quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

NÃO SOU UM NÚMERO



por Quatermass



Não estou divagando caro internauta! Esta é parte da frase-chave de um pequeno grande seriado inglês chamado O Prisioneiro.


A frase completa é “Não sou um número, sou um homem livre”. Tá bom, tá bom, eu explico! Esta série foi lançada em 1967 e durou apenas dezessete episódios. Mas em todos há extrema qualidade, a tal ponto que hoje em dia é cult.


A história é mais ou menos a seguinte: Número Seis (Patrick McGoohan), agente do serviço secreto britânico, apresenta sua demissão sem dar maiores explicações a seus superiores. Estes, intrigados, tentam descobrir o motivo. Confinam nosso herói num pequeno e afastado lugarejo e através dos mais diferentes e divertidos ardis, tentam extrair a razão de sua saída. Mas ele persiste em se calar. É tratado como número, tal como seu colega James Bond. Nestes momentos repete a célebre frase (que aliás está lá embaixo no Blog à direita).

É uma obra extremamente crítica e profundamente humanista. Levanta a embaraçosa questão do respeito à liberdade e a individualidade. Também é uma inteligentíssima paródia aos filmes de 007, Flint e companhia.




Lembro-me que em 1998 foi exibido no Canal Multishow e desgraçadamente inventei de não gravar nenhum episódio, achando que iria se repetir “ad eternum”.


Mas o super Thintosecco obteve dois episódios e deixou-me matar saudade. Realmente é um senhor seriado e dentre os que vi lembro-me de um em especial: quando realizam eleições para prefeito do lugar, tendo como candidato o Número Dois. Ao mesmo tempo em que alfinetam o mocinho, instigam a candidatar-se, na vã tentativa de derrubar o adversário e tomar conta do boteco. Mas, na verdade, a intenção é ainda mais traiçoeira: além de não promover mudança alguma, Número Seis voltaria a estar inserido no
sistema, ou seja, do lado dos que manipulam.

Na verdade, não é o que realmente acontece aí fora?

2 comentários:

Taiguara disse...

Meu primeiro contato com o seriado The Prisoner foi ainda nos anos 80, de uma forma bem indireta, através da música de mesmo nome do Iron Maiden - sim, amigos, rock é cultura! - que me deixou muito curioso em relação a esse programa. Minhas expectativas foram correspondidas quando pude assistir alguns episódios no Multishow, muitos anos depois. Tudo é clássico nesse seriado! Lembro que na segunda metade dos anos 80 foi lançada uma mini-série em quadrinhos (4 números, pela editora Globo) com uma releitura do Prisioneiro, agora substituído por uma espiã, também reclusa na Vila. Pra terminar deixo o link para a The Prisoner do Iron Maiden, ao vivo, numa apresentação histórica:

www.youtube.com/watch?v=uxh2Hj2xjKs

Anônimo disse...

Foi o Bruce Dickinson quem compôs aquela introdução de bateria!






...como se alguém ainda não soubesse, hehehe....!...

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