domingo, 29 de agosto de 2010

REENCONTROS



por Thintosecco



Amigos, neste final de semana comemorei mais um aniversário. Não propriamente o blogueiro Thintosecco, mas meu "eu" de carne e osso. Aliás, a carne deve ter ganhado mais alguns quilos depois das pizzas de sábado... Mas o mundo virtual não ficou de fora da festa. Primeiro, porque lá estava a Bianca. Sim, a minha amada companheira também tem os blogs dela (apesar de que ultimamente ela anda sem tempo de cuidar deles).

Quem também nos honrou com a presença foi o professor Quatermass e família. Todos abrilhantaram a ocasião. Mas a internet sentou à mesa foi quando chegaram nossos amigos do blog Vintage69: Fê e Lider Optimus. Aliás, talvez os blogs não sejam mais os mesmos depois dos acalorados debates entre a Fê e o Quatermass!

Entretanto, este é apenas um dos reencontros que quero registrar. Outro foi decorrência da instalação do Linkwithin no blog. O linkwithin é o aplicativo que mostra, ao final de cada post, a mensagem "Poderá também gostar de..." e sugere outras postagens, que ele automaticamente seleciona. Comecei a reler os posts antigos, chegando a algumas constatações.




A primeira é que precisava fazer uma urgente manutenção nas postagens mais antigas. É que com a mudança do layout, há alguns meses, com a adoção do fundo escuro, muitos textos ficaram difíceis de ler. De consequência, nos últimos dias, dei "uma geral" em parte daqueles posts , que agora, sim, nossos amigos poderão ler/reler conforme o caso. Uma sugestão pra vocês é conferir o post sobre o filme Firefox, que também é o tema da TV Retrô nos próximos dias.


Também mexi no layout da barra lateral, onde inseri o campo de tags (as categorias), onde cada um pode localizar com mais facilidade os assuntos de seu interesse. A propósito - reiterando o que registrei em outras ocasiões - este é um blog que, embora tenha uma certa ênfase em filmes antigos, especialmente no gênero ficção científica, não abrimos mão de nos manifestar sobre outros temas, atuais ou não, conforme "der na telha" dos colaboradores.

Dei uma conferida nos comentários feitos nas postagens mais antigas e notei que há algum tempo os posts eram mais comentados. São circunstâncias a serem consideradas. Obviamente há que se separar umas coisas de outras coisas.

Acredito que muitos chegam a este blog e não voltam, porque aqui não encontraram downloads, que é o que a grande maioria procura. Porém não é esta a proposta do blog. Existem muitos blogs que disponibilizam filmes, desenhos e seriados pela internet a fora. Até mesmo aqui no blog, na barra lateral, vocês podem encontrar algumas dicas. Então o fundamental aqui é comentar e às vezes, recomendar ou sugerir.



Há, é claro, situações especiais, como o caso da postagem sobre o desenho "O Pequeno Príncipe e o Dragão de Oito Cabeças", em que é o caso de agradecer, e muito, aos nossos colaboradores discretoss e/ou anônimos. São muito bem vindos! Aliás, a palavra "nosso" no título do blog tem um sentido coletivo, que se reforça quando o pessoal também contribui com sugestões ou comentários neste "planeta".

Muito obrigado a todos, abraços e boa semana!

sábado, 21 de agosto de 2010

THE 27TH DAY



por Quatermass




The 27th Day (1957) é uma raridade no mundo sci-fi. Rotulado como anticomunista, ficou estigmatizado.



Mais! É uma obra extremamente pobre em efeitos especiais, portanto, comunico aos desavisados que, exceto por duas tomadas de milésimos de segundo em stop-motion do disco voador criado por Ray Harryhausen em Earth Versus Flying Saucers (1956), não há efeitos de computador, sequer um mísero trecho em computação gráfica!

Também não foi, é ou será filme em 3D. Também não possui um diretor tarimbado como James Cameron, Steven Spielberg, George Lucas, Michael Bay, Paul J. Anderson, Martin Scorcese, Francis Coppola & Cia. Não tem uma partitura criada por Bernard Hermann, Jerry Goldsmith, John Willians, Danny Elfmann e outras feras.

Para piorar, sua fotografia é em preto-e-branco, repelente natural para cinéfilos de ficção científica de última hora e que juram ter assistido todos os filmes produzidos do gênero, inclusive “aqueles muito antigos de dez ou vinte anos atrás”. Não é de longa duração como os de David Lean ou Robert Wise; pelo contrário, é bem curtinho: pouco mais de uma hora (uns 75 minutos).

