por Quatermass
Robin Williams é um ator que gosta de fazer caretas, imitações e ter chiliques, ao contrário da trupe do Monthy Python, que usa do humor escracho e non-sense. Mas diferentemente dos malucos britânicos, cujo humor sempre deu certo; o ator americano fica deslocado em alguns filmes.
Amor Além da Vida (What Dreams May Came – 1998) é um destes filmes. Numa incursão pelo drama e fantasia, ele às vezes parece ser contido por Annabella Sciorra, Cuba Gooding Jr. e Max von Sydow, de desempenhos muito superiores, por um único motivo: não cabe humor nem caretas nesta história!
Uma família tipicamente americana sofre um duro golpe quando os dois filhos do casal morrem num acidente automobilístico. A esposa, Annie Nielsen (a bela Annabella Sciorra), torna-se depressiva; e o marido, Chris (Robin Williams), refugia-se em seu trabalho. Ambos levam uma vida de faz-de-conta até uma nova tragédia abater-se sobre o casal: ele também morre.
Vai para o céu, muito personalizado, pois o cenário é o das obras pintadas por sua cara-metade. O reencontro com a filha é um momento extremamente delicado e tocante. No entanto, lhe é contado que a bela Annabella, em último grau de depressão cometeu suicídio.
Feliz, num primeiro momento, ante a expectativa de reencontrá-la, vem a saber que o destino dos suicidas é outro. Daí parte para uma jornada em busca da esposa, através de seu antigo professor (Max von Sydow) e o filho (Cuba Gooding Jr.).
A cena final, onde finalmente a encontra é um primor de roteiro e direção, utilizando inteligentemente diálogos e flashbacks. É um belo filme, apesar da história triste, mas que carrega uma mensagem bonita: o amor em sua total plenitude.
Curiosamente, é um filme essencialmente espírita, com conceitos de castigo, almas-gêmeas e reencarnação raramente visto em produções americanas, enquanto o Brasil é o país com o maior número de adeptos do espiritismo no mundo.
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