Há 20 vinte anos (completados no último dia 21) foi embora deste plano o maior mito do rock nacional. Não me atrevo a comentar sobre o Raul , mas deixar de mencioná-lo também seria um "pecado". Seguem alguns clipes que acho que falam o bastante. E alguns pensamentos dele, retirados da relação que consta na wikipedia. Toca, Raul!
"Ninguem tem o direito de me julgar a não ser eu mesmo. Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender."
"Ninguém morre, as pessoas despertam do sonho da vida."
"Antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu."
"Todos os partidos são variantes do absolutismo. Não fundaremos mais partidos; o Estado é o seu estado de espírito."
A propósito de dois eventos relevantes dos últimos dias - o Mundial de Atletismo na Alemanha e uma nova passagem de Chuck Berry por Porto Alegre - me pareceu oportuno trazer de volta duas postagens relacionadas, especialmente para quem não teve oportunidade de ler na época.
A Olimpíadas de Berlim, em 1936, foram as primeiras da história com o objetivo de se propagar uma ideologia política. O III Reich incentivava o esporte com dois objetivos: produzir mais e melhores máquinas de guerra e gerar uma raça sadia. A obsessão nazista não se resumia apenas a judeus, como a Indústria do Holocausto adora citar, mas a políticos, doentes mentais, homossexuais, ciganos, eslavos e debilitados fisicamente, os quais já tinham sido selecionados para a solução final.
O espetáculo do regime tinha de estar garantido e o mundo deveria ver os Jogos de acordo com que a Alemanha de Hitler queria. Para isso, os fotógrafos e jornalistas participantes deveriam ser exclusivamente alemães. Leni Riefenstahl foi escolhida pelo COI para realizar o filme oficial dos Jogos. Cineasta renomada e protegida de Hitler, Riefenstahl havia dirigido os documentários "Vitória de Fé" e "Triunfo da Vontade", ambos sobre o partido nazista. "Olympia" inovou com técnicas e equipamentos revolucionários para a época. Com carta branca do Führer e uma equipe completa para realizar o filme, Riefenstahl pode fazer um documentário acima da propaganda nazista - aliás, há indícios que ela não era efetivamente nazista, mas apenas colaborou com o regime durante alguns anos.
Os preparativos para a realização dos jogos de 1936 foram grandes. Não se pode afirmar que os jogos de Berlim foram feitos apenas para provar a superioridade da raça ariana. Os alemães queriam mostrar a todo o mundo a um país reconstruído, economicamente forte e uma potência militar. No dia primeiro de agosto de 1936 tiveram início os Jogos Olímpicos de Verão com a "Marcha da Homenagem" de Wagner e os hinos da Alemanha e Nazista.
No futebol houve confusão em vários jogos, o principal foi a escandalosa vitória do Peru sobre a Áustria. Quando o time sul-americano vencia por 4 a 2 o juiz paralisou o jogo devido as invasões de campo e exigiu uma nova partida. Os peruanos tentaram reclamar, mas quem iria enfrentar os conterrâneos do Führer? No Peru os consulados do Reich foram apedrejados enquanto toda a delegação peruana abandonava os Jogos em protesto contra a "marmelada".
Outro caso curioso foi a expulsão da atleta estadunidense Eleanor Holm Jarrett, que foi acusada de má conduta e bebedeira durante a viagem de navio até a Europa. Dois boxeadores também foram enviados de volta aos EUA assim que chegaram ao Velho Continente. O Comitê Olímpico dos EUA não queria divulgar o caso mas posteriormente descobriu que se tratou de um incidente numa joalheira devido a comentários sobre a política racial dos nazistas. Ou seja, os atletas que defendiam a liberdade de expressão foram cortados da delegação dos EUA.
O caso menos comentado é do corte dos corredores judeus Sam Stoller e Marty Glickman. Eles foram substituídos por dois atletas negros: Ralph Metcalf e Jesse Owens. Sim, Owens era "reserva" na equipe americana!
