quinta-feira, 15 de outubro de 2009

LIFEFORCE





Quatermass


Lifeforce (Força Sinistra – 1985) tinha tudo para ser um grande thriller de ficção científica e terror, mas não foi! Os primeiro 30 minutos são irrepreensíveis: da descoberta de uma gigantesca nave seguindo a cauda do Cometa Halley até a cena do “beijo da morte”, o espectador fica grudado na poltrona.


O problema é que seu diretor é Tobe Hooper. Apesar de nominalmente constar nos créditos como diretor de Poltergeist (1982), duvido que realmente tenha sido (acredito que Spielberg tenha realizado tudo, nominalmente como produtor). Se havia dúvidas de sua competência em Lifeforce, elas acabaram em Invasores de Marte (1986): o clássico de 1953 era uma obra de ficção para adultos sobre uma invasão alienígena, vista sob o ponto de vista da criança; enquanto que o equivalente dos anos oitenta foi o oposto – extremamente infantil, pouco inteligente e usando a fama do filme original para se manter de pé! Na verdade, Tobe Hooper ou não sabe escolher roteiros ou não sabe segurar a direção quando tem um bom nas mãos.


Lifeforce foi um desperdício de talentos, dinheiro e tempo. Como já disse antes, descoberta a nave, os tripulantes do ônibus espacial Churchill ingressam em seu interior e descobrem centenas de criaturas lembrando morcegos ressecados pelo tempo e o vácuo. Junto encontram três corpos humanos perfeitamente preservados. Seu comandante sente forte atração pela mulher. O que acontece após é mistério. Abandonada e em órbita da Terra, uma missão resgata a Churchill e nela encontra os corpos dos dois homens e da misteriosa mulher (Mathilda May).


Trazida para Terra ela foge, matando um segurança e uma garota no parque, sugando suas energias vitais e ressecando seus corpos a ponto de mumificá-los. Quando o segurança é posto na mesa de autópsia e o legista está na iminência de cortá-lo, desperta e agora sentado na mesa, dá o que a crítica americana chama de “beijo”, matando o médico. Depois disso, aparecem os famigerados zumbis, cuja explicação não é bem contada; daí até o final, em que o espectador deixa o medo de lado, substituindo pela inevitável frustração.



Uma das hipóteses deste comentarista é de que as cenas iniciais por serem excessivamente impressionantes, foram compensadas pelas ridículas figuras cambaleantes.


Outra nota que merece destaque é a ótima trilha sonora de Henry Mancini, cujo tema de encerramento já virou fundo de muitos trailers da extinta produtora Cannon. Outra curiosidade: já vi na Internet e YouTube, abertura diferente deste filme, inclusive com o tema de encerramento abrindo os créditos!!! Coisas típicas de um filme confuso e diretor medíocre.




1 comentários:

Luiz_SJCampos_SP disse...

Realmente, me lembro que quando assisti este filme em casa , estreiando uma maravilha tecnológica da época , o meu primeiro vídeo cassete ,fiquei muito impressionado com as cenas iniciais e depois, com a nudez de Mathilda May rsrs
Valeu !

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