por Quatermass
OBLIVION (Oblivion (esquecimento) – 2013) baseia-se uma graphic novel homônima que nunca foi editada nos EUA pela Radical Publishing. Por sua vez, a Universal comprou os direitos, reescrevendo o roteiro várias vezes. Agora, nobre internauta: valeu a pena? Com toda a certeza!
Assim como em Prometheus o androide David buscava ser o alter ego de Peter o’Toole/Laurence da Arábia, e com isto roubava para si as melhores falas; Oblivion é um drama de ficção científica mesclando futuro com raro romantismo retrô narrado pelo “Tech 49” Jack Harper (Tom Cruise). Romantismo pelo passado, romantismo pela esposa esquecida, romantismo pelo amor à Terra e por toda a sua significância ante o universo.
A história: no ano de 2077, passados 60 anos da invasão dos saqueadores. Os alienígenas destruíram a Lua, o que ocasionou todas as hecatombes naturais possíveis. Terminada a guerra após o uso de armas nucleares, a Terra agora jaz deserta e estéril. Victoria e Jack são os dois únicos humanos responsáveis pela manutenção dos droides que zelam pelas gigantescas plataformas que secam os mares continuamente e logo partirão para Titã, lua de Saturno e novo lar da humanidade.
Mesmo tendo sua memória removida há cinco anos “pela segurança da missão”, insistentemente e inconscientemente luta contra tal bloqueio. Isto é o que foi narrado pelo protagonista “Tech 49” durante os primeiros quarenta minutos, até o momento em que uma nave cai na Terra e ele encontra uma misteriosa sobrevivente.
Sobrevivente reconhecida em seus sonhos, cujo significado lhe é completamente obscuro, até que, aos poucos, Jack e você, internauta, descobrem que o inimigo é outro e que o mocinho involuntariamente trabalha para o lado errado.
O filme bem que poderia chamar-se “nada é aquilo que você pensa” ou “outro dia no paraíso”, mas a forte carga emocional de Harper torna-se o elo lógico da trama. Depois disto é reviravolta seguida de reviravolta (ou surpresa após surpresa).
Não é um roteiro fácil de digerir. George Lucas jamais faria um filme destes, ainda mais sem John Willians; ao contrário, a trilha composta pela banda M83 surpreende também, e sem ela muito da beleza plástica se perderia.
Para falar a verdade, Oblivion significa muito mais que ver e ouvir: visual e sonoramente deslumbrante, aparenta ser mais um cliché, mas não, o termo exato é surpreender, exatamente como sua história.
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