Antes de começar a saga de Owens, Cornelius Johnson, um outro negro, ganhou a medalha de ouro no salto em altura. Hitler que até então tinha apertado a mão dos vencedores de atletismo se retirou do estádio. Daí em diante começava o show de Jesse Owens, que venceu os 100m e 200m rasos, revezamento de 400m e salto em distância, Quando Owens venceu a prova dos 200m ele mirou seus olhos para o COI e não para a tribuna de Hitler, que já não estava mais lá para conferir o seu feito. A versão conhecida de que Hitler tenha abandonado o estádio quando Owens venceu, foi confundida com a historia de Cornelius. Talvez a imprensa assim fez parecer pelo fato de Owens ter sido o maior vitorioso daquela edição olímpica, o que serviria como uma melhor propaganda anti-nazista. Nesta história quem saiu ofuscado foi Cornelius Johnson.
Os EUA, que trataram seus atletas negros como auxiliares, conseguiram vencer 10 provas de atletismo. Destas, 6 medalhas de ouro foram conseguidas com a participação de quatro negros. Os feitos dos negros Cornelius Johnson, Ralph Metcalfe (revezamento de 400m) e Woodruff Willianson (800m) ao conquistarem medalhas de ouro em plena Berlim nazista foram apagados diante das quatro medalhas de Owens. Na equipe americana havia ainda um atleta indígena: o maratonista Ellison "Tarzan" Brown.
Na época, os atletas eram tratados com desprezo, por isso começaram um movimento por melhores condições. Além de não serem remunerados eram descontados em certas ocasiões enquanto os dirigentes eram recepcionados com todo o luxo. Owens, apesar de herói nacional e utilizado como propaganda de um país justo, democrático e liberal, fez várias turnês pela Europa sem tirar proveito econômico da situação. Cansado, Owens se rebelou durante apresentações na Europa e ao retornar para os EUA decidiu não mais disputar medalhas pela Associação Estadunidense.
Quanto a Cornelius Johnson, alguns anos depois afastou-se das competições e foi trabalhar como carteiro. Depois, tornou-se marinheiro mercante, profissão na qual adquiriu uma pneumonia que custou-lhe a vida, com apenas 32 anos de idade.
Talvez a maior lição de vida que se possa obter do caso Owens (e seus companheiros), não seja a historia com Adolf Hitler, que é repleta de especulações. Seu maior mérito talvez esteja em fazer seus próprios conterrâneos aceitarem e respeitar cidadãos afro-descendentes, o que em muitos momentos Owens chegou comentar em sua biografia.
Chuck Berry ou Charles Edward Anderson Berry (Saint Louis, Missouri, 18 de outubro de 1926) é apontado por muitos como o inventor do Rock and Roll. Enquanto ainda existem controvérsias sobre quem lançou o primeiro disco de rock, as primeiras gravações de Chuck Berry, como "Maybellene", de 1955, sintetizavam totalmente o formato rock and roll, combinando blues com música country e versos juvenis sobre garotas e carros, com dicção impecável e diferentes solos de guitarra. A maioria de suas gravações mais famosas foram lançadas pela Chess Records, com o pianista Johnnie Johnson, o baixista Willie Dixon e o baterista Fred Below. Juntamente com o guitarrista Berry, eles se tornaram o sumário de uma banda de rock.
Durante sua carreira ele gravaria tanto baladas românticas quanto blues, mas foi no recém-nascido rock que Berry ganhou sua fama. Ele gravou mais de trinta sucessos a aparecerem no Top Ten, e suas canções ganharam versões de centenas de músicos de blues, country e rock and roll. Entre seus clássicos podemos citar "Roll Over Beethoven", "Sweet Little Sixteen", "Route 66", "Memphis", "Johnny B. Goode" (que possui provavelmente a mais famosa introdução de guitarra da história do rock), "Nadine", entre outras. Como exemplo de sua influência profunda, podemos lembrar das bandas inglesas dos anos 60. The Beatles, Animals, Rolling Stones, entre outros, regravaram suas músicas. Os Rolling Stones literalmente basearam seu estilo de tocar rock 'n' roll no dele. Quando Keith Richards premiou Berry no Hall da Fama, disse: "É difícil pra mim apresentar Chuck Berry, porque eu copiei todos os acordes que ele já tocou!" (fonte: wikipedia)
Vídeo clássico de Roll Over Beethoven, que também foi um sucesso dos Beatles, em sua primeira fase.
