Gostei desse vídeo principalmente porque
não fica só jogando dados e valores, mas mostra como a matemática
'codifica' a natureza, como se fosse uma linguagem de programação:
Considere as proporções do corpo humano, onde o inteiro é a soma das duas partes menores.
Se vc pegar por exemplo sua perna, e dividir a dimensão do pé até a bacia pelo pé até o joelho, vai dar um valor bem próximo ao numero áureo: 1,6....
Outro exemplo, ainda no corpo humano:
A perfeição do pentagrama também segue à risca a proporção áurea.
As sementes de um girassol formam o desenho de centenas de espirais áureas concentricas...
... assim como as flores do Abacaxi:
Acrescentei dois vídeos que explicam o que é a proporção áurea e como se manifesta na natureza e também nas artes. Curiosidade: o primeiro é um trecho de uma produção clássica da Disney: "Donald no País da Matemágica". Valeu. (Thintosecco)
Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia – 1962) é mais um épico dirigido pelo contador de histórias David Lean.
O roteiro de Robert Bolt baseia-se na obra Os Sete Pilares da Sabedoria, de T. E. Lawrence, o próprio, que nos relata a aventura muito romanceada de um fato real (mas, que em momento algum desmerece seu valor).
Cartógrafo do exército inglês durante a Primeira Guerra Mundial, Lawrence (Peter O’Toole) tem a incumbência de contatar líderes árabes tribais para oporem-se à dominação turca (na época a Turquia era aliada da Alemanha imperial e entre seus domínios estavam o Oriente Médio e Norte da África).
Descobre poder ser muito mais que um mero enviado ou interlocutor: possui a liderança necessária para unir as tribos e criar a nação árabe.
É um filme com imagens e trilha sonora de Maurice Jarre belíssimos, mas inadequado para espectadores impacientes. Como já disse, David Lean é um contador de histórias, o oposto de Michael Bay e Paul Anderson, ou seja, a obra é de longa duração (uns 215 minutos). Com um roteiro enxuto, bem que caberia em uma hora e meia ou pouco mais.
Nas mãos hábeis de Lean, Lawrence da Arábia, nos transmite a idéia de que homens aparentemente comuns podem transformar-se em líderes; de como o ser humano é pequeno diante da natureza; de como o espírito atormentado de Lawrence (em parte por ser homossexual em uma sociedade européia hipócrita e esnobe), limita suas próprias ambições, mesmo diante da perspicácia árabe; de como um mero emissário, transforma-se em líder e, após, perde o controle de seus comandados com a mesma rapidez que a conquistou; de como os interesses políticos se sobressaem às necessidades humanas mais básicas, como a liberdade e dignidade.
Por fim, explica em parte como os europeus esculhambaram o Oriente Médio (e, diga-se de passagem, a Ásia e África) em seus critérios dúbios de divisões territoriais e criação de Estados artificiais.
Lawrence da Arábia é tão grandioso quanto Ben Hur; porém, seu protagonista é real. O início começa com seu fim: um acidente de motocicleta em 1935 põe fim a um grande herói.
Um herói dos árabes, que descobriram nele o elemento catalisador de sua causa; e um herói de David Lean, um dos maiores diretores da história do cinema.
Na semana que passou assistimos no cinema ao filme Chico Xavier. Gostei.
Não vou comentar sobre o filme em si, mas o diretor Daniel Filho teve uma sacada muito legal que foi ancorar a narrativa numa reconstituição do programa Pinga Fogo, da extinta TV Tupi, exibido em 1971, que se constituiu numa longa entrevista com o Chico, ao estilo do atual "Roda Viva".
Acredito que quem assistiu ao filme deve ter ficado com curiosidade de ver mais cenas daquele programa. Pois existem vários clipes no You Tube e, no Google Video, uma sequência de mais de uma hora e meia, que corresponde à maior parte do programa. Há também vídeos do segundo programa, exibido em 1972. Vale conferir.
Selecionei dois trechos para esta postagem. No primeiro, Chico disserta sobre a exploração espacial. No segundo, trata de temas relacionados à reprodução artificial, psicanálise e reencarnação. Por fim, deixo o link do Google Video, já referido, AQUI. Valeu.
Seguem dois vídeos com manifestações explícitas de saudosismo pelos vídeo-games dos anos 80. Menos realismo e mais diversão, acreditem! Quanto ao segundo vídeo, será que alguém se lembrou do velho Karateka, dos tempos do Apple II?
