Quatermass
Que saudades deste filme de Belmondo! Só assisti O Magnífico (Le Magnifique – 1973) pela Rede Globo até que a emissora parou de transmitir. Nunca saiu em VHS e até o momento nem em DVD.
A história é sensacional e o expectador chora de tanto rir. Bob Saint-Clair, alias François Merlin, alias Jean-Paul Belmondo são a mesma pessoa - pela ordem: o agente fictício criado pelo escritor interpretado pelo ator. Não entendeu? Explico de novo, na ordem inversa: Jean-Paul Belmondo interpreta um escritor que vive criando novelas do super agente secreto Bob Saint-Clair.
Seus personagens são mesclados com os da vida real. Se alguém cruza em seu caminho acaba num de seus livros. O editor, Charron (aliás Vittorio Caprioli), que o explora até o último centavo, é o vilão número um de Saint-Clair: o traiçoeiro e inescrupuloso Karpof. Os encanadores que não fizeram o conserto em seu paupérrimo apartamento são os asseclas do canalha. A bela vizinha Christine (alías, Jacqueline Bisset) é Tatiana, a mocinha e Saint-Clair-girl.
Ao contrário de sua vida miserável, Merlin transfere a realidade e anseios para as histórias e Saint-Clair passa a ser eu alter-ego: vivendo em Acapulco, andando em carrões, amado pelas mulheres e é o único ser capaz de salvar o mundo ocidental-cristão das maldades de seus inimigos.
A coisa degringola quando tenta flertar a vizinha e esta o rejeita, fascinada pelo herói. Sobra então para o agente: atropelado duas vezes pela ambulância que deveria socorrê-lo é abandonado por contrair varíola e sua bela parceira é seviciada pelos fuzileiros do Tio Sam que deveriam salvá-la!
Um belo filme de Phillipe de Broca que mistura ficção com realidade; que começa como sonho termina com o despertar do escritor. Mas até lá muita gargalhada já foi dada!
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