sexta-feira, 30 de julho de 2010

CRUZANDO A AMÉRICA



Essa canção é Home, de Edward Sharpe & The Magnetic Zeros, uma banda que faz um interessante clima estilo "Woodstock". A versão integral pode ser conferida neste link.


Atualizado em 10.06.13.
Agradecimentos ao MrOx que enviou o vídeo original.

sábado, 24 de julho de 2010

RENATO CANINI



Passou hoje, no Jornal do Almoço da RBS TV de Porto Alegre, uma matéria sobre o cartunista Renato Canini, o grande recriador do Zé Carioca nos anos 70. Que gibis bons aqueles!




"Mais de 30 anos depois, a passagem de Canini pelas histórias em quadrinhos do Zé Carioca é considerada a fase áurea do personagem. (...) Canini desenhou mais de cem estórias do Zé Carioca, fora as do Pateta e do Urtigão. Revolucionou a imagem do personagem. Tirou-lhe a casaca, a gravata borboleta e o chapéu panamá. Vestiu-lhe uma camiseta e deu-lhe amigos negrinhos. Zé Carioca foi morar na favela, em casebres caindo e cheios de remendos."

"Em 1976, disseram que ele estava se afastando do padrão da Disney. Canini não aceitou que o Zé saísse da favela e (...) que voltasse a vestir o casaco e a gravata borboleta. Foi demitido."



Até hoje, quando entro numa loja que trabalha com gibis antigos "estico o olho " para ver se não tem alguma daquelas velhas revistinhas do Zé Carioca da época do Canini. As histórias eram mesmo muito diferentes do "padrão Disney". Mas eram também ótimas.

Uma das que mais lembro foi "Zé Carioca no Reino da Pindaíba", ocasião em que o Zé entra num bueiro e vai parar num mundo subterrâneo, habitado somente por mendigos, onde vem a ser aclamado rei!

E uma outra aventura engraçadíssima se passa num dia de sol escaldante em que o Zé usa diversas artimanhas para tentar tomar um banho de piscina. O quadrinho inicial já era hilário, com uma dona-de-casa fritando um ovo na careca do marido!


Curiosamente, o recriador do Zé Carioca nunca esteve no Rio, trabalhava em Porto Alegre e enviava seus trabalhos para São Paulo!
Hoje aposentado, Canini reside em Pelotas/RS. Mas continua morando no coração e memória de quem leu aqueles gibis.




Segue o vídeo apresentado no JA, que começa com uma uma matéria sobre a rainha da Oktoberfest. A reportagem com o Canini inicia aos 1m30s. Na sequência, um vídeo que encontrei no You Tube, com o quadrinhista contando sua história na FIQ 2009.












O Canini também trabalhou na antiga revista Recreio.
Lembram dela?


Para saber mais sobre a trajetória do artista, recomendo os dois links abaixo, dos quais retirei o texto no início deste post.


http://www.amigosdepelotas.com/2009/09/canini-o-inventor-do-ze-carioca_26.html

http://oglobo.globo.com/blogs/Gibizada/posts/2009/10/03/a-alma-gaucha-do-ze-carioca-hq-perfis-3-229004.asp


Valeu!
(post atualizado em 28.07.2010)


ENQUANTO ISSO, NA BLOGOSFERA...


Alguns toques sobre outros blogs que merecem ser conferidos:



VINTAGE 69



Agora em nova fase, o blog mudou o visual (gostei) e acrescentou algumas novidades.

Uma dessas novidades, que achei interessante, são as postagens de filmes (incluindo alguns clássicos da sci-fi), com possibilidade de assistí-los on-line, legendados ou dublados. Óbvio que a qualidade não é a mesma de um DVD ou mesmo um arquivo avi/divx. Porém filmes on-line são uma possível tendência para o futuro próximo e uma opção para conferir essas obras sem ser acusado de "download ilegal".



CAPACITOR FANTÁSTICO



Conheci recentemente este ótimo blog dedicado à ficção científica. Excelente e obrigatório para aficcionados.




CINE SPACE MONSTER



Blog dedicado aos velhos filmes de ficção científica e terror, também muito bom e especialmente recomendado para os apreciadores destes gêneros.



E UM BLOG QUE SE FOI...

Eu estava justamente para escrever algo qui no Planeta sobre o blog Papaia Celestial, quando constatei que já não mais existia. Lamento muito, assim como lamentei o final do Fórum FARRA. A cultura de fato sai perdendo, como já disse outra vez.

De todo modo, esperamos ver de novo, no futuro próximo, os filmes antigos/raros que o Eudes sabe tirar do fundo do baú. Mas fica uma sugestão: separar os filmes eróticos dos demais. Nada contra, mas há coisas que não se deve misturar. Resta acompanhar o Rapadura Açucarada. No mais, um abraço!


segunda-feira, 19 de julho de 2010

PANDORUM




Quatermass




Taí um excelente thriller de ficção científica, com ares de filme B, bons efeitos especiais, história não muito original, porém bem roteirizado.



Pandorum (Pandorum – 2009) conta a viagem da gigantesca nave espacial Elysium daqui à quinhentos anos, cuja missão é a de transportar 60.000 pessoas de um planeta Terra há muito esgotado em recursos. Seu destino é Tânis, planeta gêmeo da Terra, porém, inexplorado e distante 123 anos.



Conta também o despertar de uma equipe de tripulantes que, por motivos desconhecidos, vem descobrir o trágico destino dos demais membros e de sua carga.

Paralelo à “existência-de-criaturas-assustadoras-devoradoras-de-homens” semelhantes às de Eu Sou A Lenda, corre solto uma série de dramas particulares, permeados por cenários lúgubres. Tais dramas vão aos poucos se fundindo, deixando para o final o desfecho de todos.





