Uma previsão interessante que encontrei na rede, viablog do Timoneiro:
"Iemanjá, Vênus e Tigre regerão 2010.
O ano de 2010 será, de acordo com o horóscopo chinês, o Ano do Tigre.
Em 21 de março, equinócio de outono no hemisfério sul e equinócio da primavera para quem vive no hemisfério norte, data em que os orientais e místicos celebram o ano novo, o boi, que foi o regente de 2009, cede lugar ao tigre, o que torna 2010, segundo os chineses, um ano cheio de perigos e mudanças. Os chineses se previnem queimando muito incenso e rezando para espantar as doenças e manter as influências negativas bem afastadas.
Talvez seja melhor nos orientarmos pelas religiões ocidentais, que indicam o planeta Vênus, o planeta do amor, como regente do ano que se inicia, com Iemanjá, a rainha das águas, como regente, o que traz fartura e romantismo.
No Tarot, a raiz teosófica de 2010 (soma dos algarismos) dá 3 como resultado, arcano da Imperatriz. Um ano propício para as manifestações artísticas e culturais. Quem precisa de muita criatividade em seu trabalho encontrará um ano favorável para a prosperidade e o sucesso (...)"
Enfim, um ótimo Ano Novo a todos!
E levo comigo um pensamento: "Não importa tanto o quetenho e nem mesmo importa tanto assim o que sou. Importa mesmo é o que faço, no momento presente." Abraços!
Outro dia comentávamos que uma coisas interessantes que o serviço/site You Tube proporcionou (e, de certa forma, estimulou), foi a produção caseira e independente de montagens de vídeos, reunindo imagens e música inicialmente independentes. Essas montagens muitas vezes resultam bem interessantes.
Aqui no blog já postamos vários vídeos desse tipo. E até pensei em escrever sobre a montagem chamada "The Dark Side of the Rainbow" ou "The Dark Side of the Oz" - já antiguinha, mas ainda curiosa - que reúne a imagem do filme "O Mágico de Oz" e o áudio do álbum "The Dark Side of The Moon", da banda Pink Floyd. Há quem diga que, por algum mistério insondável, o vídeo e o áudio sincronizam-se quase que perfeitamente e alguns trechos são impressionantes. Não se trata propriamente de uma montagem, mas de uma "coincidência" (deixemos assim, entre aspas), que pode ser conferida, entre outros, nesse vídeo.
Mas, ainda tratando do Pink Floyd (grande Pink Floyd, diga-se), descobri pelo blog do nosso amigo Dr. Phibes - o Cinedivx Bizarro - um outro casamento de imagens e música, ainda mais espetacular: é a reunião de imagens do filme 2001 - Uma Odisséia no Espaço com a música Echoes, do Floyd. Uma idéia genial, com um resultado impressionante, que merece ser assistido, apesar dos extensos mais de 24 minutos. O final, então, é de arrepiar! A propósito, talvez re-assistir 2001 seja uma boa pedida para esse início de ano!
Às vezes me pergunto se Akira Kurosawa (1910-1998) foi o diretor japonês mais ocidentalizado ou o contrário: se foi ocidente que se “orientalizou”!
Se por um lado detinha um fascínio por Shakespiere; por outro, suas obras influenciaram toda uma geração de diretores, principalmente os da América e, via de conseqüência, o público. Seus desconhecidos filmes, quando vistos pela primeira vez, chamam a atenção do espectador por um aspecto: a impressão de já ter assistido alguma cena ou tomada. Na verdade Kurosawa foi o pioneiro, a matriz.
Competentíssimo ro- teirista e diretor, seus trabalhos sempre atraem o cinéfilo paciente, seja pelas tomadas longas, seja pelos diálogos ferinos, rápidos e diretos. Mesclou a gesticulação agitada, os gritos e as entonações de voz japonesas com um estilo de direção romantizado, aventureiro e escapista. Amante também do Japão feudal, nos apresentou imponentes samurais, ronins e shoguns, associados a belíssimos castelos (como em Kagemusha – 1980 e Ran - 1985).
