segunda versão talvez seja a mais contida das três.





The Transatlantic Tunnel (1935) é a versão inglesa: mais extensa e dotada de cenas tecnicamente deslumbrantes; algumas, porém, arrastadas e supérfluas (tal qual F. P. 1). Segundo a crítica americana a versão alemã é a melhor. Mas como este comentarista acredita, sociologicamente falando, que meio condiciona o indivíduo, fico com a primeira!








Logo, de maneira oblíqua, analiso Der Tunnel a partir de Le Tunnel (já que o diretor é o mesmo)! Em nenhuma há um ator que desponte; o coletivo parece ser mais importante. A fotografia denota o aprimoramento que se prolongará por mais três décadas.


Não há um momento marcante (provavelmente decorrente da falta de um protagonista saliente e roteiro fraco). O heroísmo, em havendo, dilui-se entre os presentes, dispersando também a empatia.






Superior a F. P. 1 Antwortet Nicht (1932), representa uma etapa intermediária entre o melhor dos filmes de ficção do cinema mudo com os que se seguirão. Explico: em cada etapa da evolução dá-se o clímax; desse clímax, surge o novo. Este “novo” representa direção, som, cor, roteiro, fotografia, efeitos especiais, etc.


De tempos em tempos, há esta mudança, reviravolta. Da ruptura com o agora “antigo”, parte-se do princípio, quase que como uma volta de 360 graus: a reaprendizagem envolvendo uma nova geração de técnicos, diretores, roteiristas. E os anos trinta representam isso: a ruptura do cinema mudo e o aprender a falar, “reexpressando-se”. Isto envolve novas idéias, erros e acertos.



Volta a Der Tunnel/Le Tunnel/The Transatlantic Tunnel: o filme é o engatinhar da ficção com o som e isto significa a busca de diálogos antes desnecessários. Cada uma destas três obras representa uma tentativa diferente, ainda que duas sejam dirigidas pelo mesmo homem.


Este comentário não é propriamente uma análise objetiva do filme em si, mas do proceso pelo qual foi feito. As versões que assisti despertaram neste comentarista um rompante "paranormal" já dito à Thintosecco: por vezes parece que assisto fantasmas.


Tão ruim é a cópia inglesa que a tela parece ser um portal dimensional para o passado: onde se vislumbra uma geração morta e esquecida; de atores, por vezes geniais, cujos gestos ficam imortalizados em celulóide. Dá arrepios até: se o Tiranossauro Rex de Jurassic Park é escrachadamente um efeito gráfico, mais me impressiona são os seres ainda encarnados em vídeo!




sexta-feira, 2 de setembro de 2011

TRILOGIA SCI-FI ALEMÃ DOS ANOS TRINTA




1ª PARTE: F.P.1 ANTWORTET NICHT








por Quatermass



Apesar de muito badalada, Metrópolis (1927) representa o marco da ficção científica no cinema mudo. A Mulher na Lua (Frau im Mond - 1929) também.


No entanto, há três filmes alemães do início dos anos trinta, que, além de desconhecidos do grande público e da maioria dos aficionados, são ignorados pela crítica e mídia. Pela ordem: F. P. 1 Antwortet Nicht (1932), Der Tunnel (1933) e Gold (1934). Cada um merecerá uma postagem própria.







Começo por F. P. 1 Antworted Nicht. Apesar de conter elementos que, após muita paciência, se vislumbre traços de ficção científica, em verdade não é ficção, nem científica. Mescla, principalmente, aventura, drama e romance: fenômeno muito comum hoje em dia, quando se diagnostica fracasso de bilheteria.


Possui um pouco de tudo, mas não diz a que veio. F (flugzeuge = avião) P (plattform = plataforma) 1 (óbvio, um) Não Responde diverte pouco: mal consegue prender a atenção do expectador, bem diferente dos filmes da Republic nos anos quarenta.





Arriscaria dizer até que se não fosse a presença de Hans Albers (famoso ator alemão, que como tudo mais, morreu antes da maioria dos nobres internautas nascerem: 1891-1960) seria outro título perdido na filmografia da época.


Dois anos atrás, comentei neste blog acerca da impossibilidade de conhecer este filme e da quase certeza de que nunca o assistiria. Mas em tempos de internet, significa dizer heresia: conheci a obra no site http://www.feature-film.org/?p=19152.










Vamos ser francos: dos três é o menos significativo. De razoável duração (114 entediantes minutos), que muito sucintamente pode-se resumir da seguinte maneira: F. P. 1 é uma plataforma para aviões, um porta-aviões fixo, construída para permanecer no meio do Atlântico.


Poucos anos antes (1927) Charles Lindbergh havia atravessado o Atlântico num único vôo. Portanto, era comum acontecerem duas coisas: ou os aviões não tinham autonomia para longas distâncias ou seus motores, demasiadamente fracos e inseguros, garantiam pane certa e uma morte gloriosa para seus ocupantes.


Estando mar adentro, F.P.1 proporcionava a segurança necessária, abastecimento e contato por rádio na travessia da Europa para a América (e vice-versa).










Mas alguns bad guys tentam sabotar a plataforma marítima, asfixiando os tripulantes com gás. Hans Albers, aliás, Elissen, é apaixonado pela mocinha Claire Lennartz (Sybille Schimitz) que bancou a construção e que, por sua vez, suspira de amores pelo Comandante Droste (Paul Hartmann).








Filme romântico alemão até hoje não conheci nenhum, e este não é exceção. Mas como já falei, Hans Albers É O CARA! Voa com sua amada até o meio do oceano, pousa, salva os tripulantes, põe a correr com o sabotador e... fica sem ninguém no final!






Um aviso: nada tema nobre internauta. Não precisamos ficar sentidos por nosso herói. Albers tem carisma de sobra ser visto como um bobo apaixonado, ainda que, quando canta a inesquecível Flieger, grüb' mir die Sonne , tudo fique numa boa e que os dois pombinhos fiquem felizes para sempre!


Ainda bem, pois Hans Albers voltará novamente, na 3ª postagem, quando protagonizará GOLD e esta sim é uma verdadeira obra de ficção científica.





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