1ª PARTE: F.P.1 ANTWORTET NICHT
por Quatermass
Apesar de muito badalada, Metrópolis (1927) representa o marco da ficção científica no cinema mudo. A Mulher na Lua (Frau im Mond - 1929) também.
No entanto, há três filmes alemães do início dos anos trinta, que, além de desconhecidos do grande público e da maioria dos aficionados, são ignorados pela crítica e mídia. Pela ordem: F. P. 1 Antwortet Nicht (1932), Der Tunnel (1933) e Gold (1934). Cada um merecerá uma postagem própria.
Começo por F. P. 1 Antworted Nicht. Apesar de conter elementos que, após muita paciência, se vislumbre traços de ficção científica, em verdade não é ficção, nem científica. Mescla, principalmente, aventura, drama e romance: fenômeno muito comum hoje em dia, quando se diagnostica fracasso de bilheteria.
Possui um pouco de tudo, mas não diz a que veio. F (flugzeuge = avião) P (plattform = plataforma) 1 (óbvio, um) Não Responde diverte pouco: mal consegue prender a atenção do expectador, bem diferente dos filmes da Republic nos anos quarenta.
Arriscaria dizer até que se não fosse a presença de Hans Albers (famoso ator alemão, que como tudo mais, morreu antes da maioria dos nobres internautas nascerem: 1891-1960) seria outro título perdido na filmografia da época.
Dois anos atrás, comentei neste blog acerca da impossibilidade de conhecer este filme e da quase certeza de que nunca o assistiria. Mas em tempos de internet, significa dizer heresia: conheci a obra no site http://www.feature-film.org/?p=19152.
Vamos ser francos: dos três é o menos significativo. De razoável duração (114 entediantes minutos), que muito sucintamente pode-se resumir da seguinte maneira: F. P. 1 é uma plataforma para aviões, um porta-aviões fixo, construída para permanecer no meio do Atlântico.
Poucos anos antes (1927) Charles Lindbergh havia atravessado o Atlântico num único vôo. Portanto, era comum acontecerem duas coisas: ou os aviões não tinham autonomia para longas distâncias ou seus motores, demasiadamente fracos e inseguros, garantiam pane certa e uma morte gloriosa para seus ocupantes.
Estando mar adentro, F.P.1 proporcionava a segurança necessária, abastecimento e contato por rádio na travessia da Europa para a América (e vice-versa).
Mas alguns bad guys tentam sabotar a plataforma marítima, asfixiando os tripulantes com gás. Hans Albers, aliás, Elissen, é apaixonado pela mocinha Claire Lennartz (Sybille Schimitz) que bancou a construção e que, por sua vez, suspira de amores pelo Comandante Droste (Paul Hartmann).
Filme romântico alemão até hoje não conheci nenhum, e este não é exceção. Mas como já falei, Hans Albers É O CARA! Voa com sua amada até o meio do oceano, pousa, salva os tripulantes, põe a correr com o sabotador e... fica sem ninguém no final!
Um aviso: nada tema nobre internauta. Não precisamos ficar sentidos por nosso herói. Albers tem carisma de sobra ser visto como um bobo apaixonado, ainda que, quando canta a inesquecível Flieger, grüb' mir die Sonne , tudo fique numa boa e que os dois pombinhos fiquem felizes para sempre!
Ainda bem, pois Hans Albers voltará novamente, na 3ª postagem, quando protagonizará GOLD e esta sim é uma verdadeira obra de ficção científica.
Poucos anos antes (1927) Charles Lindbergh havia atravessado o Atlântico num único vôo. Portanto, era comum acontecerem duas coisas: ou os aviões não tinham autonomia para longas distâncias ou seus motores, demasiadamente fracos e inseguros, garantiam pane certa e uma morte gloriosa para seus ocupantes.
Estando mar adentro, F.P.1 proporcionava a segurança necessária, abastecimento e contato por rádio na travessia da Europa para a América (e vice-versa).
Mas alguns bad guys tentam sabotar a plataforma marítima, asfixiando os tripulantes com gás. Hans Albers, aliás, Elissen, é apaixonado pela mocinha Claire Lennartz (Sybille Schimitz) que bancou a construção e que, por sua vez, suspira de amores pelo Comandante Droste (Paul Hartmann).
Filme romântico alemão até hoje não conheci nenhum, e este não é exceção. Mas como já falei, Hans Albers É O CARA! Voa com sua amada até o meio do oceano, pousa, salva os tripulantes, põe a correr com o sabotador e... fica sem ninguém no final!
Um aviso: nada tema nobre internauta. Não precisamos ficar sentidos por nosso herói. Albers tem carisma de sobra ser visto como um bobo apaixonado, ainda que, quando canta a inesquecível Flieger, grüb' mir die Sonne , tudo fique numa boa e que os dois pombinhos fiquem felizes para sempre!
Ainda bem, pois Hans Albers voltará novamente, na 3ª postagem, quando protagonizará GOLD e esta sim é uma verdadeira obra de ficção científica.
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