O mocinho não é nenhum Brad Pitt e a mocinha não é gostosa como as de hoje em dia. Desde seu lançamento não tenho notícia que houvesse tido merchandising ou franquia de algum produto infanto-juvenil. Nunca foi lançado em VHS no Brasil e, até o momento, nem em DVD; e por tudo acima elencado, duvido muito que nossas distribuidoras o façam!




Por que então estou comentando The 27th Day? Justamente pelas características já ditas! O filme conta a seu favor um roteiro incrivelmente bem escrito, apesar de ser um tanto maniqueísta. No entanto, em tempos de Guerra Fria, a então URSS também aprontou das suas e lançou Silver Dust (Sieribristaya Pyl - 1953), onde os americanos faziam experiências com material (pó) radioativo em animais e pessoas (numa leve insinuação com o nazismo).

O diretor Willian Asher é mais conhecido nos créditos do seriado A Feiticeira. Ainda assim, o roteiro consegue chamar e prender a atenção do expectador (e mesmo deste comentarista) – tal como empurrar um caminhão lomba acima com freio de mão puxado: cinco pessoas são abduzidas: um jornalista americano (Gene Barry), um cientista alemão, um soldado soviético, uma camponesa chinesa e uma modelo inglesa.




Juntos são informados pelo anfitrião (Arnold Moss) que seu planeta natal está morrendo e que a Terra é uma opção interessante. Diz também que, mesmo aliens são incapazes de destruir vidas inteligentes; ao mesmo tempo em que ficam perplexos com a capacidade humana de autodestruição.

Portanto, para cada um destes cinco eleitos são confiadas uma pequeníssima caixa contendo três cápsulas. Cada caixa está ligada telepaticamente com seu possuidor e este tem poder de exterminar com toda a vida humana, mas após o 27º dia tornar-se-ão inertes.


Devolvidos aos pontos de origem, a chinesa se suicida e a inglesa joga a caixa no mar; ficando somente com os três homens a decisão de usá-las ou não. Num primeiro momento se calam, mas os aliens, em rede mundial, comunicam sua intenção e revelam os nomes e a nacionalidade dos cinco portadores das “armas de destruição em massa”. Daí em diante começa de fato a trama.




Confesso que somente assisti recentemente ‘on line’, mas lembro de que nos anos setenta a extinta TV Tupy exibia às tardes. Eis um filme cujo roteiro sólido dispensa efeitos especiais, elenco estelar, diretor famoso, trilhas bacanas e joguinhos para Playstation.

Melhor assim! Só espero que Hollywood não produza nenhum ‘remake’ contendo os aspectos ausentes que citei no início, senão sai porcaria!







Link:

The 27th Day no Megavideo (para assistir on-line, sem legenda).



DIÁRIO DE BORDO

Porque todas as datas são estelares.



Testando algo novo aqui no blog.



Estou pensado em fazer deste Diário de Bordo uma espécie de "prefácio" como há nos livros, mas também com elementos de "editorial", como nos jornais e revistas. É algo em construção, tanto no blog como na minha própria cabeça. Portanto, trata-se de "post mutante" e peço que perdoem o amadorismo. E é bom considerar esse "diário" assim, entre aspas, já que difilmente será atualizado diariamente (não tem como), mas mais provavelmente por semana.

De todo modo, enquanto a idéia vai tomando forma, deixo vocês com esse clipe da banda Edward Sharpe & The Magnetic Zeros, sobre o qual falei no post Cruzando a América. A propósito, uma das ótimas contribuições do MrOx para o blog. Abraço!

sábado, 14 de agosto de 2010

TRIBUTO A AYRTON SENNA


By MrOx



Homenagem dos ingleses da Top Gear, canal da BBC Internacional sobre carros, vale a pena conferir !!









Caso não apareça a legenda na exibição, assesse a opção "ativar legenda" no canto inferior direito do vídeo (seta para cima).

JOURNEY



Thintosecco



É, me descupem, mas neste fim-de-semana o saudosismo dos anos 80 tomou conta do blog. Mas em breve os velhos filmes, a ficção científica e assuntos afins retornarão ao planeta, não se preocupem.

Mas esses dias fui surpreendido por minha mana com a seguinte notícia: "Sabe qual é a banda antiga que voltou? O Journey." Fiquei intrigado. E me deu uma certa saudade. Vocês conhecem a expressão "cuspir no prato que comeu". Pois me dei conta que fiz isso com essa banda e outras da mesma época.



Explicando, vou voltar um pouco na história do rock, até a segunda metade dos anos 1970, quando o rock mais elaborado e experimentalista, que recebeu o rótulo de Progressivo, começou a perder espaço (e qualidade, admito...).

