sábado, 23 de outubro de 2010

PELÉ



por Thintosecco


Minha lembrança mais antiga de Pelé é curiosa. Me vejo indagando meu pai, durante a Copa do Mundo de 1974, do porquê o Pelé não estar jogando. "Ele não joga mais", ouvi. Na verdade, ainda assisti um pouco da arte do Rei pela tevê, em lances dos jogos do Cosmos, dos Estados Unidos, onde ele jogou no final da carreira, e em alguns jogos festivos. Parece que o Pelé sempre esteve aí e jamais irá embora. Mas hoje chega aos 70 anos.

Acho que Pelé chegou a um nível tão alto em sua profissão/arte, que transcendeu o futebol. Tornou-se o brasileiro mais famoso e celebridade mundial. Intuitivamente, tornou-se um embaixador do esporte. Fez da bola, sua antiga ferramenta de trabalho, um símbolo da paz, que distribui com sorrisos mundo afora. Pelé é um tipo de poeta que não precisa de palavras e às vezes até se atrapalha com elas , é verdade.

Fatos interessantes aconteceram durante sua carreira e inclusive após. Em certa ocasião seu futebol até fez parar uma guerra, para que as partes em conflito pudessem vê-lo jogar.

Na época de Pelé, o futebol brasileiro venceu três Copas do Mundo. A primeira, em 1958, representou a primeira grande conquista do esporte brasileiro. Na segunda, em 62, o Rei, machucado, deu espaço para que brilhasse a arte de Garrincha. Em 66 havia tanta desorganização na seleção, dizem, que nem o Pelé salvou. Mas em 1970, mesmo sob condições adversas - calor e altitude - o Pelé jogou tanta bola, mas tanta, que até os lances em que errou tornaram-se memoráveis.


Por tudo isso, deixo na nossa TV retrô - ali na barra lateral - um vídeo com alguns dos mais incríveis gols de sua carreira. E segue um vídeo que mostra que... o Maradona até pode, talvez, ter sido o melhor jogador de futebol do planeta. É que o Pelé foi de outro mundo!



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