sábado, 1 de dezembro de 2007

HIGH NOON





por Quatermass




Matar ou Morrer (High Noon – 1952) é O WESTERN! Aliás, extrapola o próprio gênero, é uma obra extremamente com- plexa, psicológica. Dirigida por Fred Zinnemann, merece ser vista várias e várias vezes. Essencialmente aborda a questão do caráter do indivíduo e na suposta respeitabilidade do cidadão.


A abertura do filme dá-se com o encontro de três cowboys e estes se dirigem para Hadleyville - ao fundo a canção High Noon, de Dimitri Tiomkin, ganhadora do Oscar (cujo tema fala da prisão de um bandido, sua vingança ao homem que o prendeu e o pedido deste último à amada para que não o abandone).



Cena seguinte: passadas 10h30min, realiza-se a cerimônia de casamento do xerife Will Kane (Gary Cooper) com uma quaker (a belíssima Grace Kelly). Foi ele que, anos atrás, havia prendido o facínora Frank Miller.



Ao mesmo tempo, chega a notícia de que o bandido retornará à cidade às 12:00 h e que seu bando o estará esperando na estação de trem para vingar-se de quem o havia posto na prisão.



Decidido a enfrentá-lo, o xerife logo percebe que ninguém quer ajudá-lo: desde sua esposa, que ameaça deixá-lo, a população, nem mesmo o delegado (Lloyd Bridges). Ao contrário, todos tentam convencê-lo a ir embora pelos mais diversos motivos!


Só que o incorruptível Will Kane pensa o contrário e durante o tempo que lhe resta (a história transcorre em tempo real) tenta obter apoio. Somente uma pessoa o compreende e respeita: a ex-namorada do bandido e pouco afamada Helen Ramirez (Katy Jurado).



O filme é uma obra prima, com uma cena antológica: quase ao meio-dia, após o escrever seu testamento, o xerife sai da delegacia e a partir do close de seu rosto tenso a câmara afasta-se cada vez mais, visualizando as ruas vazias e um herói solitário.





O resto da história não vou contar, mas o desfecho é igualmente desconcertante. Assista ao menos uma vez e depois pense o que quiser!




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