Mesmo retratando um país patriarcal, suas aparentemente frágeis e delicadas mulheres escondem segredos, ambições e astúcia, tal qual uma Caixa de Pandora. Se transferidos para o Western, muitos de seus roteiros poderiam se adaptar perfeitamente (tal como o de Yojimbo – 1961). Via de conseqüência, foi admirado pelos diretores, críticos e público ocidentais.
Obras como Star Wars - 1977 e Por Um Punhado de Dólares - 1964 tem sua origem vinte anos antes ou menos; foram, de certa forma, reescritas, feito uma releitura, seja por um diretor americano (George Lucas) ou italiano (Sergio Leone), respectivamente.
O internauta discorda deste comentarista? Então assista A Fortaleza Escondida (The Hidden Fortress/Kakushi-toride no san-akunin - 1958) e verá uma jovem e temperamental princesa, preocupada com seus súditos, que é escoltada por um guerreiro através de um território hostil, cujos cavaleiros utilizam capacetes semelhantes aos soldados da Estrela da Morte (ou do próprio Darth Vader), com dois sujeitos caricatos que lembram vagamente dois andróides chamados R2D2 e C3PO.
Se desconsiderado os trejeitos japoneses, que causam certa estranheza e ojeriza ao público local, o resto é puro cinema ocidental ou... cinema “ocidental-orientalizado”!
Os "iniciados" já devem ter sacado que o título desta postagem é um trocadilho com o nome do conhecido filme/show do Led Zeppelin "The Song Remains the Same "(1975), que aqui ficou conhecido como "Rock é Rock Mesmo".
Apesar dessa grande banda ter feito inúmeras experiências musicais, desconheço que o Led tenha alguma vez tocado um samba. Por outro lado, seria difícil imaginar um grupo brasileiro de samba ou pagode interpretando Led Zeppelin... Porém existe! O excelente grupo Sambô transformou o clássico Rock'n'Roll num incrível samba-rock como pode ser conferido no vídeo.
O vídeo não é tão novo, mas só conheci agora por indicação do parceirão Henrique, que desde os anos 80 nos brinda com preciosidades musicais! Para conhecer mais, fica o link do grupo Sambô. Legal!
"Uma estranha luz em forma de espiral apareceu no céu do norte da Noruega na última terça-feira (8), deixando milhares de moradores das cidades de Trøndelag e Finnmark atônitos. Testemunhas compararam o fenômeno com coisas como foguetes russos, meteoros e ondas de choque - mas, até o momento, ninguém sequer mencionou a possibilidade de ser um OVNI (objeto voador não-identificado).'
'O fenômeno começou com uma luz azulada que parecia sair por trás de uma montanha. No entanto, parou um pouco acima da linha do horizonte e começou a circular. Alguns segundos depois, a espiral gigante cobria o céu inteiro. Então, um raio verde-azulado saiu do centro do objeto, durando entre 10 a 20 minutos antes de desaparecer completamente."
Ainda não é Natal e continuo seguindo a linha dos filmes de aventura, drama e fantasia; mas O Céu Mandou Alguém (3 Godfathers – 1948)é uma fábula acima da média e merece registro.
Dirigida por John Ford é uma releitura dos filmes homônimos de 1916 e 1936. Estrelado por John Wayne (Robert M. Hightower), nos conta a história de três bandidos que praticam um assalto e, na fuga, perdem-se no meio do deserto.
Como desgraça pouca é bobagem, encontram uma carroça com uma mulher grávida e prestes a dar a luz. O marido desapareceu (ficamos sabendo disso através do relato de Hightower, contado de maneira muito sutil, elegante e inteligente).Após o parto, a mãe faz dos três padrinhos (3 Godfathers) da criança e em seguida morre.
