The 7th Voyage of Sinbad (Simbá e a Princesa – 1958) foi, é e continuará sendo um dos melhores trabalhos do diretor Nathan Juran e de Ray Harryhausen. Foi o primeiro filme do mestre em efeitos especiais com fotografia colorida.
A história, para variar, é simples: tendo deixado para trás uma lâmpada mágica (com um gênio mirim dentro), o feiticeiro Sokurah (Torin Tatcher) força nosso herói (Kerwin Mathews) a retornar a sua ilha. Guardando o recanto, estão um ciclope, o pássaro gigante de duas cabeças e um dragão.
Dos três Simbás (os outros dois são A Viagem Dourada de Simbá (1973) e Simbá e o Olho do Tigre (1977), este é o meu favorito. Por quê? Porque, entre outras coisas, é literalmente conduzido pela excelente trilha sonora de Bernard Hermann (o compositor favorito de Hitchcok), pelo herói (Kerwin Mathews) e pela cena da luta com o esqueleto.
Este último chama a atenção na qualidade do trabalho de stop motion, pelo cuidado com a interação da montagem com o ator real; e que foi aprimorada até Jasão e o Velo de Ouro (Jason and the Argonauts - 1963), outro trabalho de Harryhausen onde, na cena final, os gregos enfrentam não um, mas uma dezena de esqueletos (e, nunca esquecendo, esta seqüência memorável é sempre lembrada quando citado o mestre)!
A obra denota ingenuidade se comparada com outros trabalhos da dupla (Juran e Harryhausen), mas a qualidade da produção sobressalta aos olhos, compensando (e muito) o espírito “George Lucas”, tal qual Jack, o Matador de Gigantes (Jack, the Giant Killer – 1962).
Este comentário pode ser sintetizado da seguinte maneira: pura fantasia. Melhor dizendo: um filme de aventuras clássico. Um produto primoroso dos anos cinquenta que, até o presente momento, não possui um sucessor à altura.
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