Uma aula de música e astronomia é como posso me referir a esse clipe do tema Albedo 0,39 do compositor Vangelis.
Trata-se da última faixa do excelente álbum de mesmo nome lançado no distante ano de 1976, na qual Vangelis colocou uma narração com diversos dados acerca da Terra. E aí reside a grande curiosidade desse clipe porque, repito, a aula de astronomia já fazia parte da música, na concepção original do Vangelis!
Mesmo assim, está de parabéns quem colocou as ilustrações, legendou e upou. Vale a pena assitir. E também conferir na respectiva página do You Tube a explicação de alguns desses termos astronômicos.
O álbum Albedo 0,39 está entre os melhores de Vangelis e alguns de seus temas chegaram a ser utilizados no seriado Cosmos, apresentado por Carl Sagan.
Até há poucos dias minha idéia era passar longe
desse filme, que eu pensava ter tudo para ser ruim, muito ruim. Mas não é.
por Thintosecco
"Um
musical de rock sem roqueiro de verdade como protagonista? Em vez disso, o Tom
Cruise cantando? Peraí... mas o Cruise já não está muito velho para um papel
desse? Credo, isso será uma bomba..." Esses eram os pensamentos que me ocorriam a respeito desse filme. Mas, se você assistí-lo sem muitas expectativas, como fiz, terá diversão
garantida.
Embora se trate de um musical - e é importante não esquecer disso - o
filme é bem dirigido, equilibrado, e tem bastante humor, com destaque para o
personagem Stacee Jaxx, vivido pelo próprio Tom Cruise. São
diversos os momentos engraçados com ele, especialmente quando junto de seu
babuíno de estimação, o Hey Man. Impagável!
Trata-se de um rockstar arquetípico, caricato, mas também humano,
detonado por uma vida de sexo, drogas e rock'n'roll levados ao extremo, mas
ainda com bastante gás para incendiar um palco. Aliás, no palco o Cruise/Jaxx
surpreende ainda mais, já que inclusive canta de verdade e não faz feio.
Alec
Baldwin surpreende como o veterano dono do Bar Bourbon, que lançou várias
bandas de sucesso, entre as quais o Arsenal, liderada pelo Stacee Jaxx. Mas agora o bar está à beira da falência.
Para complicar sua situação, o fechamento do bar
também é exigido por um grupo de senhoras puritanas, liderado pela personagem
vivida por Catherine Zeta-Jones, engraçadíssima nesse filme. Ela é esposa de um
político e, no fundo (descobre-se depois) tem motivos muito pessoais para implicar
com os roqueiros. Outro destaque é o empresário inescrupuloso interpretado por
Paul Giamati, também muito bem no papel.
É verdade
que o roteiro foi muito "adoçado" em relação ao texto do musical da
Broadway do qual o filme foi adaptado. E a história principal ficou bem
água-com-açúcar, com direito ao par romântico formado pelo rapaz e pela garota
que buscam a fama na Los Angeles dos meados do anos 80. Mas as tramas paralelas
são interessantes e, além do humor, trazem a curiosidade de ter certa relação com
fatos reais.
O bar em questão realmente existiu e a liga de
puritanas faz referência ao PMRC, grupo de esposas de senadores
norte-americanos, liderado pela sra. Tipper Gore, então esposa de Al Gore, que lá
pelos idos de 1985 queria censurar o rock, o que foi evitado por um pequeno e
inusitado grupo de heróis da música (incluindo Frank Zappa, Dee Snider e John
Denver).
Voltando
a Rock of Ages, sobressai acima de tudo a música. Muito embora a trilha sonora
seja composta de músicas de bandas consideradas de segundo escalão do rock
(como Journey, Def Leppard, Twisted Sister, Foreigner...), são boas o
suficiente para emocionar os fãs do estilo. Pode não ser o melhor dos melhores,
mas é rock de verdade.
Então chego a uma conclusão: o verdadeiro rock'n'roll
continua sendo rock'n'roll, ainda quando cantado por roqueiros de mentira. Uma
muito boa surpresa.
Assista. Se achar que não vale a pena o investimento no cinema, ao menos anote para ver depois, no dvd, tv ou pc. Agradecimentos
à Fé do blog Vintage69, por me sugerir o filme.