Obrigados a cuidar do afilhado, vão aos poucos sucumbindo. Hightower, já no fim das forças, encontra um jumento e nele coloca o recém nascido e vão até Nova Jerusalem (bem mais perto que a homônima aqui do Brasil). Daí então o final feliz, que faço questão de não contar, mesmo porque o melhor do filme é justamente o meio.
Resumindo: é uma fábula de Natal sobre os três reis magos, adaptada para o Oeste americano e dirigida por um grande diretor. Mesmo assim, é uma obra mediana: o início e o final são previsíveis.
Será que estou ficando velho e mudando meus gostos? Não, apenas analisando um filme sob a ótica da fantasia: um bom filme; nenhuma obra-prima, apenas inesquecível.
Do parceiro MrOx recebi um arquivo PPS com uma versão bem resumida, mas interessante, da história da computação. Basicamente, é a evolução dos computadores, apresentada em imagens, sendo algumas delas bem curiosas. Vai aí uma palhinha, das imagens e do texto. Para quem quiser mais, é só baixar o arquivo do 4shared, por este link aqui.
Essa aí é a máquina de calcular de Pascal, de 1642.
"Em 1801 Joseph Marie Jacquard, dono de uma tecelagem, colocou desenhos nos teares através de um sistema de cartões perfurados (acima).'
'Em 1890, Hermann Hollerith, para acelerar o trabalho do censo nos Estados Unidos, desenvolveu um equipamento utilizando os cartões idealizados por Jacquard. Em 1896, o sucesso de Hollerith era tanto que ele fundou a Tabulation Machine Company, que fundiu-se com duas empresas e formou a Computing Tabulation Recordin Company, que depois da morte dele mudou de nome para International Business Machine - IBM."
Abaixo, um imenso disco rígido de 5 megabytes, em 1956. (E, voltando ao presente, outro dia me ofereceram um HD de 1Tb...)
Um preso, Eddie Bunker (Mos Def), deve ser escoltado da delegacia ao tribunal. Mas não é um acusado qualquer: ele poderá arruinar a carreira de um policial e outros que excederam em suas funções. Portanto, sob a ótica deles, deverá ser eliminado. Mas, na última hora, um “agente da lei”decadente e carregando uma tonelada em remorsos é escalado para levá-lo dentro de Nova Iorque, por dezesseis quadras até o juiz.
Bruce Willis está irreconhecível como o detetive Jack Mosley; o que não quer dizer que não esteja ótimo, porque está! O diretor Richard Donner também acertou a mão com este filme “deja vu”. Mas não é um mero filme policial.
16 Quadras (16 Blocks – 2006)está recheado de surpresas, situações inesperadas e algumas reviravoltas - uma delas: a de que o próprio Mosley é um dos policiais truculentos. Mas a polícia não está nem aí, afinal, um colega está sendo acusado e outros foram baleados pelo detetive, que diante desta crise,passa a proteger o preso!!!
A obra temum quê de “de novo não”!!! No entanto, possui um roteiro perspicaz e extremamente ágil e, ainda, dotado de uma indelével mensagem subliminar: a de que todos podem errar, que todos tem o direito de errar; mas que devem reconhecer e pagar por seus erros; a recompensa é a salvação.
Pode parecer um sermão ou discurso brega, mas da maneira como Donner conduziu a história é até interessante. As cenas falam por si – e que cenas! Ainda assim, o nobre internauta não entendeu? Então assista!
Policial italiano destrói Lamborghini avaliada em R$ 430 mil
"Um policial italiano destruiu neste domingo (29) uma Lamborghini Gallardo em Bolonha, na Itália. O carro é utilizado pela polícia rodoviária italiana, sendo avaliado em 150 mil libras (cerca de R$ 430 mil), segundo reportagem do jornal inglês ‘Daily Mail’."
Para resumir o bizarro do fato, seguem dois vídeos com imagens do carro que a "pobre" polícia rodoviária italiana entrega para seus "diligentes" servidores pilotarem.
