Lembram do meu comentário sobre Crepúsculo das Águias (The Blue Max)? Pois agora existe um digno sucessor!
The Red Baron (Der rote Baron – 2008) conta, de maneira muito romanceada, a história de Manfred Von Richtofen – O Barão Vermelho – o maior ás alemão da Primeira Guerra Mundial. Só que, ao contrário de Crepúsculo das Águias, as principais cenas não estão centradas nas batalhas aéreas. É na “quase-perfeita” reconstituição de época que o filme se sobressai - e olha que sou chato nisto! Mais, o roteiro é muito, mas muito sutil, mesmo abordando questões sobre honra, virilidade e morte, sem descambar para a violência explícita e diálogos supérfluos. Personagens entram e saem de cena sem perceber, morrem sem serem vistos, muitas vezes através de meras referências.
As tomadas aéreas saltam aos olhos: são poucas, mas valem cada segundo! É como se estivéssemos sentados na cauda do avião acompanhando suas manobras: o biplano flutua, gira, cai e nós bem atrás! Óbvio que sendo um filme alemão, a guerra é vista sob o ponto de vista deles, mas, ainda assim, existe apreço com o “outro lado”, fenômeno que não se verifica em filmes americanos e ingleses. E quando falo respeito é em relação ao inimigo e à inteligência do espectador!
A trilha sonora é insinuante e, de certa forma, presta homenagem à Jerry Goldsmith. Quanto à fotografia esta é belíssima, com colorido muito forte, lembrando os filmes do chinês Yimou Zhang (O Clã das Adagas Voadoras e A Maldição da Flor Dourada).
Em suma, o diretor Nikolai Müllerschön produziu um filme despretensioso e extremamente equilibrado, evitando excessos ou apologia de qualquer ordem, ainda que de maneira um tanto ingênua. Esqueça Flyboys! Desafio o internauta a assistir os dois (ou mais se quiserem), que Flyboys e seus aviões vermelhos ficarão sempre para trás!
1 comentários:
Faltou registrar que este filme foi uma grande dica da Fê, do Vintage69. Obrigadão!
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