Ainda ontem conversamos sobre esse clássico da ficção científica.
Coincidentemente, não faz muito foi lançada lá fora uma versão em DVD que parece bem interessante, em especial a versão de luxo. Pessoalmente, não costumo fazer esse tipo de investimento. Mas, para quem pode e curte, pode valer a pena.
Vale conferir o vídeo a seguir, narrado em português, com comentários sobre esse DVD e que, ainda, de passagem, fala um pouco sobre outros grandes filmes de ficção dos anos 50. Aliás, a maioria deles já foi comentada aqui neste blog. Mas quero deixar claro: só aproveitei o vídeo do You Tube, que não foi produzido por nós. Abraço!
No distante ano de 1976 a Rede Globo pôs no ar uma novela muito diferente, surpreendente e estarrecedora até – especialmente para nós que éramos meninos na época. Era Saramandaia, de Dias Gomes. Uma história recheada de acontecimentos bizarros e fenômenos sobrenaturais. Cito alguns personagens e seus absurdos: João Gibão possuía asas; Zico Rosado soltava formigas pelo nariz; Dona Redonda explodiu de tanto comer; Seu Cazuza ameaçava cuspir o coração toda vez que se emocionava; Marcina, quando excitada, fica em brasa, queimando tudo o que encostava; e o professor Aristóbulo virava lobisomem.
Mas entre tudo de inusitado que havia naquela novela – que saudade! – o que mais gravou em nossa memória foi o tema de abertura, interpretado por Ednardo: Pavão Misterioso, que a meninada adorava cantar. De onde saíra tudo aquilo? Principalmente aquela música, tão diferente? Essas perguntas que não queriam calar ficaram guardadas em nossa mente junto com as lembranças daquelas cenas tão curiosas.
Talvez o pessoal com mais contato com a cultura nordestina já soubesse que a obra tinha influência da literatura de cordel. Mas aqui no Sul acredito que não são muitos que conhecem o “Romance do Pavão Misterioso” que deu origem à música do Ednardo e que, na verdade, é um cordel. Uma bonita e curiosa aventura, que inclui até ficção científica, acreditem!
Esta postagem é o resultado de um pouco de pesquisa na rede sobre o "Pavão", cujas fontes cito ao final:
"Quem pensou que a história do pavão misterioso saiu da cabeça do compositor cearense Ednardo, errou. Quando o enredo é lembrado, a recorrência, sempre é associada à peça musical, de título homônimo, encomendada pela TV Globo ao artista para a trilha sonora da novela de Dias Gomes, Saramandaia, sucesso televisivo, em meados do anos 70, do século passado. Ednardo foi buscar inspiração nos versos (...) do Romance do Pavão Misterioso.'
'O Romance do Pavão Misterioso, escrito por José Camelo de Melo Rezende, em 1923, é o mais famoso folheto de cordel de todos os tempos.
Conta uma aventura aparentemente despretensiosa, mas de grande apelo popular, com raízes nos contos das Mil e uma Noites.'
O Pavão Misterioso” possui 141 estrofes de seis versos (sextilhas) de sete sílabas (redondilha maior). É narrada a história da Condessa Creuza, a moça mais bonita da Grécia, conservada pelo pai trancada desde a infância no mais alto quarto de um sobrado.Uma vez no ano, a moça aparece por uma hora ao povo, que vem de longe, só para contemplar-lhe a beleza.
Um retrato dela chega até a Turquia, onde mora Evangelista, que se apaixona pela bela figura da jovem. Dirigindo-se à Grécia, ele encomenda a um engenheiro um mecanismo alado – o Pavão Misterioso do título – a bordo do qual consegue chegar até o quarto da moça, raptando-a, depois de vários perigos e dificuldades.'
'A história inspirou a canção-tema da novela Saramandaia, composta por Ednardo. A novela, escrita por Alfredo Dias Gomes e exibida pela rede Globo em 1977, alavancou as vendas do folheto. A editora de cordéis Luzeiro, de São Paulo, que publica o Pavão Misterioso desde 1970, vendeu mais de 50 mil exemplares desta obra, no ano em que Saramandaia foi ao ar."
IMPORTANTE: É possível fazer o download gratuito da versão original do Romance do Pavão Misterioso, do site Domínio Público, em formato .pdf, por este link. Vale conferir.