por Quatermass
Predadores (Predators – 2010) – é uma típica continuação que ainda assim surpreende.
A trilha sonora é idêntica a de Alan Silvestri do Predador original (Predator – 1987). O âmago da história é o mesmo: militares, mercenários e assassinos são caçados na floresta. O que difere? O roteiro e o protagonista.
Da linha de Quentin Tarantino, o também roteirista e produtor Robert Rodriguez conseguiu recauchutar a velha narrativa e prender a atenção do espectador. Significa que está anos-luz da aberração chamada Aliens Versus Predador I & II ou mesmo do segundo filme da franquia, com Danny Glover como protagonista.
O ator Adrien Brody também surpreende: do frágil judeu refugiado Wladyslaw Szpilman em O Pianista (2002) para um seco e taciturno mercenário chamado apenas de Royce. Apesar de ser um personagem incrivelmente antipático, é empático – entendeu? Uma prova de sua atuação!
Ou seja, basicamente, o filme se sustenta pela direção e atuação dos atores, inclusive, Laurence Fishburne (outro soldado porra-louca que misteriosamente conseguiu sobreviver temporadas de caça a fio).
Mesmo assim achei interessante novo local da matança: agora as vítimas são abduzidas e lançadas de pára-quedas em selva hostil num planeta distante. A finalidade: participação de uma caçada em que o homem é a presa.
Com situações mais tensas e criativas que a segunda seqüência e Alien X Predador, e contando com a única presença feminina do grupo, que não é nenhuma Tenente Ripley. Não mesmo! É filme de macho, com direito à resmungos e poses!
Basicamente não há muito mais o que contar: Predadores é um filme novo com idéias velhas e um elenco e direção competentes – só! Ainda assim um bom divertimento.