Pois A Lenda está aí! Acreditem! Do alto de seus 81 anos - e mais de 50 de rock'n'roll - o velho e bom Chuck Berry tocou dia 17 no Rio e no dia 18 em São Paulo (as imagens acima - copiadas da Globo.com - são desse show). Estará ainda no dia 20 em Curitiba e dia 21 em Porto Alegre. Velho? Que nada. Ainda chama as garotas pra dançar. O Chuck é como o bom vinho. Para aqueles que sabem apreciar!
A propósito. Chuck Berry combina com sci-fi? Claro! No filme De Volta para o Futuro, o personagem Marty McFly toca "Johny B. Goode" no baile da escola, numa época (1955) em que o rock ainda não existia. O primo do Chuck, Marvin Berry (que estava tocando no mesmo baile com sua banda Marvin Berry and the Starlighters) liga pro Chuck para contar da "nova música que ele estava procurando". Outra curiosidade: "Sweet Little Sixteen" foi executada na Lua durante a viagem da Apolo 11.
Há algum tempo me pediram para escrever sobre revistas no blog. Não sou nenhum especialista, mas acho que posso recomendar três leituras aos amigos. Sabem que, por incrível que possa parecer, ainda existem algumas publicações que podem valer uma visita a uma banca/revistaria e o investimento de alguns reais?
GALILEU. Como muitos hão de concordar, essa concorrente da Superinteressante há muito tempo superou sua rival e me parece que segue abrindo vantagem. Cada vez melhor essa revista, até de forma supreendente. Não se aprofunda demais nos temas científicos (quem quiser seguir por esse caminho tem a opção da Scientific American em versão nacional) , mas de fato traz assuntos interessantes. A edição atual relaciona 20 brasileiros geniais da atualidade, incluindo o neurocientista Miguel Nicolelis, a geóloga da NASA Rosaly Lopes , o quadrinhista Rafael Grampá e até o Marcelo Tas (do CQC) , mas como todo tipo de lista essa também tem suas polêmicas, como incluir o Boninho, aquele do BBB (?). Uma outra matéria instigante é "O Futuro da Arte", que assim como outras, também vale ser conferida.
PIAUÍ. Textos alternativos e inteligentes que vão da política às artes. Bem diferente, tanto na forma como no conteúdo, do que se encontra em revistas do tipo Veja ou Isto É. Mas é uma revista até difícil de comentar, porque os colaboradores são variados e cada edição é diferenciada. E ainda não conferi a atual, n° 35.
ROLLING STONE. A versão nacional dessa revista clássica que trata de música e cultura pop em geral. O detalhe é que o site da Rolling Stone está bem legal e dá uma boa "palhinha" do conteúdo da revista impressa. Destaques do mês: Os 20 anos sem Raul e os 40 anos do Festival de Woodstock. E às vezes tem até mulher bonita, como no exemplo ao lado.
Não faz muito tempo se dizia que o importante era o acesso à informação. Acho que já estamos numa fase em que - salvo o caso daquelas pessoas ainda completamente excluídas na sociedade - quantidade de informação não falta mais. A questão é muito mais a qualidade da informação. Qualidade essa que, procurando bem, se acha. Abraço!
Sou um sujeito que se tem por ser uma pessoa extremamente paciente e razoavelmente calma. Mas há coisas que me tiram imediatamente do sério. Uma delas: a de que um filme tem início, meio e fim.
Explico: certas obras começam bem e depois degringolam; ou custam a engrenar e depois se tornam interessantes.
