Thintosecco
É, me descupem, mas neste fim-de-semana o saudosismo dos anos 80 tomou conta do blog. Mas em breve os velhos filmes, a ficção científica e assuntos afins retornarão ao planeta, não se preocupem.
Mas esses dias fui surpreendido por minha mana com a seguinte notícia: "Sabe qual é a banda antiga que voltou? O Journey." Fiquei intrigado. E me deu uma certa saudade. Vocês conhecem a expressão "cuspir no prato que comeu". Pois me dei conta que fiz isso com essa banda e outras da mesma época.
Explicando, vou voltar um pouco na história do rock, até a segunda metade dos anos 1970, quando o rock mais elaborado e experimentalista, que recebeu o rótulo de Progressivo, começou a perder espaço (e qualidade, admito...).
Foi então que diversos grupos migraram daquela vertente em direção ao pop/rock. No geral, esses grupos produziram músicas marcadas pelo instrumental mais ou menos rico e ligeriamente pesado, alidado a letras simples e românticas. Em seguida surgiu na crítica o rótulo Rock Arena, do qual nunca ouvi uma definição clara, mas que pode servir para indicar esse pop/rock com pitadas de progressivo e heavy metal.
Foi então que diversos grupos migraram daquela vertente em direção ao pop/rock. No geral, esses grupos produziram músicas marcadas pelo instrumental mais ou menos rico e ligeriamente pesado, alidado a letras simples e românticas. Em seguida surgiu na crítica o rótulo Rock Arena, do qual nunca ouvi uma definição clara, mas que pode servir para indicar esse pop/rock com pitadas de progressivo e heavy metal.
Estou falando sobre bandas como o Kansas (os autores de Dust In The Wind), Asia (formado por respeitáveis ex-membros de bandas progressivas como Yes e Emerson Lake & Palmer ) Toto (de Rosana e Africa, acho que pode ser incluído), Survivor (todo mundo gosta de Eye Of The Tiger...) e, entre outros, o Journey.
Essas bandas tinham outros detalhes em comum, especialmente aqui no Brasil. Suas músicas serviam de trilha para aqueles velhos comerciais do cigarro Hollywood, com imagens de esportes radicais e gente bonita na praia. Sabem, eu era adolescente e curtia aqueles comercias (e nem por isso me tornei fumante) e passei a curtir também as respectivas bandas, antes de passar a ouvir o rock "de responsa", tipo Pink Floyd ou Led Zeppelin.
De certa forma, ouvir bandas como o Journey e cia. serviu como uma ponte para depois ouvir os grandes dinossauros do rock. Só que passei a renegar tais bandas como comerciais, vendidas. Injusto, no caso.
E quanto ao retorno do Journey? Bem, eu não ouvia falar nessa banda desde o final dos anos 80, depois da saída do vocalista Steve Perry. Começou então o entra-e-sai-da-banda, que não emplacou mais. Parece que o Steve Perry tentou voltar, já nos anos 2000, mas a saúde não ajudou.
Foi então que o improvável aconteceu. Sem jamais desistir de encontrar outro bom singer para a banda, em 2008 o guitarrista Neal Schon resolver arriscar a sorte na internet.
Durante vários dias, passou horas navegando no You Tube. E descobriu a existência de uma banda cover em Hong Kong, cujo vocalista pareceu-lhe até "cantar bem demais para ser verdade", mas entrou em contato pelo próprio You Tube. Do outro lado do mundo, o até então desconhecido vocalista filipino Arnel Pineda a princípio não acreditou no contato, mas por insistência de um amigo, que lhe advertiu que poderia estar disperdiçando a chance de sua vida, acabou respondendo o convite. Era verdade.
Com Pineda, o Journey lançou o álbum Revelation e, em pleno 2010, quase 30 anos depois de seu auge, parece de volta aos tempos dos comerciais do Hollywood! Podem conferir nos vídeos aí. Uma história surpreendente e que curiosamente remete ao título do maior sucesso da banda: "Don't Stop Believing".
A verdade é que o Journey não é uma banda de primeira, porém não pode ser chamado de descartável. Provou o contrário.
Postagem em parceria com o blog Vintage69 com agradecimento especial à Fê. Valeu!
Link:
http://dontstopbelievinblog.blogspot.com/
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