quarta-feira, 17 de julho de 2013

MULL OF KINTYRE



 



 por Quatermass




Já havia dito há algum tempo que uma das vantagens deste blog é a liberdade. Liberdade, no sentido de livre expressão, liberta impressão, intocável e inenarrável sentimentalização. 


Por ora livre do serviço, passei os primeiro dias de julho dentro de casa ouvindo música. Enquanto perdurar esta rara e inédita situação, evitarei as multidões, de suas dignas e merecedoras reivindicações; mesmo porque, como um foragido, vá que algum colega me veja e convoque de volta. 


Também já havia dito várias vezes ao Thintosecco: férias é ter tempo de fazer o que gosta, mesmo que seja numa única tarde poder sentar no café da Livraria Cultura, tomar demoradamente um cappuccino e ver as pessoas pegarem um livro, lê-lo ou fingir que o estão fazendo e depois deixar novamente na estante.


Porém, se nominalmente estiver nesta condição e não tiver tempo de curtir algo, voltarei para o trabalho!







Às vezes o voo é longo: fecho os olhos e escuto uma melodia manhosa celta ou folk flauteado; outras, ouço gaita de fole. Prá falar a verdade sou um segregador musical: gosto de algumas bandas/cantores e às vezes, destes, somente uma ou duas canções. O Wings é um exemplo. 


Dos quatro Beatles, oficialmente os geniais foram três; Ringo Starr era e continua sendo o mais esperto. Após anos de brigas/disputas/ciúmes, os Beatles acabaram e cada foi por si. Paul criou uma banda. Era pop/rock. 







Sua música era comercial, muito mais que a de seu rival John Lennon, este preocupado em salvar a humanidade, se meter em polêmicas e provar a todos que transava com a japonesa. 


Só que Paul e Ringo ainda estão aí tocando, enquanto que John e George se foram, ou seja, a genialidade ingênua se foi e o pop/rock maneiro ficou. Um pop/rock muito bem executado, com feições ora escapistas, ora geniais, ora inesquecíveis, ora bobas. 






Nunca vou me esquecer de que no início dos anos oitenta existia um programinha muito legal na TV Educativa aos sábados à tarde chamado Onda 82. Nele tocavam clips de bandas/cantores famosos, um deles o Wings de Paul McCartney, e de seu repertório, Mull of KIntyre. 


Mull of Kintyre e sua gaita de fole prestam homenagem a uma península escocesa homônima e também onde Paul possui uma fazenda. Não detenho o notável saber musical de nosso blogmaster, mas sempre que posso ouço esta música do Wings – e confesso que de todas é a que mais gosto. 






Foi um single lançado no final de 1977 e tornou-se hit mundial. Como os Beatles, o Wings acabou, mas não Paul, que segue sua jornada. 


Houve épocas em que desejava estar lá na Escócia ou voltar trinta anos no tempo; mas já que o momento não permite, curto a musica em casa!







1 comentários:

Thintosecco disse...

Muito bom! Há tempos não ouvia essa belíssima música. O ONDA foi um dos melhores programas de clipes e ajudou muita gente a aprimorar seu gosto musical e conhecer bandas antigas e/ou diferentes do padrão da época. Conheci muitos clássicos do pop/rock por meio dele. Bem lembrado e bem escrito!

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