Foi então que diversos grupos migraram daquela vertente em direção ao pop/rock. No geral, esses grupos produziram músicas marcadas pelo instrumental mais ou menos rico e ligeriamente pesado, alidado a letras simples e românticas. Em seguida surgiu na crítica o rótulo
Rock Arena, do qual nunca ouvi uma definição clara, mas que pode servir para indicar esse pop/rock com pitadas de progressivo e heavy metal.



Estou falando sobre bandas como o Kansas (os autores de Dust In The Wind), Asia (formado por respeitáveis ex-membros de bandas progressivas como Yes e Emerson Lake & Palmer ) Toto (de Rosana e Africa, acho que pode ser incluído), Survivor (todo mundo gosta de Eye Of The Tiger...) e, entre outros, o Journey.



Essas bandas tinham outros detalhes em comum, especialmente aqui no Brasil. Suas músicas serviam de trilha para aqueles velhos comerciais do cigarro Hollywood, com imagens de esportes radicais e gente bonita na praia. Sabem, eu era adolescente e curtia aqueles comercias (e nem por isso me tornei fumante) e passei a curtir também as respectivas bandas, antes de passar a ouvir o rock "de responsa", tipo Pink Floyd ou Led Zeppelin.


De certa forma, ouvir bandas como o Journey e cia. serviu como uma ponte para depois ouvir os grandes dinossauros do rock. Só que passei a renegar tais bandas como comerciais, vendidas. Injusto, no caso.


E quanto ao retorno do Journey? Bem, eu não ouvia falar nessa banda desde o final dos anos 80, depois da saída do vocalista Steve Perry. Começou então o entra-e-sai-da-banda, que não emplacou mais. Parece que o Steve Perry tentou voltar, já nos anos 2000, mas a saúde não ajudou.




Foi então que o improvável aconteceu. Sem jamais desistir de encontrar outro bom singer para a banda, em 2008 o guitarrista Neal Schon resolver arriscar a sorte na internet.

Durante vários dias, passou horas navegando no You Tube. E descobriu a existência de uma banda cover em Hong Kong, cujo vocalista pareceu-lhe até "cantar bem demais para ser verdade", mas entrou em contato pelo próprio You Tube. Do outro lado do mundo, o até então desconhecido vocalista filipino Arnel Pineda a princípio não acreditou no contato, mas por insistência de um amigo, que lhe advertiu que poderia estar disperdiçando a chance de sua vida, acabou respondendo o convite. Era verdade.





Com Pineda, o Journey lançou o álbum Revelation e, em pleno 2010, quase 30 anos depois de seu auge, parece de volta aos tempos dos comerciais do Hollywood! Podem conferir nos vídeos aí. Uma história surpreendente e que curiosamente remete ao título do maior sucesso da banda: "Don't Stop Believing".


A verdade é que o Journey não é uma banda de primeira, porém não pode ser chamado de descartável. Provou o contrário.

Postagem em parceria com o blog Vintage69 com agradecimento especial à Fê. Valeu!








Link:

http://dontstopbelievinblog.blogspot.com/


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

ALEX TOTH, HERCULÓIDES & JAZZ


por Quatermass






Alex Toth (1928-2006) foi uma das mentes mais criativas da fase anos 60-70 da Hanna-Barbera. De talento reconhecido mundialmente, além da quantidade de criações, também era cartunista.


Criador de Space Ghost, Galaxy Trio, Homem Pássaro e Super Amigos entre outros, quase sempre estava voltado para a fantasia.




No entanto, na opinião deste comentarista, não manteve o mesmo padrão de produção, e mesmo que indiretamente, endereçou a Hanna-Barbera para sua fase de decadência. Entenda-se decadência: desenhos com histórias fracas e repetitivas; personagens insípidos; ausência do humor inteligente, sarcástico e esculachante presente em Dom Pixote e nas primeiras temporadas dos Flintstones.



Os Herculóides também foi uma de suas criações. Sites e blogs mundo afora dizem que este foi o desenho de maior sucesso da H-B. Em alguns aspectos, sim!

Não era maniqueísta como Johnny Quest, nem excessivamente ingênuo como Super Amigos, mas é inquestionável a qualidade de Os Herculóides (1967) em relação aos demais, inclusive Space Ghost.


Sinopse: criaturas que habitavam “em algum lugar do espaço” defendendo-se de invasores. Posteriormente, numa fajuta 2ª temporada (1981), foi denominado oficialmente seu planeta como Quasar.

Mas como numa boa obra de ficção - onde o que interessa não é explicar, mas contar a história - Alex Toth conseguiu a proeza de criar personagens fantásticos, histórias e situações que incrivelmente cabem em episódios de pouco mais de 9 minutos!


