domingo, 24 de maio de 2009

TREKKERS PARA SEMPRE




Thintosecco



Assisti no final de semana passado ao mais recente filme de Star Trek (Star Trek XI ou Star Trek New Beginning, como também dizem). E gostei. Não é perfeito, é claro, mas a releitura da série clássica, adaptando-a aos novos tempos, foi mais do que bem feita. O melhor mesmo é deixar pra trás a Nova Geração e o que veio depois e recomeçar a partir da melhor fase da franquia. Os pequenos senões são detalhes que não comprometem a obra. Esse filme proporciona alguns momentos de emoção que não se viam nos filmes de Jornada há tempos. E, no final, fica a certeza que Star Trek viverá por muitos anos, desde que esteja em boas mãos, como aconteceu no caso do J. J. Abrahms.




Me pergunto qual é a magia que cerca a série clássica que, passados mais de quarenta anos de seu lançamento, continua tanto ou mais forte no imaginário popular. São muitas as virtudes da obra de Rodenberry. Por muito tempo foi falada a maravilhosa sci-fi de Jornada, que previu muito da tecnologia que hoje dispomos. Sabemos também que Star Trek superou preconceitos de sua época - raciais, sociais, políticos... - mas há algo ainda mais forte.
Acredito que uma obra de arte resite ao tempo quando aborda verdades universais. No caso de Jornada nas Estrelas, há algo de muito especial no relacionamento entre Kirk, Spock e MacCoy. Todos nós, que somos fãs, sabemos disso, não é mesmo? Em conjunto, o trio é um espelho da natureza humana. Os conflitos entre eles são os conflitos que vivemos dentro de nós mesmos. Tal como Kirk, somos chamados pela vida, permanentemente, a decidir entre as alternativas oferecidas pela razão e pela emoção. E como é bom ver Kirk, Spock e MacCoy superando os conflitos e sendo amigos! Quem sabe se, assim como eles, não podemos nos entender melhor e sermos mais felizes? O diretor do novo filme soube preservar muito bem essa essência, mesmo com novos atores.



Jornada nas Estrelas sempre teve muitos fãs. Muitos são famosos, mas nem sempre expõem sua paixão. Recentemente o Brasil perdeu um grande trekker, como fiquei sabendo pelo blog Trek Brasilis: o Zé Rodrix. Cantor, compositor, multi-instrumentista, escritor, grande figura e autor de um clássico da MPB (eternizado na voz de Elis Regina), o Zé Rodrix não escondia ser fã de Jornada e participou ativamente de várias convenções nos anos 90. "Se as pessoas não tem vergonha de vestir a camiseta do time de futebol do coração, porque eu deveria ter vergonha de vestir o uniforme do Capitão Kirk?" - dizia ele. Confiram o post lá no Trek Brasilis.


Sempre lembrarei de Jornada nas Estrelas. E também do Rodrix.
Quem sabe um dia não terei uma casa no campo, com discos, livros e filmes antigos, onde receberei os amigos, para conversar sobre tudo, inclusive Jornada nas Estrelas? Desejo o mesmo para vocês!



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