quinta-feira, 4 de março de 2010

QUADRINHOS CLÁSSICOS


Thintosecco


Era uma vez um tempo em que os grandes heróis dos quadrinhos chegavam às mãos dos leitores quase de graça. Vinham em "tirinhas" nos jornais, diários ou semanais, que eram também a principal fonte de informação daquela época.




Bons tempos aqueles de nossos pais ou avós, em que talvez houvesse menos informação, mas havia mais interesse pela cultura. E obras de grandes artistas do traço, com um Burne Hogarth ou um Alex Raymond, chegavam à casa das pessoas até de forma casual - podiam até, quem sabe, estar no papel de embrulho da mercadoria comprada no armazém da esquina.


É verdade que os mais antigos não viam valor algum nas historinhas de personagens como Tarzan, Fantasma, Príncipe Valente, Flash Gordon, etc. e mandavam a meninada da época deixar de vadiagem e abrir os livros do colégio - senão o chinelo ou a cinta pegava! Era o tempo de uma outra educação, bem diferente da atual - em que muitos universitários mal sabem escrever a própria língua. Então, no que hoje se entende por "ensino fundamental", já se estudava, por exemplo, o latim.



Hoje temos conforto e tecnologia. E como vivemos, por vários meios eletrônicos, uma overdose de informação, o pessoal acha dispensável a leitura. Não só dos livros, mas até dos gibis que - com exceção dos mangás e de uma ou oubra publicação infantil - vão se elitizando, tornando-se cada vez mais caros e restritos às (poucas) livrarias.


Mas, se você observar com atenção, toda moeda tem dois lados. E a internet, que também é vilã nessa triste história, também está na outra face, resgatando a riqueza da arte sequencial - irmã da literatura e prima do cinema - que é tão querida por nós. E é aí que entram duas importantes ferramentas: o scanner e os blogs (e também fóruns) que disponibilizam as HQs digitalizadas, as quais passamos a chamar simplesmente de SCANS.



E não é que há blogs especializados em quadrinhos antigos? Tenho acompanhado dois deles, os quais recomendo especialmente: o Quadrinhos Antigos e o HQ Point, onde se pode encontrar histórias daqueles personagens clássicos que influenciaram gerações. A propósito, as imagens que ilustram este post são referentes a scans encontrados naqueles blogs, onde também se encontram aqueles gibis dos nossos tempos de criança (aqueles da Ebal, Bloch, RGE...) que, na maioria dos casos, guardamos apenas na lembrança e que ali estão a apenas alguns cliques de ressurgirem na tela do PC.


A propósito, lembrando que há na rede muitos blogs/sites de scans, sugiro que dêem uma conferida na lista de links existente no blog Rapadura Açucarada. E, mais especialmente, registrem-se no fórum F.A.R.R.A., onde, aliás, (fazendo o meu mea culpa) estou devendo participar de forma mais ativa e civilizadamente, sem ficar só no "bem-bom" do download. Mas pelo menos registro o meu agradecimento pelo trabalho que realiza o pessoal ali.


E ficam dois toques para quem não está acostumado com leitura de scans: 1 - os arquivos estão hospedados em serviços tipo rapishare, de onde precisam ser baixados; 2 - os scans estão compactados em arquivos .cbr ou .cbz, para leitura com programas como o CDisplay.




No mais, divirtam-se.





PS: É impressionante como as histórias do Tarzan, de qualquer época, são sempre muito boas! Valeu!

3 comentários:

MrOX disse...

Nostalgia total, eu tive essa edição da disney, mas estava bem detonada, e um uma faxina de final de ano, se foi. Matei a saudade no down

Taiguara disse...

Nos endereços que mencionei, dá pra matar a saudade de muito gibi antigo!

E a gente descobre também muita coisa boa que se perdeu no tempo - quadrinhos da chamada "era de ouro". Cito duas obras dos anos 30 que me surpreenderam: "Viagem ao Interior de Uma Moeda", com o personagem Brick Bradford, e Terry e os Piratas, de Milton Caniff (ambas estão no HQ Point). Infelizmente o Terry só tem em espanhol e complica um pouco.

Mais uma vez, parabéns e obrigado ao pessoal que escaneia e disponibiliza essas jóias.

Anônimo disse...

Certi. Aqui se mata a saudade, pois sou coleciinador de quadrinhos antigos, estou com 54 anos de idade, portanto estou no meu habitat, tenho muita coisa boa (e ruim ) dos velhos tempos. Nem sempre foram bons quadrinhos, mas prevalece o melhor.

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