Ironias da vida. É a expressão perfeita para este post. No início dos anos noventa, costumava ouvir uma música executada nas rádios que me chamava a atenção pelo excesso de qualidades, mas nunca me interessei em saber quem a cantava. Às vezes prestava atenção numa determinada entonação de voz que se distinguia das demais, sem ir muito a fundo. Sempre reconhecia o desconhecido cantor por suas baladas e continuava indiferente. Santa preguiça! Este marasmo todo perdurou até assistir um documentário no canal GNT há uns cinco anos atrás. E, para variar, assisti a metade final, visto que mudei o canal por acaso, sequer sabia de sua transmissão. Mas foi o suficiente. Que coisa, pensei, um documentário de um sujeito que mais parecia Chico Xavier. Só que o saudoso Chico não tinha aquela inflexão de voz e não era compositor. Roy Orbison sim. Por um lapso, quase deixei de conhecer a história de um homem que fez história. Estaria agora falando sobre qualquer coisa menos dele.
A vida é curiosa: de lapsos em lapsos, acabamos descobrindo novidades. Eis aí um sujeito que, entre altos e baixos sempre soube estar num outro plano. Adorado por uma legião de fãs e respeitado pelos artistas, nunca seguiu modismos, sempre foi ele mesmo. Despontou nos anos cinqüenta, conheceu Jerry Lee Lewis, Johnny Cash e era amigo de Elvis. Tinha uma voz poderosa, com entonação puxando para o agudo. Era tímido e usava óculos escuros de fundo de garrafa para esconder seu astigmatismo. Conheceu o sucesso nos anos sessenta, mas caiu no ostracismo do grande público nos anos setenta até metade dos oitenta, quando ao final foi redescoberto com seus hits estourando em filmes como Veludo Azul (“In Dreams”), Uma Linda Mulher (“Oh, Pretty Woman”) e Proposta Indecente (“A Love So Beautiful”). Independente dos percalços, sempre foi estimado no meio artístico, em reconhecimento também a sua simplicidade e humildade. A verdadeira tragédia também o alcançou: perdeu sua primeira esposa em 1966 em acidente de moto e dois filhos num incêndio em sua casa no ano de 1968. Soube seguir a vida adiante, soube ser Roy Orbison.
Morreu em dezembro de 1988 de ataque cardíaco. Em 1991, recebeu um Grammy póstumo por “Oh, Pretty Woman”, do álbum A Black and White Night Live. Seu mais bem sucedido album foi Mystery Girl, finalizado postumamente em 1989. Casualmente, nesta obra está a canção que me cativou por tanto tempo sem saber seu dono: “You Got It”. Se a fama perdura, onde está Roy Orbison? Está enterrado no Westwood Memorial Park, em Los Angeles, num túmulo sem identificação, na seção D, número 97. Morreu como viveu: com reconhecimento, homenagens e discrição.
A vida é curiosa: de lapsos em lapsos, acabamos descobrindo novidades. Eis aí um sujeito que, entre altos e baixos sempre soube estar num outro plano. Adorado por uma legião de fãs e respeitado pelos artistas, nunca seguiu modismos, sempre foi ele mesmo. Despontou nos anos cinqüenta, conheceu Jerry Lee Lewis, Johnny Cash e era amigo de Elvis. Tinha uma voz poderosa, com entonação puxando para o agudo. Era tímido e usava óculos escuros de fundo de garrafa para esconder seu astigmatismo. Conheceu o sucesso nos anos sessenta, mas caiu no ostracismo do grande público nos anos setenta até metade dos oitenta, quando ao final foi redescoberto com seus hits estourando em filmes como Veludo Azul (“In Dreams”), Uma Linda Mulher (“Oh, Pretty Woman”) e Proposta Indecente (“A Love So Beautiful”). Independente dos percalços, sempre foi estimado no meio artístico, em reconhecimento também a sua simplicidade e humildade. A verdadeira tragédia também o alcançou: perdeu sua primeira esposa em 1966 em acidente de moto e dois filhos num incêndio em sua casa no ano de 1968. Soube seguir a vida adiante, soube ser Roy Orbison.
Morreu em dezembro de 1988 de ataque cardíaco. Em 1991, recebeu um Grammy póstumo por “Oh, Pretty Woman”, do álbum A Black and White Night Live. Seu mais bem sucedido album foi Mystery Girl, finalizado postumamente em 1989. Casualmente, nesta obra está a canção que me cativou por tanto tempo sem saber seu dono: “You Got It”. Se a fama perdura, onde está Roy Orbison? Está enterrado no Westwood Memorial Park, em Los Angeles, num túmulo sem identificação, na seção D, número 97. Morreu como viveu: com reconhecimento, homenagens e discrição.
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