Por que elogiei o roteiro? Por que não chega despejando informações ao expectador antes da hora, mantém suspense e o interesse até a dupla descoberta final. É muito mais inteligente que os recentes Avatar ou mesmo Dante 1.

Mais uma grata surpresa: fazia tempo que não assistia uma atuação tão boa de Dennis Quaid, agora como comandante Payton.




Mas, afinal, o que é Pandorum? Síndrome Disfuncional Orbital – efeitos colaterais dos vôos espaciais, paranóia. Na verdade, o diretor Christian Alvart lida sutilmente com questões humanas, psique (e monstros, claro), sem ser maçante ou panfletário.



Ao contrário, Pandorum, de maneira muito discreta, supera, através de seus diálogos oblíquos, a rotina hollywoodiana em pobreza de idéias. James Cameron ao abordar a sustentabilidade da Terra deveria assistir Pandorum, e quem sabe daqui a treze anos produza algo mais original que “Pocahontas do Espaço”.



domingo, 18 de julho de 2010

TV RETRÔ ESPECIAL - THE JETSONS



Hanna-Barbera dos anos 60. Coisa boa.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A MALDIÇÃO DA FLOR DOURADA



Quatermass





Quando assistir este filme do chinês Yimou Zhang não esqueça dos óculos. Não me refiro aos 3D e sim aos escuros, tamanha é a intensidade de cores, principalmente o dourado e o vermelho.






A Maldição da Flor Dourada (Curse of the Golden Flower – 2006) passa-se durante a Dinastia Tang (618-907 DC), quando o Imperador Ping (Yun-Fat Chow, excelente) retorna ao palácio, uma vez consolidado seu poder sobre a China.




A Imperatriz (Gong Li) trama contra ele. Segunda esposa e mãe de dois dos três filhos, deseja que seu primogênito suceda ao pai em lugar do filho mais velho.




Para tanto organiza um exército rebelde sob o símbolo do Crisântemo (flor dourada) e marca o ataque ao palácio durante as Comemorações do Crisântemo.





O lado fraco desta bela obra é justamente o enredo: dramalhão, se comparado à Herói e O Clã das Adagas Voadoras, do mesmo diretor.




A imperatriz está apaixonada pelo sucessor direto do imperador; este, namora sem saber a meia-irmã (que é filha do médico real com a ex-primeira esposa de Ping – e este último pensa que está morta).





Sabedor das escapadas de sua cara-metade, Ping determina ao médico real que adicione “fungo da Pérsia” na medicação servida à imperatriz, veneno que com o tempo enlouquecerá a espertalhona.





Deixando um pouco de lado este aspecto dramático-romântico mexicano, o filme é de uma beleza plástica estonteante: o ataque das tropas rebeldes ao palácio, onde o brilho dourado das armaduras contrasta com a noite é sem igual; assim como o ataque dos assassinos do imperador à residência do médico.


É outro diretor oriental que tem fascínio por grandes cenas de batalha, e a deste filme, com certeza é das mais belas, hematofobicamente falando.



Para falar a verdade, mesmo com as tolas intrigas palacianas, cada imagem deste filme lembra as obras deste diretor, ou seja, são verdadeiras pinturas em movimento, onde a intensidade das cores e a coreografia se complementam criando um conjunto próprio e impressionante.




Às vezes é difícil ser um mero comentarista, quanto mais um crítico de cinema, principalmente quando despojado de noções de artes plásticas.




domingo, 4 de julho de 2010

SÊNECA E AS LIÇÕES DOS MESTRES




por Thintosecco





Há alguns dias coloquei aqui no blog algumas reflexões do pensador indiano Jiddu Krishnamurti. São palavras que realmente impressionam por sua clareza e nos convidam a buscar a verdade por nós mesmos.

Porém também é verdade que os ensinamentos dos mestres são muito bem-vindos.
Hoje vou de novo aproveitar o espaço eclético deste blog para transcrever palavras de um outro filósofo. Antigo no tempo, mas atual no conteúdo. 





Sêneca estudou o Direito Romano e chegou a atuar na Justiça Criminal, mas dedicou-se mesmo ao estudo da filosofia, sobretudo no campo da Ética.Embora vivendo num perído bem dificil do Império Romano (foi contemporâneo dos imperadores Calígula, Cláudio e Nero, de quem foi preceptor) pregou o estudo e a prática da Moral, baseada na razão.


O filósofo escreveu diversos livros, como: A Tranquilidade da Alma, A Clemência, Os Benefícios e A Vida Feliz (De Vita Beata). Foi deste último que extraí o texto a seguir, que compartilho com os amigos:




"Segundo todos os estóicos, eu sigo a natureza. É sabedoria não se afastar dela e adequar-se às suas leis e ao seu exemplo. É, pois, feliz a vida que está conforme a própria natureza.

Isso só pode acontecer, antes de tudo, se a mente for sã e estiver na plena posse de suas faculdades; se for verdadeiramente forte; decididamente paciente; adaptável às circunstâncias do tempo; atenta ao corpo e a tudo que o tange, mas sem ansiedade; amante das vantagens que aprimoram a qualidade da vida, mas com a devida precaução; enfim, pronta para servir-se dos dons da sorte sem dela tornar-se escravo.

Cuida de entender por ti mesmo, ainda que eu nada antecipe.

Importa perseguir a perpétua tranquilidade, a liberdade, removendo as causas da irritação e do temor.

No lugar dos prazeres pequenos e efêmeros que são mesquinhos e danosos, sobrevenha alegria expansiva, imperturbável, constante, seguida da paz na harmonia da alma, unida pela grandeza da mansidão.

Aliás, qualquer tipo de perversidade resulta de alguma deficiência."


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