Até o momento é a melhor adaptação da obra de Tom Clancy para o cinema. Não por mérito dos roteiristas, do diretor ou da parte técnica. Este filme possui uma mística própria: foi atuado por Sean Connery. Não é um filme de John McTiernan e sim um filme COM SEAN CONNERY. A história é muito boa, até Alec Baldwin está menos canastrão e confesso, foi o melhor Jack Ryan da série: improvisado, humano e passional.
E o enredo? Em sua primeira missão de treinamento o submarino Outubro Vermelho transforma-se em uma nave renegada quando seus oficiais, comandados pelo Capitão Marko Ramius (Sean Connery) se amotinam e resolvem desertar para a América. Mas isto se passa sem o conhecimento da tripulação. Ciente do ocorrido a URSS emprega todos os meiosdisponíveis na tentativa de destruir o submarino. Para os EUA é um problema soviético, porém, de conseqüências imprevisíveis. Somente o agente Jack Ryan desconfia as verdadeiras intenções de Ramius e tenta estabelecer contato.
O diretor transformou o interior do submarino numa discoteca, com luzes e design criativos (mas duvido que um verdadeiro submarino russo da Classe Typhoon realmente seja tão psicodélico). A música de Basil Poledouris é vigorosa e insinuante, um ótimo complemento às cenas de ação. Mas mesmo assim não é um dos melhores filmes de submarinos. Falta alma à obra e quando digo isso é no sentido e que não há cenas realmente memoráveis, um momento que imortaliza a obra, um toque de gênio, algo pessoal do diretor. Faltou um Akira Kurosawa, um Robert Wise, um George Pal, um Joseph Pevney, um William Cameron Menzies, diretores tarimbados, que deixaram sua marca nos filmes, algo pelo qual serão sempre lembrados. Uma pena. Confesso que de todos os posts que já escrevi, me entristeci ao verificar que o reconhecimento de Caçada ao Outubro Vermelho se deva exclusivamente à atuação de um grande ator, mas já com ares de cansado.
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