O Enigma do Horizonte (Event Horizon – 1997)é um meio termo, um híbrido: começa a trezentos por hora, rápido demais até para certos críticos de Alien - O Oitavo Passageiro; no meio do filme, desperta alguma curiosidade; e seus últimos trinta minutos fazem com que o expectador desejasse nunca ter assistido! Quando o filme estreou, não conhecia o diretor Paul W. S. Anderson e depois dele não tenho interesse em ver mais nenhum!
A história é muito boa, o problema é o roteiro que é extremamente tolo e Paul Anderson o seguiu à risca: no ano de 2.040 a gigantesca nave espacial Event Horizon é a primeira a dispor de um motor de dobra espacial (tal como em Star Trek). Mas em seu primeiro salto desaparece e sete anos depois é localizada na órbita de Júpiter.
A nave de salvamento Louis & Clark, comandada por Laurence Fishburne (Capitão Miller) deve não só resgatá-la como descobrir a causa de seu desaparecimento e o destino de seus tripulantes. A bordo também está Sam Neil (Dr. William Weir), cuja esposa era tripulante da titânica nave.
Lembra um pouco Esfera, Sunshine, 2010 e Abismo Negro – uma nave gigantesca e misteriosa a ser explorada. Tecnicamente falando, o filme é perfeito: o desenho de produção, fotografia e os efeitos especiais são criativos e muito bons – verdadeiro desperdício de talento, mas merece a referência!
O problema é que o filme tenta mesclar terror barato com ficção (não confunda com o primeiro Alien, que combinava inteligentemente suspense com ficção) – e taí o principal defeito do filme: falta de inteligência.
Exemplos? Toma três: a) os tripulantes começam a ser mortos um por um - grande novidade; b) um deles enlouquece; c) existe(m) um(uns) ser(es) maligno(s) a bordo da Event Horizon. Só que a explicação encontrada para tal estado de coisas é tão estúpida que não conto para não estragar o final – injustamente seria o segundo a fazê-lo: o primeiro que o fez foi seu diretor!
O mês de julho foi de muito trabalho e poucos posts. Coisas importantes também foram deixadas para depois. Por grande pecado deixei passar o aniversário do grande parceiro Luciano, o MrOx aqui do Planeta, um amigo fiel de dois mundos: o real e o digital.
Então, tentando me redimir um pouco, fica a homenagem nosso planetário "veloz e furioso", com o retorno de dois posts sugeridos direta ou indiretamente por MrOx: O Primeiro Supercomputador e Piratas da Informática. Aliás, volta e meia o cara nos surge com coisas interessantes, principalmente do mundo da informática, onde ele é master. No mais, um pouco de velocidade, video-game e rock'n'roll. E um grande abraço! Pros outros amigos também!
Seymour Cray é considerado o Isaac Newton da ciência da supercomputação. As empresas que constroem supercomputadores ainda hoje seguem as idéias deste ilustre senhor que morreu a mais de 10 anos.
É impossível falar de supercomputadores sem citar o pioneirismo das máquinas fabricadas pelo designer norte americano, Seymour Cray. Fundou a Cray Research em Colorado Springs(1972) e criou seu primeiro supercomputador, o CRAY-1 (1976), com200,000 freon-cooled ICs 3 e 133 milhões de operações de ponto flutuante por segundo, ou seja, capaz de atingir o pico de 133 Megaflops. Uma das razões do grande sucesso do Cray 1, quando saiu para venda em 1976, era o facto de conseguir realizar mais de cem milhões de operações aritméticas por segundo. A velocidademáxima da máquina era 160 MFLOPS. A primeira implementação deste sistema foi no "Los Alamos National Laboratory", nos EUA.
Se procurasse construir uma máquina destas pelo processo tradicional necessitaria de 200 PCs interligados. Foram produzidos 16 Cray 1. Custavam cerca de 700.000 dólares. Uma das coisas interessantes era que se podia encomendar a máquina na cor que desejássemos. Isto ainda é verdade hoje em dia. O Cray 1 (1976) realizava cem milhões de operações aritméticas por segundo e tinha 4 MB de memoria RAM.
