segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

REI ARTHUR (2004), revisitado.


 

 por ARTHUR


Curioso o período entre os anos 2000 e 2005. Foram lançados alguns dos melhores filmes épicos (e suas inevitáveis sequências) da história do cinema. Gladiador (2000), Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra (2003), Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001), O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel (2001), e King Kong (2005), dentre outros. Gêneros diferentes, mas com algo em comum: produção primorosa, bons roteiros, direção, elenco, trilha sonora, muito dinheiro bem empregado, e com tempo de exibição um tanto quanto longo para os padrões da época.

 

Quando assisto os remakes dos dias atuais, às vezes penso haver existido um alinhamento de planetas ou algo assim. E, como tudo na vida, foi uma fase, que não irá se repetir tão cedo. Mas também haviam alguns filmes subestimados pela crítica e público, que contam com uma legião de fiéis admiradores. 

 

 

 

Um desses, nos apresenta a versão sem glamour de uma lenda inglesa; contextualizada de acordo com recentes descobertas arqueológicas; mais precisamente, um anti Excalibur (1981). Já adianto que Excalibur é o suprassumo de tudo o que se escreveu sobre o Rei Arthur e seus cavaleiros

 

Mas o filme com meu nome, de 2004, traz elementos atuais, ainda que - justamente por isso -, seu roteiro resvale ao tentar adequar os personagens da lenda para o mundo real: um Merlin que não tem nada de mago; uma Guinevere que não trai ninguém; um Lancelot reprimido (tímido até); e sem Excalibur. Imagina a pauleira que esse filme tomou na Inglaterra! 

 


 

 


 

Na verdade, foca o lado excessivamente humanista de Artórius, o último comandante romano, que defendia a Muralha de Adriano contra os pictos, mas que se vê diante de uma ameaça muito maior, vinda dos saxões. Aí já é outra história: o brutal Rei Cerdic (Stellan Skarsgard) e seu filho roubam todas as cenas!

 


 

Outra figura que atrai atenção, mesmo que muito discreto é Tristan (Mads Mikkelsen, um ator que admiro desde Cassino Royale e a série Hannibal), cuja pontaria - somada aos delírios narrativos - faz com que voem suas flechas mais longe e com mais potência que mísseis supersônicos.

 

E isso que nem tinha mencionado a trilha sonora, composta por Hans Zimmer. Gosta da trilha de Interestelar? A de Rei Arthur (2004) é melhor!!!

 

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