sábado, 4 de janeiro de 2014

RIDDICK 3





por Quatermass



Se com este filme David Dwohy entende que fechou a trilogia, então o fez de forma melancólica. Exagero meu? Talvez... então vejamos! 


A primeira meia hora nos conta o abandono de Riddick (Vin Diesel) pelos Necromongers em seu suposto planeta natal, Furya. Se ainda fosse a continuação do segundo filme não seria nada mal, mas, infelizmente, não é! Ao contrário: o cinéfilo é brindado com as aventuras de Robinson Crusoé Riddick e seu totó de estimação. Depois, segue a já enfadonha perseguição de nosso anti-herói por caçadores de recompensas. E, por fim, a também já cansativa corrida contra o relógio para fugir do planeta.


Ô meu, qualé? Graças a Deus que assisti copia de um cinema russo, porque teria me arrependido de pagar um ingresso de cinema para ver isso! 













No final do filme, quando Riddick está acossado pelas já não tão criativas criaturas da noite, é salvo à moda Star Trek V, o pior da franquia (que neste caso Riddick/Kirk é resgatado pela nave dos mercenários/klingons). E, antes dos créditos finais, na despedida, tem o discurso que permeia todo o filme: sou uma criatura solitária, traído por todos e que, no fundo, não sou do mal.


Contradiz tanto o primeiro Eclipse Mortal (1999) quanto Crônicas de Riddick (2004), ou seja, o cara é ruim, mau caráter e quer que o mundo se dane, mas por dor na consciência do diretor vamos se despedir numa boa! 












O filme peca justamente por isso: não é ingênuo, pois muito mal escrito, não convence ninguém,; não é uma sub-produção, pois se verifica claramente que o dinheiro foi mal empregado; que o ator é muito cara de pau, não é novidade, mas está em um de seus piores filmes (que saudade de Resgate do Soldado Ryan e Eclipse Mortal). Que coisa tchê! Se tem algo que não gosto é falar mal de filme. Mas não dá para não criticar Riddick 3: não há história, há canastrice em excesso e provoca um profundo sentimento de frustração.







Não há o que contar, pois a história se resume a isto: um quase nada. Pior: por causa disso voltei a rever Depois da Terra (2013), de Night Shyamalan e vi que em minha crítica de junho havia sido injusto. O indiano segue com seus méritos, demérito meu: não visualizei na época a sutileza da história e o excesso de mensagens subliminares. 


E sabem o que isto significa? Que estou falando de outro filme por falta de assunto do atual. É triste constatar isso: um diretor indiano que a critica ocidental se acostumou a falar mal, ainda que sua obra tenha se mantido estável e com nicho fiel de admiradores de um lado; e do outro a agonia de um herói que tinha tudo para dar certo se não tivessem prosseguido com as famigeradas e incrivelmente destrutivas continuações.


1 comentários:

carlosm42 disse...

Tem toda razão amigo é uma porcaria, eu sempre esperei por uma continuação do segundo, porque achei o final bem legal, apesar de ser uma copia de conan, o ladrão que vira rei.

Mas este 3º , não da pra acreditar que fizeram está cagada, parece um remake do primeiro

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