por Quatermass
Já havia dito há algum tempo que
uma das vantagens deste blog é a liberdade. Liberdade, no sentido de livre
expressão, liberta impressão, intocável e inenarrável sentimentalização.
Por
ora livre do serviço, passei os primeiro dias de julho dentro de casa ouvindo
música. Enquanto perdurar esta rara e inédita situação, evitarei as multidões,
de suas dignas e merecedoras reivindicações; mesmo porque, como um foragido, vá
que algum colega me veja e convoque de volta.
Também já havia dito várias vezes
ao Thintosecco: férias é ter tempo de fazer o que gosta, mesmo que seja numa
única tarde poder sentar no café da Livraria Cultura, tomar demoradamente um
cappuccino e ver as pessoas pegarem um livro, lê-lo ou fingir que o estão fazendo
e depois deixar novamente na estante.
Porém, se nominalmente estiver nesta condição e não tiver tempo de curtir algo, voltarei para o trabalho!
Porém, se nominalmente estiver nesta condição e não tiver tempo de curtir algo, voltarei para o trabalho!
Às vezes o voo é
longo: fecho os olhos e escuto uma melodia manhosa celta ou folk flauteado;
outras, ouço gaita de fole. Prá falar a verdade sou um segregador musical:
gosto de algumas bandas/cantores e às vezes, destes, somente uma ou duas
canções. O Wings é um exemplo.
Dos quatro Beatles, oficialmente os geniais
foram três; Ringo Starr era e continua sendo o mais esperto. Após anos de
brigas/disputas/ciúmes, os Beatles acabaram e cada foi por si. Paul criou uma
banda. Era pop/rock.
Sua música era comercial, muito mais que a de seu rival
John Lennon, este preocupado em salvar a humanidade, se meter em polêmicas e provar
a todos que transava com a japonesa.
Só que Paul e Ringo ainda estão aí tocando, enquanto que John e George se foram, ou seja, a genialidade ingênua se foi e o pop/rock maneiro ficou. Um pop/rock muito bem executado, com feições ora escapistas, ora geniais, ora inesquecíveis, ora bobas.
Só que Paul e Ringo ainda estão aí tocando, enquanto que John e George se foram, ou seja, a genialidade ingênua se foi e o pop/rock maneiro ficou. Um pop/rock muito bem executado, com feições ora escapistas, ora geniais, ora inesquecíveis, ora bobas.
Nunca vou me
esquecer de que no início dos anos oitenta existia um programinha muito legal
na TV Educativa aos sábados à tarde chamado Onda 82. Nele tocavam clips de
bandas/cantores famosos, um deles o Wings de Paul McCartney, e de seu
repertório, Mull of KIntyre.
Mull of Kintyre e sua gaita de fole prestam
homenagem a uma península escocesa homônima e também onde Paul possui uma
fazenda. Não detenho o notável saber musical de nosso blogmaster, mas sempre
que posso ouço esta música do Wings – e confesso que de todas é a que mais
gosto.
Foi um single lançado no final de 1977 e tornou-se hit mundial. Como os
Beatles, o Wings acabou, mas não Paul, que segue sua jornada.
Houve épocas em que desejava estar lá na Escócia ou voltar trinta anos no tempo; mas já que o momento não permite, curto a musica em casa!
Houve épocas em que desejava estar lá na Escócia ou voltar trinta anos no tempo; mas já que o momento não permite, curto a musica em casa!
1 comentários:
Muito bom! Há tempos não ouvia essa belíssima música. O ONDA foi um dos melhores programas de clipes e ajudou muita gente a aprimorar seu gosto musical e conhecer bandas antigas e/ou diferentes do padrão da época. Conheci muitos clássicos do pop/rock por meio dele. Bem lembrado e bem escrito!
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