"A música de Jorge Ben tem uma importância única na música brasileira por incorporar elementos novos no suíngue e na maneira de tocar violão, trazendo muito do rock, soul e funk norte-americanos e ainda com influências árabes e africanas, que vieram através de sua mãe, nascida na Etiópia. Suas levadas vocais e instrumentais influenciaram muito o sambalanço e fizeram escola.
"Jorge Duílio Lima Meneses (Rio de Janeiro, 22 de março de 1942), conhecido como Jorge Ben e atualmente Jorge Ben Jor é um guitarrista, cantor e compositor popular brasileiro. Seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: rock and roll, samba (samba rock), bossa nova, jazz, maracatu, funk e até mesmo hip hop, com letras que misturam humor e sátira. Inclui muitas vezes temas esotéricos em suas canções.
'Ainda nos anos 70, Jorge Ben lançou álbuns mais esotéricos e experimentais, como A Tábua de Esmeralda (1974), Solta o Pavão (1975) e África Brasil (1976). Embora não obtivessem sucesso comercial, estes álbuns são considerados clássicos da música brasileira."(Leia mais na Wikipedia).
Gosto muito da fase alquimista do Jorge Ben (nessa época ainda não havia o "Jor"). O álbum Tábua de Esmeralda - para quem tem ouvidos para ouvir - é fantástico. Seria uma obra para analisar - como fazíamos com os discos do Pink Floyd ou dos Beatles - faixa por faixa, nos detalhes.
Além do incomum dos ritmos e arranjos e do esoterismo das letras, outra curiosidade dos trabalhos antigos do Ben Jor são as referências frequentes a histórias de príncipes e princesas. Curiosamente, dizem que seus antepassados pertenciam à família real da Etiópia.
Por tudo isso, recomendo conhecer a versão original de Zumbi, do álbum "Tábua de Esmeralda". Segue o clássico "Os alquimistas estão chegando e ainda a supreendente "Brother".
O Mar é nosso Túmulo (Run Silent, Run Deep – 1958) é um filme de guerra clássico. E o que quero dizer com isto?Produto dos anos cinqüenta possui elenco estelar (Clark Gable e Burt Lancaster), dotado de mensagem maniqueísta (os japoneses ainda são tidos como criaturas traiçoeiras) e roteiro inverossímil. É um filme com fotografia em preto-e-branco (o que não significa nada).
Dirigido por Robert Wise, em início de carreira, já apresenta algumas credenciais que atestam sua competência. Tem como pano de fundo a missão do submarino USS Nerka e o conflito entre o capitão Rich Richardson (Gable) e seu imediato Jim Bledsoe (Lancaster).
Ao perder seu submarino anterior no Estreito de Bunko, Richardson tenta impor sua nova tática para atrair e atacar belonaves japonesas, em especial, as escoltas. E aí entra um dos furos do roteiro: a de disparar torpedos frontalmente, visando atingir o destroyer pela proa!!! E o pior é que no filme ele conseguiu!!!! Mesmo assim, é um de meus filmes de guerra favorito, mesmo não tendo a carga de dramaticidade de O Barco (Das Boot – 1981) ou Torpedo (Torpedo Run – 1958), possui a tensão típica dos filmes de submarino, com a tradicionais fugas, submersões, ataques de cargas de profundidade e desvio de minas.
Mas o que realmente vale assistir são as atuações de Clark Gable e Burt Lancaster, paralelo à interação destes com o resto da tripulação; que por momentos ouvem atentamente a voz da Rosa de Tóquio (a locutora japonesa que, em inglês tentava desmoralizar as tropas e tripulações americanas durante a 2ª Guerra Mundial).
O final do filme apresenta as mesmas inverossimilhanças de Torpedo: situações absurdas que só em filmes acontecem. Só que inverossimilhanças são inverossimilhanças, e como tal devem ser toleradas. Afinal, em tais filmes assistimos situações que não passamos nem experimentaremos; que não questionaremos nem queremos questionar; em suma, não pensamos, nem queremos pensar – e, excetuando a rodinha de intelectuais - não é o que realmente buscamos quando vamos ao cinema?
