Quatermass
O Cavaleiro das Trevas continua o mesmo: ótimo coadjuvante, quando o vilão rouba a cena! Este é o problema do Batman nos filmes de tela grande: é sempre o personagem secundário.
O problema seria do ator? Não! Do diretor? Também não! Por que então? Porque é uma criatura atormentada e possui tantas neuras quanto seus adversários, a ponto de se confundir com eles. Seria como se uma pessoa estivesse ao nosso lado e afirmasse o tempo todo: “olha, tenho problemas, mas sou do bem!” Pronto! Tirou a graça toda!
Dizem que O Cavaleiro das Trevas e Batman Begins são superiores às duas primeiras versões de Tim Burton! Será? Não creio! Tim Burton tem um apreço por seres desajustados e procura contar suas histórias em tons góticos. São filmes de diretor. Os outros dois filmes que se seguiram (Batman Forever e Batman & Robin) foram fiascos não só por causa de Batman, mas por que seus vilões eram inexpressivos; portanto, o Batman, sem referência, desapareceu!
E sua versão de 2008? Deu tudo certo: tem um ótimo Coringa (Heath Ledger).
Só que, diga-se de passagem, não é melhor que o homônimo da TV (1966) e o de 1989, ao invés, é tão bom quanto estes. O interpretado por César Romero era cínico; o de Jack Nicholson, revoltado com o mundo; e o de Heath Ledger um misto de palhaço de circo, Bettle Juice e psicopata. Cada um destes Coringas é único, impossibilitando comparações.
Mesmo assim, este último é o meu favorito, não por ser o mais recente e sim pela complexidade com que o personagem foi elaborado. Por exemplo, seus trejeitos na saída do hospital associada à frustração na detonação dos explosivos é genial, beira o hilário. Mesmo contando com bom elenco e com incessantes cenas de ação, não significa que um filme seja bom. Esta é uma obra surpreendente, porque além do diretor Christopher Nolan, também segue sob a batuta do Coringa. E Batman? Sempre correndo atrás, sisudo e sem emoções!
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