por Quatermass
Durante onze meses do ano, geralmente é reservado o décimo segundo para um evento chamado férias. Se você é solteiro, significa liberdade; se você é casado, regime semi-aberto; e se for casado com filhos pequenos, regime fechado. Eis me aqui na opção nº 3.
Mas digo que não é tão ruim como podem pensar. Quando se está casado e sem filhos, às vezes o consorte consegue se lembrar do que fazia quando solteiro. Quando se tem filhos, os pais tentam se lembrar do que faziam quando não os tinham.
Agora, imagina o cenário: casado, com filhos pequenos, de férias, em um balneário cuja agência bancária mais próxima está a 5 km de distância. Mais, sem TV cabo nem Internet (pois a discada é muito cara e as lan houses estão sempre lotadas de guris). Mas volto a dizer que não é tão ruim como podem pensar.
Aqui, no Balneário Magistério/RS, 110 km do Porto Alegre existe uma coisa de valor inestimável para um bloggeiro: a distância da capital.
Dou atenção à esposa e filhos de dia e fico assistindo os filmes que a Globo passa de madrugada enquanto escrevo os posts. Não existe stress do trabalho, nem do trabalho da cara-metade, nem do colégio das crias. Simplesmente é banho de mar de manhã e de tarde, e cama às 22 h para as crianças, porque já fizeram o possível e o impossível durante o dia e estão exaustas.
Mais, Magistério ainda é um balneário que dá para andar sem camiseta, de bermuda e chinelo de dedo na rua que ninguém vai te olhar de cima para baixo, ou seja, sem frescuras. Em suma é uma privação dotada de razoável liberdade. Quando que em Porto Alegre daria para tomar uma cervejinha na beira da praia de manhã, ao meio-dia, de tarde ou à noite, sob os mais variados pretextos? Só em Magistério.
O problema é depois encarar novamente os outros onze meses que virão. Saco!
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