Taí o melhor personagem da Nova Geração de Jornada nas Estrelas. ‘Q’ (John de Lancie) detinha todos os atributos que poderiam ter permeado as sete temporadas desta franquia Star Trek.
Foi o melhor vilão, anti-herói, personagem cômico e mocinho até! Entidade do Continuun: uma dimensão criada pelos roteiristas, até o momento de difícil definição físico-metafísica, entenderam??? Adotava a forma humana para interagir com suas cobaias.
Também funcionou como mestre de cerimônias, ao apresentar os Borgs aos tripulantes da Enterprise. Tal episódio, Q-Who?, foi com certeza o melhor da segunda temporada (1988-1989) e um dos melhores de toda a série, pois, ironicamente, trouxe um pouco de brutal realidade à alienada e faceira tripulação da Enterprise.
Com suas tiradas irônicas e inteligentes, quebrava a mesmice, ingenuidade e o irritante palavrório pseudo-técnico-científico criado por Brannon Braga & cia. É uma pena que não tenha sido aceito como tripulante de Picard no referido episódio, apesar de seus insistentes pedidos. Mas seria um risco para o elenco, uma vez que ele basta por si. Com ‘Q’, quem precisa de tripulação?
Finalmente um evento que se propõe a discutir o problema dos animais em centros urbanos.
Quem puder dar uma chegada lá (...) acho que será muito bom.
Precisamos nos unir: independente da ong, da associação, ou seja lá que nome tiver o grupo, o objetivo comum é buscar uma solução para o abandono, a problemática dos maus tratos, a questão das zoonoses.
Era uma vez, nos anos 80, a história de dois garotos que pensaram em montar uma rádio pirata. É também um pedaço da história de um dos programas mais interessantes que houveram no rádio e do qual nós tivemos honra de participar, ao menos por um dia.
Enfim, chegara o dia e a hora de irmos ao ar. O programa que o Tioguara e o Gordo apresentaram foi dedicado ao tecladista Rick Wakeman - conhecido pelo trabalho no grupo Yes, mas com uma carreira solo também brilhante. A escolha do Rick foi não apenas por uma questão de gosto, mas também pragmática: a Kitty, irmã mais velha do meu parceiro, possuía metade dos álbuns do nosso artista. Quantos aos outros, compramos em sebos - na Av. Borges de Medeiros ou na Marechal Floriano - onde na época eram mais mais fáceis de achar - lembrando que estávamos no tempo dos LPs e nem sonhávamos com o (bendito) download.
Subimos o morro Santo Antônio até o prédio da Band (antiga Difusora), onde funcionavam, além da TV, as rádios Band AM e FM. E a Ipanema FM. Naquele tempo - não sei se ainda é assim - os estúdios eram dividios em dois espaços principais: a sala de locução e a sala de operação, separadas por um janelão de vidro, tipo aquário. Fomos recebidos pela Kátia Suman, que seria, por aquela noite, nossa "chefe". E recebemos os últimos toques: "Podem falar devagar. Um minuto no rádio é bastante tempo, o suficiente." "Enquanto um de vocês fica aqui, no microfone, é bom o outro ficar lá com o operador, ajudando a achar as músicas nos discos." "Vou ficar com vocês aqui no primeiro bloco, depois tenho coisas para fazer. Vou deixar vocês com o Genésio (o operador) e volto mais tarde." Tudo muito simples, na teoria.
Passando à prática... Quando do operador deu o sinal de positivo do lado de lá do aquário e acenderam os luminosos "NO AR" (eram dois, um acima do aquário e outro acima da porta), digo para vocês: que coisa mais difícil falar devagar! A vontade era de dizer tudo num só segundo e terminar o assunto para ontem!
