Orgulho e Paixão (The Pride and the Passion – 1957) é um de meus filmes inesquecíveis. Assisti quando criança, já saiu em DVD e acho a história o máximo: durante a ocupação napoleônica na Espanha, um oficial inglês (Cary Grant) é enviado para resgatar e conduzir um gigantesco canhão até Santander, para o uso de Sua Majestade.
A localização da arma é de conhecimento somente dos guerrilheiros espanhóis e seu líder, Miguel (Frank Sinatra), impõe uma condição: antes de disponibilizar o leviatã, o mesmo deverá ser usado contra a fortaleza de Ávila, sob supervisão inglesa. Relutantemente o oficial aceita as condições e começa a epopéia de transportar o gigante sob as barbas do exército francês.
O título da obra diz tudo: sintetiza o sentimento fatalista do povo espanhol; mais ainda, perseverança e teimosia. A principio, o oficial despreza estes sentimentos, necessita somente da arma, mas passa a compreender que ela representa mais do que um artefato: tem o poder de unificar um povo contra o invasor.
As cenas são impressionantes e filmadas fora do estúdio. Em todo lugar por onde passa o canhão um novo drama surge e somente através do ideal de sacrifício pela liberdade dos espanhóis é que são superados os obstáculos.
Um filme surpreendente, também, pelos três principais protagonistas: Cary Grant, fora de seu padrão cômico-vítima, mas sem ser caricato; Frank Sinatra, canastrão como sempre, mas fascinante como espanhol; e Sophia Loren, como Joana. Bem, esta última dispensa comentários, pois é a italiana imitando espanhola mais linda que Hollywood já apresentou.
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