Quatermass
Brasil, um país sul-americano, de dimensões continentais, com 8.514.876,599 km². Irlanda, terceira maior ilha da Europa, com 84.421 km², vizinha da outrora toda poderosa Inglaterra. Brasil, país da alegria, do futebol e do carnaval. Irlanda, terra do U2, do conflito católico-protestante e do IRA. Personalidades brasileiras lá fora: Pelé, Ronaldinho e Ronaldo (o Gordo). Personalidades irlandesas: Bono Vox. Não falta falar sobre a mulher? Então lá vai: no Brasil é a mulata; na Irlanda... na Irlanda... na Irlanda... Ah! Enya.
Não que tivesse me esquecido, mas o Brasil continental, com cento e tantos milhões de habitantes, com um dos maiores índices de desigualdades sociais do mundo mal conhece. E apesar de tudo isto que acabei de dizer, o brasileiro deveria ser obrigado a saber? Aí depende! Se for sobre as três figuras masculinas, até que a maioria sabe quem são! Na miséria, o futebol e a figura masculina repercutem mais e com maior intensidade que a música e a presença feminina. Afinal durante a Copa do Mundo, quando a seleção brasileira joga o país pára. Será que na Irlanda é assim?
Vamos então reduzir esse imenso universo humano a um indivíduo: EU! Sinceramente, só assisto aos jogos da seleção brasileira durante a Copa, as partidas fora deste evento são piadas. Já notaram que o técnico em definitivo da seleção é sempre o do ano da Copa? E entre o período de quatro anos que entremeia as Copas o que faço? Também ouço música. Pra variar, aquilo que ninguém conhece/gosta/escuta: Jethro Tull e... Enya (Eithne Patricia Ní Bhraonáin).
Ah! New Age! Totalmente diferente de rock progressivo, folk, samba ou o que quer que seja. Pra falar a verdade de New Age só curto ela! Como o Tull, a relação é antiga: lá pelo final dos anos oitenta quando a programação da TV Bandeirantes ainda não era dominada pelos evangélicos, de madrugada exibiam videoclips. Um destes: Orinoco Flow, oriundo do disco Watermark, de 1988.
A música era etérea, o visual idem e a morena belíssima. Enya é a minha musa musical: desde aquele clip nunca mais deixei de ouvir suas músicas, ainda que a maioria seja para fazer boi dormir! Outras se sobressaem: como sua produção é inconstante, volta e meia estoura um hit e em 1991 saiu outro - Caribbean Blue. Este sim! Foi paixão total, visual e musicalmente falando. O clip parecia um quadro à óleo e com a música me sentia nas núvens. Agora a letra... New Age é assim: É PARA OUVIR ! NÃO LEVAR À SÉRIO! Então ouça, pelos video clips, ou acompanhe as letras: mistura de celta, com latim e inglês, que falam vagamente sobre algo e que liga nada a lugar nenhum e que ao invés de uma volta de 180 graus, faz logo 360! MAS QUEM LIGA? Eu sou a minoria que adora ela e ponto final!
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