De qualquer jeito, mesmo que "meio no susto", estávamos no ar. E colocando o nosso som, do nosso gosto e do nosso jeito, independemente dos ditames da moda da época! Começamos logo com Viagem ao Centro da Terra, sendo que um dos trechos do álbum foi usado como cortina para os oito blocos do programa. No caso, o trecho da luta dos "dinossauros", que consta no vídeo a seguir:
A discografia do Wakeman é rica em adaptações de obras de ficção, lendas ou ainda episódios históricos. Algumas vezes criou suas próprias viagens, como no álbum “No Earthly Connection” (1976). Adaptou musicalmente clássicos da ficção científica, como “Viagem ao Centro da Terra” (1974) e "1984" (em 1981). Seu período de maior sucesso foi entre 1975/76, época em que, após o “Viagem...” lançou o também clássico “Mitos e Lendas do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda” (1975). Antes disso, em seu primeiro álbum, a inspiração veio da história inglesa, com “As Seis Esposas de Henrique VIII” (1971). Outro disco deste tipo, também interessante, foi o “Criminal Record” (1977).
Fora isso (como se fosse pouco...), o cara também compôs trilhas de filmes e documentários. Realizou alguns trabalhos como músico de estúdio (usando pseudônimos),entrou para o Yes, depois saiu, então voltou... num vai-e-vem que segue até hoje! Mas essas são histórias muito longas para esse post...
Uma das coisas interessantes que aconteceram naquela noite foi descobrirmos que haviam muito mais pessoas que curtiam o som progressivo do Wakeman – e que estavam ligadas no programa – do que imaginávamos. Soubemos disso pelo telefone, que tocou várias vezes. E foi muito legal ter recebido alguns elogios. Só não deu para atender aos pedidos de músicas, porque a programação já estava acertada. Não esqueço até hoje do cara que queria ouvir a faixa "Júlia", do disco 1984.
Atendíamos o telefone na sala do operador. E confesso que gostei mais de estar ali do que em frente ao microfone. Talvez fosse o lado nerd falando mais alto. Ali havia um território a explorar: equipamentos principalmente. Não sei dizer pra vocês qual era a marca dos dois pratos que tocavam os discos de vinil, mas com certeza eram muito bons. Uma coisa que achei curiosa: os cartuchos que continham as gravações dos comerciais. Na aparência até tinham um pouco a ver com os cartuchos de vídeo-game, porém maiores; entretanto continham fitas mais largas que as cassete e que, aparentemente, utilizavam um rolo só. Hoje, devem ser peças de museu.
Notei num canto uma fita de rolo - daqueles modelos bem antigos - que rodava bem devagar, mas nunca parava. O Genésio então explicou que aquela era a fita do DENTEL, que gravava tudo, o tempo todo, até os comerciais. Era o regime militar que ainda se fazia presente, muito embora já em seus últimos momentos.
Um clipe com cenas do Novo Capitão Escarlate - que é uma versão nova de um seriado clássico dos anos 60 - ao som do ZZ Top - que é uma banda clássica dos anos 80. Em resumo, uma salada de épocas, regada com rock e ficção científica. E aviação futurista!
O que são Babushka? São bonequinhas de origem russa, dispostas na seguinte ordem: uma dentro da outra. O que é Distrito 9? É uma favela dentro de uma favela. O que tem a ver uma coisa com a outra? A princípio, nada; porém são semelhantes!?!?
Obra de ficção científica do estreante Neill Blomkamp, é superior aos congêneres americanos deste ano. Por que? Porque nos apresenta o inusitado: alienígenas que chegam à Terra, mais precisamente sobre Johannesburg, na África do Sul. Famintos, sujos e carentes, são rejeitados, também por sua aparência repugnante – apelidados de “camarões” – e então segregados numa área denominada Distrito 9.
Sua gigantesca nave fica inerte por vinte anos sobre a também gigantesca favela e dá-se a ironia das ironias: os aliens são explorados pelos favelados, principalmente os nigerianos, que lhes vendem comida de gato (o prato favorito dos “camarões”) a preços exorbitantes.
