por Quatermass
Quem ainda usa videocassete? Eta aparelhinho que durou! Já tive vários e quase todos tiveram que ser trocados por que o “bendito” cabeçote estava desgastado ou desmagnetizado ou o que seja.
Produto dos anos setenta que ingressou lentamente nos anos oitenta. O meu primeiro foi um Sharp, lá pelos fins de 1982. Era ele e o Betamax da Sony, com padrão de fita diferente, porem superior. Assim como o Odissey e o Atari, a briga durou um tempo até que o padrão VHS foi o vitorioso. Aí vão pensar: tudo lindo e maravilhoso, as pessoas se jogaram e compraram milhões como os DVD players. Errado!
Ainda em 1982/83 as fitas VHS eram raras e caras, pois eram importadas. Chegaram a custar 10% ou mais do valor de um videocassete, que não era barato. Em 1986 as fitas sumiram do mercado, como tudo mais no Plano Cruzado.
Em 1986 também foi o ano que o Sharp começou a incomodar. Na autorizada me foi dito o seguinte: que o problema (tendência de mastigar fitas e travar) era provocado por um defeito de projeto no mecanismo do motor. QUE BOM! Paga-se caro por uma porcaria! E logo em 1986 com tudo sumindo, com a fita BASF alemã que veio de brinde no aparelho e mais meia dúzia que deu para encontrar e comprar (na verdade, havia milhares de fitas TDK paraguaias para vender, só que nenhuma funcionava, ou seja, era o mesmo que nada). Destino: caridade.
Passo para o segundo aparelho: um Sanyo. Ah, que saudades! Funcionou bem até 1989 quando de tanto usar seu cabeçote foi pro beleléu! E então, como não tinha peça original nova na assistência técnica, colocaram uma “recondicionada”. Nunca funcionou direito: o som era tão abafado que não se ouvia quase nada. Destino: caridade.
E por aí foi até que no início do novo milênio me dei conta de que dois terços de meu acervo de fitas VHS estava comprometido: umas tinham tanto mofo que havia uma camada branca na fita que visto de cima parecia glacê; outras produziam um óleo que sujava com incrível frequência os cabeçotes. Desnecessário dizer que aprendi a abrir os aparelhos para passar cotonetes com álcool, fins de limpeza. Conclusão: videocassete é um aparelho com vida útil extremamente curta, é como um computador sem software.
A verdadeira epopéia em gostar de filmes não se resume apenas em lembrar dos filmes, mas também dos apuros em vê-los, gravá-los e mantê-los. Ao pensar nos gastos que uma pessoa dispende com estas mídias durante a vida, chega-se a conclusão que o governo faz bem em criar tantos impostos e taxas, senão gastaríamos muito mais!
4 comentários:
Gastei uma pequena fortuna ao longo dos anos, comprando fitas VHS de anime, seja originais americanas, seja de fansubbers (que saiam a uns 10 dólares cada). Hoje em dia, a maioria delas nem funciona e grande parte do material pode ser baixado na internet. Fazer o que? Jogar as fitas fora.
Salve.
Eu também gastei uma grana com fitas VHS. Meu primeiro videocassete só foi possível adquirir nos anos 90, um Gradiente. Com ele gravei muitos filmes, principalmente da tevê. Com o tempo aprendi a ligar dois e fazer montagens com fitas encontras em sebos. Com isso criei um pequeno acervo que está duro de conservar. A casa onde moro é umida e já perdi algumas reliquias. Alguns filmes encontro pela Internet. Outros nem pensar. Não tiveram sucesso comercial ou não foram digitalizados. O Gradiente pifou de velho, adquiri dois Panasonica 7 cabeças, mas também abriu o bico e agora estão encostados porque não encontro peça e não consegui passar todas as fitas para o gravador de dvd, um LG de mesa. Pretendo continuar pesquisando, de repente encontro algum técnico que tenha condições de consertar os videos. Sinceramente, eu estou com pena de jogar os aparelhos e as fitas fora. Se doar ambos, diante da cena, certamente vão ficar parado em algum canto e criando poeira...
Oubí
Cidade Tiradentes para o mundo...
Puts se eu tivesse visto isso a anos atras eu iria querer essas fitas
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