segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

EL CID

por Quatermass

Um épico, mas não é um épico a mais. É um filme que merece análise. A obra de Anthony Mann é um deleite para os olhos e ouvidos, principalmente quando entram em cena os mouros. El Cid, aliás, Rodrigo Diaz de Bivar, aliás, Charlton Heston, é um herói, um mito espanhol. Cavaleiro castelhano que viveu no século 11, foi admirado pelos árabes (que lhe atribuíram a alcunha “al-sid”, um título respeitoso, nobre, que em dialeto árabe-andaluz significa “senhor”), porém perseguido e invejado pelo príncipe e futuro rei, Alfonso VI. Ao expor em público o novo rei de Castela, é castigado com exílio. Peregrina pelo reino, mas continua fiel ao soberano, pois acima de tudo é um homem de honra. Possui muitas semelhanças com Judah Ben Hur, principalmente por seu caráter íntegro - em um determinado momento do filme, durante seu exílio, mata a sede de um leproso e este lhe diz: “somente El Cid compartilharia seu cantil, oferecendo água para um leproso”. Integridade, humildade, submissão e crença inquebrantável, são estes elementos que imortalizaram os personagens de Charlton Heston.

A obra possui três horas de duração e, óbvio, a parte final é o clímax: quando enfrenta as forças do emir africano Ben Yussuf na defesa de Valencia – grandioso – o mínimo que se pode qualificar. Mortalmente ferido, recebe a visita do agora ex-fraco, ex-covarde e ex-invejoso Alfonso (aparentando arrependimento), e lhe suplica em seu último pedido: cavalgar ao lado de seu rei. É atendido. No entanto, a cena seguinte não só imortalizou a figura do herói espanhol, como a do próprio ator e filme. Nunca haverá outro Ben Hur, nem Moisés, nem El Cid, senão por Charlton Heston.

Link F.A.R.R.A.!


1 comentários:

Anônimo disse...

Outra grande pedida! Mas falar o que se o Quatermass já disse tudo? Hehehe...

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