Fartos da incômoda presença, os humanos resolvem expulsar os sub-favelados e removê-los para outro local, “mais confortável, tranquilo e seguro”, mediante notificação judicial de despejo!!! Calma, o filme não é dos Monty Python, e sim extremamente crítico. A companhia que patrocina o evento é a MNU, que entre suas inúmeras ramificações, possui uma divisão de armamentos que está muito interessada nas potentes armas aliens, que, infelizmente, só são ativadas quando identificado o DNA dos “camarões”.
Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley), o herói/anti-herói/palhaço, é o encarregado de comandar o despejo, quando, acidentalmente descobre um estranho artefato criado por Christopher (o nome humanizado do “camarão”) e sofre um... digamos... acidente de trabalho.
A idéia de utilizar uma favela e fazer dos aliensos explorados, inclusive dos favelados, é original. O verdadeiro herói deste filme é Christopher, que se num primeiro momento nos causa repulsa, mas, aos poucos identificamos excesso de humanidade e imediatamente mudamos de lado, a ponto de torcermos cada vez que um humano explode!!! É através deste jogo de incoerências que Distrito 9 se sobressai de Star Trek XI e outros: existe uma mensagem subliminar e um final pra lá de anti-hollywoodiano.
Outro destaque ficam pelos efeitos especiais da turma de O Senhor dos Anéis (nada mais natural, eis que produzido por Peter Jackson): já aparecem desde o primeiro minuto e duram a exibição inteira; no entanto, não são cansativos! Quando uma idéia bem bolada se junta com efeitos especiais, automaticamente fundem-se e mesmo que não percebamos, subconscientemente sentimos um mal estar pela inteligente agressão: muitas vezes a pior dor não é a física, mas a da percepção! Distrito 9 fala disso: miséria, segregação, exploração, corporações poderosas e... humanidade extra-terrestre!!!
Não gostaria de comentar sobre o filme. Além de retratar um tanto quanto limitado, pois estamos muito longe da aplicação em máquinas com "interface"humana, ou seria o oposto? Sendo cotraditório, pois como já postado aqui há significativos avanços da cibernética, nanotecnologia.
Definição (Marvin Minsky)
É a ciência de fazer com que máquinasfaçam coisas que requerem inteligência, sefeitas pelo homem.
É a ciência de emular no computadorum comportamento inteligente
Mas o que é inteligência ??
Acho muito amplo e limitante conceituar "inteligência", pois na psicologia ela se ramifica em cerca de 7 níveis ou mais, cognitiva, lógica, emocional (auto relacionamento) Musical, Corporal-cinestésica (esportistas), espacial, e interpessoal. (Daniel Collemann)
Mas o melhor conceito é a capacidade mental, a platicidade da mente na resolução dos mais diversos problemas. Bom, aqui na comu, um exemplo deste predicado é meu amigo Taiguara. Um questionamento para reflexão:
"Bom-senso" e a ideia de "Contexto" são, na minha opinião, temas que influenciariam diretamente as decisões em Sistemas de Inteligência Artificial, se fosse possível criar um modelo computacional que os representasse. Também, as emoções refletem comportamentos típicos dos seres-humanos, que se fossem agregados a sistemas poderiam causar mudanças em decisões, como acontece conosco (seres humanos): decidir pela razão (mente) ou pela emoção (coração)? Como buscar o equilíbrio e o conhecimento necessários para as tomadas de decisão? Isso será possível evoluir em um sistema computacional?
Creio que tudo do real pode ser representado através de um ambiente computacional, a dificuldade é a definição, a modelagem de conceitos muito abstratos, em que o espírito, a conciência humana são insubstituivéis, mas perfeitamente imitados repetidos, mas o livre arbítrio em decisões, sempre dependerão do equilíbrio entre razão e coração...
Revendo conceitos, talvez a solução dos principais problemas de I.A, deverão ser resolvidos, não com o desenvolvimento do hardware em si, mas em sistemas híbridos que mesclem sistemas eletrônicos com sistemas biológicos.