Cada Cray 1 demorava meses para ser construído. Os milhares de placas e fios tinham de estar cuidadosamente colocados. Era uma máquina feita manualmente, trabalho artesanal de qualidade superior. Ao abrir a máquina parece que os fios são uma grande confusão, mas na realidade cada um deles tem um comprimento correto e preciso. Possuía uma forma em C, o que reduzia o comprimento dos fios e assim o tempo que os sinais necessitavam para viajar de um local para outro.
Essencialmente esta máquina enorme era única e não se assemelhava a nada que houvesse sido pensado antes. Precisava de sistemas de arrefecimento especiais para que não derretesse. Os empregados de Seymour Cray inclusive utilizavam estas máquinas para aquecer os seus escritórios durante os Invernos rigorosos do Minnesota.
Outra de suas idéias originais, e que são usadas até hoje, era refrigerar o supercomputador com liquido. O ar não passava pelos chips, pois as altas temperaturas prejudicavam a eficiência desta forma de resfriamento. Se hoje é normal e temos sistemas de refrigeração líquida muito bons e caros, naqueles gloriosos anos 80, colocar líquido em um aparelho eletrônico era coisa de doido.
O principio foi usado no Cray 2, que utiliza um líquido não condutor chamado de Fluorinert para resfriar seus processadores. O Fluorinert foi desenvolvido pela 3M como um plasma sangüíneo substituto para ser utilizado em cirurgias quando não existia tempo para tipificar o grupo sangüíneo do paciente. Lançado em 1985, o CRAY-2 tinha desempenho de 1,9 Gigaflops. Na época, esse computador tinha a maior memória do mundo: 2 Gigabytes, uma quantidade gigantesca.
As máquinas de Cray eram muito rápidas. Parte do sucesso devia-se ao fato de Cray ser um sonhador e não ligar muito para o preço das coisas. Seymour Cray foi o primeiro a considerar que havia necessidade de se utilizar memórias rápidas para que o elevado poder de processamento não se tornasse inútil: "Qualquer um pode construir uma CPU rápida. O truque é construir um sistema rápido". Contudo, hoje em dia o Cray 1 é apenas uma peça de museu.
E os super- computadores no cinema? Mencionei tempos atrás o filme Jogos de Guerra (War Games - 1982), em que um garoto, sem querer, invade o computador do sistema de defesa dos Estados Unidos e, pensando estar jogando um simples vídeo-game quase provoca a terceira guerra mundial. Há um filme mais antigo, considerado cult, que é o Colossus: The Forbin Project (1970), com um tema semelhante.Deixo o trailer e, se alguém quiser comentar, fique à vontade. Também achei mais algumas informações no siteNostalgiaBr. (Thintosecco)
Dizem as más línguas que é gênio, mas que nunca criou nada; um aproveitador de idéias alheias, principalmente de Steve Jobs; um espertalhão que blefou diante dos executivos da IBM, dizendo possuir um sistema operacional chamados DOS (e que na verdade só tinha o nome na cabeça, mais nada), permitindo surrupiar da empresa o que ela havia criado de melhor: uma interface gráfica posteriormente chamada de Windows, o mouse, e outras coisas inúteis hoje em dia. Piratas da informática (Pirates of Silicon Valley – 1999)não é daqueles semi-documentários maçantes, que para cada cena consta legenda com local, data e hora; ao contrário, a narrativa é bem dinâmica e por demais sarcástica. Basicamente, conta a história paralela de Steve Jobs e Bill Gates. No fundo, dois gênios: o primeiro, visionário; o segundo, que conseguiu transformar em dinheiro juntando um punhado de idéias alheias.
Mas sejamos francos, há méritos nisto tudo porque se dependêssemos da IBM, sua interface gráfica e o ratinho ficariam esquecidos e empoeirados para todo o sempre. Aliás, no início dos anos oitenta, quem acreditaria na popularização do computador pessoal se não fossem estes dois caras? De que adiantaria software livre, Linux & cia sem microcomputador ou uma Microsoft para apedrejar? Que vivam por muito tempo estes dois doidos. Mas veja o filme para ver como tudo realmente começou.