Mais que isto, desde Johnny Quest, a H-B passou a incluir Jazz em algumas músicas incidentais, quase todas presentes em Os Herculóides! Jazz!!!

Antes de mais nada, esta observação partiu de Thintosecco, que “manja” de música muito mais que moi. Fui conferir aquilo que durante anos e anos passou despercebido por este comentarista. E é verdade: um Jazz extremamente criativo, adaptável e bem elaborado, como pode ser conferido nos endereços abaixo.







Outro aspecto interessante: a dublagem da Cinecastro bate longe o original em inglês, tal como a AIC (Arte Industrial Cinematográfica São Paulo) fez com Space Ghost. Ambas as aberturas conferem empolgação, uma atmosfera diferente para o expectador da época!



Talvez as minhas boas recordações de Space Ghost e Os Herculóides se devam mais pela qualidade dos dubladores brasileiros, verdadeiros atores, que consolidaram o trabalho de Alex Toth, e este, com certeza, nunca soube disto! Uma pena! Mas fica o registro!



domingo, 1 de agosto de 2010

KRATWERK - AUTOBAHN



"O Kraftwerk foi fundado em 1970 por Florian Schneider-Esleben (flauta) e Ralf Hütter (teclado) no seu estúdio Kling Klang, na cidade de Düsseldorf, Alemanha. Após vários álbuns experimentais, o sucesso da banda veio em 1974 com o álbum Autobahn. Este álbum foi seguido por uma trilogia de álbuns que influenciou bastante a música popular posterior: Radio-Activity (1975), Trans-Europe Express (1977) e The Man Machine (1978).

'As técnicas que o Kraftwerk introduziu, assim como os equipamentos desenvolvidos por eles, são elementos comuns na música moderna. A banda tem sido considerada por alguns como tão influentes quanto os Beatles na sua participação na música popular na segunda metade do século XX." (segundo a Wikipedia)


Recentemente redescobri a música do Kraftwerk. Uma das obras deles que ainda não conhecia era Autobahn, cuja versão ao vivo, como apresentada na versão da turnê Minimum-Maximum (2005), achei muito legal e compartilho com vocês, no vídeo que segue.




Vale conferir, até porque esta é uma "banda" muito diferente do que estamos acostumados a assistir: pra começar, não há guitarra, nem baixo, nem bateria... E no início, tiravam "leite de pedra", isto é, desenvolviam seus próprios intrumentos.

A propósito: encontrei na boa revista digital Obvious, uma matéria muito legal sobre a história da banda, bem como do álbum e das auto-estradas alemãs de mesmo nome. Vale conferir, neste link. Valeu!

1408






por Quatermass



Quarto 1408 (2007) é uma tentativa americana de seguir os passos dos congêneres de terror asiáticos.



O que não desmerece obra, mesmo porque conta com boa atuação de dois ótimos atores: John Cusack e Samuel L. Jackson.


A história: Mike Enslin (Cusack), um cético escritor mediano busca encontrar provas da existência de fantasmas. Também é cínico e egoísta. Separado, culpou sua mulher pela morte da pequena filha. Descrê na existência de espíritos ou de suposta manifestação etérea. Busca então encontrar evidências da maneira mais arrogante.


Descobre então a existência de um quarto amaldiçoado, de número 1408, num hotel decadente em plena Nova Iorque. Nele 56 pessoas morreram tragicamente.




Instigado pela recusa sistemática em reservar o quarto, exige, por meios legais, o pernoite. O gerente (Jackson) tenta persuadir o escritor descrente e arrogante, e este é um dos melhores momentos do filme: justamente o duelo de atuação dos dois atores, sem intervenções sobrenaturais. Vencido o gerente, nosso desafortunado escritor finalmente se instala no quarto, onde, segundo dizem, “em até uma hora estará morto”.




O filme foge um pouco do padrão “susto” típico americano. Trabalha bastante com as cenas preliminares, gerando alguma ansiedade e tensão.




Às vezes é criativo, trabalhando com planos e imagens inertes; ou, como a cena do parapeito, onde nosso anti-herói vem a descobrir, para seu espanto, que dependurado lá do alto não há outra janela naquele andar além de seu quarto. Mas volta e meia cai na mesmice, com alguns lapsos de Inteligência e originalidade.




É um filme “família” se comparado à The Eye, O Chamado ou O Grito. Não chega a abalar tão profundamente o expectador, mas em se tratando de produção americana que não é remake já é um avanço.


Na verdade, o espírito indolente e hipócrita de nosso protagonista é seu pior pesadelo. Para nós, público, fica a esperança de que algum dia a América voltará a fazer verdadeiros filmes de terror.


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