terça-feira, 2 de novembro de 2010

DOUTOR JIVAGO



por Quatermass



Doutor Jivago (Doctor Zhivago - 1965) é com certeza o melhor filme sobre a fase seguinte à Revolução dos Sovietes (1917-1923). É mais uma obra grandiosa do diretor inglês David Lean.

No entanto, dois temas que poderiam ser imediatamente rechaçados pelo cinéfilo foram perfeitamente mesclados, gerando um fenômeno inédito: filme histórico + dramalhão = épico!

Significa que não é insuportável como Reds (1982); ao contrário, longo e admirável. As locações curiosas e inteligentes: na Espanha, para as tomadas de verão russo; e na Finlândia; nas de inverno.





Personagem menos ambíguo que Lawrence da Arábia; é, no entanto, afligido pelo inescapável tormento. Um filme com início triste, desenrolar dramático e desfecho melancólico, regado à trilha sonora de Maurice Jarre e as diversas nuances compostas para ‘Lara’ (Julie Christie). Na verdade conta a história de dois amantes em meio ao caos da convulsão.




Seu meio-irmão Yevgraf (Alec Guiness), alto dirigente do Partido é o narrador. Por meio dele o espectador já presencia a primeira tomada de Jivago (Omar Sharif): o enterro de sua mãe quando ainda menino e sua adoção por uma família abastada.


Posteriormente, estudante de medicina e poeta nas horas vagas, compromete-se com Tonya (Geraldine Chaplin) e às vésperas da 1ª Guerra Mundial conhece Lara (enfermeira).




A partir daí estoura a Guerra, a Revolução e a Guerra Civil, com os inevitáveis encontros e desencontros dos amantes.

Baseada na novela de Boris Pasternak foi censurada na época, por conter valores anti-soviéticos. Mas é justamente pela alternância de conflitos/romance que esta obra é magnífica e duradoura.





Sei que é difícil entender e que guerra e ódio possuem o condão de separar pessoas, porém, jamais curtos encontros apaixonados que se eternizam.





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