Cá estava eu escrevendo três comentários sobre filmes sci-fi alemães dos anos trinta (que serão os próximos logo após este post), quando o camaleônico Eudes, num de seus vários blogs (Supersônico a Carvão), colocou no ar este longa que nunca em minha vida pensei assistir tão cedo (11.07.2011).
Fã declarado da série, aguardei o momento de assistir com a calma, paciência e compreensão de quem já havia visto o Yamato ser destruído duas vezes; depois deste filme, vi pela terceira vez! Mais que isso: este comentário acabou ficando pronto antes dos demais, saindo do forno direto para o PC de nosso blogmaster.


Afinal, há qualidades? Sim e não! A história é uma mescla da 1º temporada/1º longa (Viagem à Iskandar - 1977) com o 2º longa (Saraba uchu senkan Yamato; Ai no senshitachi – Cometa Império – 1978). Há personagens de ambos, com soluções à moda Battlestar Galactica: personagens antes masculinos agora femininos (Dr. Sado e Aihara) e mulheres que pilotam (a antes delicada Yuki Mori – eterna namorada de Kodai).



Assistir o Yamato decolar ainda provoca “arrepio na espinha”, tanto em anime quanto via computação gráfica. A idéia de recauchutar a velha trilha sonora também comove o fã, principalmente quando executam a enésima versão de “Universe Spreading to Infinity” - na cena em que a (agora) entidade Iskandar comunica-se empaticamente por Yuki. Fizeram uma mexida bem feita, ainda que não seja uma releitura de todo.


A solução encontrada para Deslok aparecer somente no final, deixou a desejar, já que era um dos melhores personagens; e o principal furo do roteiro: desumanizaram os Gamilons. Como encaixar uma figura incrivelmente carismática (Deslok) em meio à "ETs de Varginha"?


A história, para quem não conheceu os citados longas (uma lástima) é a seguinte: em 2.199, a Terra é atacada constantemente por Gamilon, tornando-se estéril e radioativa. Derrotados, os humanos possuem somente um encouraçado da segunda guerra mundial, que dotado de um novo tipo de propulsor e arma (o canhão de ondas), de origem alienígena, partem para Iskandar na esperança de encontrar um aparato de despolua o planeta.
Em sua viagem experimentam tanto viajar em “warp” quanto dar "tirinhos" com o citado canhão. Ao encontrar Iskandar, a surpresa (e realmente a idéia mais inteligente do roteiro).
Passadas 2h15min, o final inevitável, não só do filme quanto da nave. Mas pense pelo lado positivo: após assistir Yamato ser destruído três vezes, pode vir a ser a sequência que já estamos acostumados!