Corrida Silenciosa (Silent Running - 1972) é um filme ecologicamente correto. Do início dos anos setenta, é precursor da causa verde e utiliza a ficção científica como pretexto. Mas ainda assim consegue ser melancólico e poético.
Num futuro não muito distante, os únicos resquícios da natureza estarão concentrados em gigantescas estufas de enormes naves espaciais, resultado da devastação estúpida das florestas e de sua vida animal. Seus tripulantes recebem uma ordem igualmente estúpida: destruir os módulos que contém estas últimas lembranças da Terra.
Ao impedir o cumprimento da ordem, Freeman Lowell (Bruce Dern) elimina seus companheiros, restando-lhe apenas dois pequenos robôs, um deles lembra vagamente o conhecido R2D2. O solitário tripulante renegado procura afastar a nave do sistema solar e começa passar por conflitos morais: questiona a ética, a loucura humana e sua própria sanidade.
Não é uma obra complexa como 2001 ou Solaris, mas fixa e questiona limites éticos e morais de maneira desagradavelmente franca. Não há alegorias, nem simbolismos. É de fácil compreensão e engajamento.
Não existe lado bom ou ruim, mas expõe o ato extremo pela sobrevivência da natureza. Este conflito persegue Freeman Lowell durante todo o filme até o inesperado final. Não se preocupem, não o contarei o fim, somente digo que a natureza prevalecerá, mas de um modo desconcertantemente belo.
Como disse, este filme do diretor Douglas Trumbull é melancólico e poético: em sua cena final, com a canção de Joan Baez ao fundo, é difícil se mostrar indiferente.
1 comentários:
Esse eu não lembro de ter assistido. Parece muito interessante, ainda mais com músicas da Joan Baez. :)
Link para o filme completo no Youtube.
http://www.youtube.com/watch?v=VuhifmFBB5I&feature=related
Abraços
Fê
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