terça-feira, 30 de junho de 2009

NO LIMITE






Quatermass





Anthony Hopkins é um ator à moda Michael Caine: não nega fogo, aceita qualquer papel!


Via de consequência, seus filmes são um tanto irregulares. Por exemplo: do sucesso de O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs - 1991) às diversas e descartáveis continuações de Hannibal Lecter. Mas há também filmes que, graças a Deus, não tiveram continuações e No Limite (The Edge - 1997) é um deles.


Nos conta a história do milionário Charles Morse (Hopkins), que acompanha sua bela e jovem esposa, a modelo Mickey (Elle Macpherson), numa sessão de fotos no Alasca. Segue também Robert Green (Alec Baldwin), fotógrafo e amante de Mickey. À procura de local apropriado para o set, o avião com o milionário e o amante cai numa região pra lá de inóspita. Os sobreviventes então passam a se conhecer melhor até a descoberta de que, além de rico, Charles também é corno.

Mas isto não constitui o cerne da história e sim o fato de que ambos percebem que idade, beleza e grana não fazem a mínima diferente numa região remota e quase ártica. Mais, que os valores morais vão ficando cada vez mais para trás, quando se trata de sobrevivência, pois um enorme urso os está caçando.


A trilha de Jerry Goldsmith, para variar, é memorável; assim como cenário e fotografia. Um belo filme de Lee Tamahoni, com direito a final coerente e decente, e que mesmo assim surpreende. Vale a pena ter um DVD desta obra e mesmo que não saia uma continuação, uma nova reprise é sempre bem vinda.


domingo, 28 de junho de 2009

MICHAEL JACKSON E A POEIRA DAS ESTRELAS


Thintosecco


Compartilhando idéias.
Seria injusto comigo mesmo se não dissesse algo sobre Michael Jackson.



Quando criança, assisti aos desenhos animados dos Jackson Five e quando a banda de verdade aparecia na tevê, eu, ainda menininho, ficava encantado (como todo mundo, aliás), com aquele garoto genial, talentosíssimo, que cantava e dançava junto com os irmãos.

Depois, nos anos 80, embora curtisse outro tipo de som, não escapei de ver e ouvir muito o Michael, que era na época como um furacão ou um tsunami. Se ouvia Michael Jackson em toda parte. Mais adiante o brilho dele foi indo embora, de uma forma estranha. Mas, como artista, já havia cumprido seu papel.


Penso que o Michael não foi apenas um astro. Foi, nos nos 80, uma Supernova. Só que uma Supernova não é uma estrela que brilha, é uma estrela que explode. Talvez - e isso é pura especulação - o sucesso dele tenha sido demais para aquele garoto sensível que não teve oportunidade de crescer como uma criança normal. Especulando de novo, pode não ter sido bom pra ele seguir carreira solo, deixando os irmãos. Porém, são muitos "ses"...

Será que Michael Jackson era muito louco para este mundo ou o mundo era doido demais para ele? O fato é que se foi. Mas não será esquecido. Deve estar retornando ao céu, que é o lugar das estrelas. Aqui, e ali, em toda parte, ficam fragmentos, sementes de sua arte. E o futuro, para os que foram e os que ficam, a Deus pertence. Há muitas coisas que não podemos entender, muito menos explicar. Às vezes, algumas delas podemos apenas sentir. Paz.

sábado, 27 de junho de 2009

A TERCEIRA TEMPORADA DE STAR BLAZERS



Uma lembrança do que era exibido pela Rede Manchete nas tardes de 1983/1984.

domingo, 21 de junho de 2009

EFEITO BORBOLETA



Thintosecco
(com grande força de
MrOx e Bianca)



Você já teve vontade de voltar no tempo e corrigir seu passado? Retornar até o momento exato daquela besteira cometida e fazer tudo de novo do jeito certo? Quem sabe, ter paciência naquela ocasião em que você "chutou o balde" ou então tomar uma atitude naquela hora em que cruzou os braços? Talvez fôssemos mais felizes se algumas coisas tivessem acontecido de uma forma em nossas vidas, é o que pensamos muitas vezes, não é?


Essa é a questão central do filme Efeito Borboleta (2004). Ou, pelo menos, uma delas, já que roteiro desse filme é inteligente e muito rico, tendo sido desenvolvido a partir das noções da Teoria do Caos, sendo que uma de suas bases é o próprio Efeito Borboleta que dá título ao filme, estudado pelo meteorologista Edward Lorenz.


"Observando os efeitos caóticos, Lorenz notou que variações muito pequenas aleatórias poderiam gerar um efeito dominó que elevava o grau de incerteza em eventos futuros, realimentando os graus de aleatoriedade. Desenvolveu teorias que demonstravam que a partir de variações mínimas haviam acelerações nas precipitações de dados em determinadas direções que mudavam completamente o resultado de uma determinada experiência. Em função de suas constatações o meteorologista chegou à conclusão que as previsões de fenômenos climáticos só poderiam adquirir certo grau de precisão utilizando equações matemáticas que levassem em conta o alto grau de incerteza nos eventos." Confira mais na Wikipedia.


No filme, o protagonista Evan é apresentado como um sujeito que tem um problema neurológico, cuja consequência principal é ter lapsos de memória, de modo que não lembra de certos acontecimentos de seu passado. Entretanto, não por acaso, esse esquecimento é relativo a fatos muito importantes no destino de sua vida e/ou na de pessoas próximas, ocorridos principalmente na infância. Um desses episódios, por exemplo, foi quando ele mais três amigos resolveram detonar - literalmente, usando uma banana de dinamite! - a caixa de correio de uma vizinha. O cara não se lembra exatamente o que aconteceu, mas sabe que o gordinho da turma não foi o mesmo desde então, aparentando inclusive problemas psiquiátricos. E assim muitas outras situações.


E daí? Daí que o personagem principal, já adulto, descobre como se lembrar desses fatos que marcaram sua vida. Só que, ao lembrar, ele os revive, como que retornando àquele momento. E mais: consegue alterá-los, mudando o curso de sua história dali em diante. Assim, passa a viver numa realidade alternativa, até que se lembre de outro fato importante e o altere também, surgindo outra realidade. O problema é que, mesmo possuindo este "poder" e usando-o, nenhuma das realidades lhe satisfaz totalmente.

Não vou contar o filme, o bom mesmo é assistí-lo! E acredite,está disponível no You Tube em versão dublada. Só não sei por quanto tempo. De qualquer modo, seguem abaixo as duas primeiras partes.

Em tempo, registro aqui o meu agradecimento ao amigo e "planetário" MrOx por mais esta grande sugestão! E obrigado e parabéns também à Bianca que, aliás, já tinha comentado (e bem) sobre o filme no blog A Vida Feliz. Valeu!





sábado, 13 de junho de 2009

THE SOUND OF SILENCE



Thintosecco



Quem assistiu ao filme Watchmen com certeza reparou na importância que tem a música em alguns momentos da história, o que já se nota na abertura, ao som de Bob Dylan. Outro momento de destaque é na sequência do enterro do Comediante, quando, pela força da música, parece que o filme se materializa em 3D.



A canção que toca é The Sound Of Silence, da dupla de folk rock Simon & Garfunkel. Composta há quarenta e cinco anos, segue eterna como clássico que é. Paul Simon e Art Garfunkel produziram nos anos 60 algumas canções de qualidade comparável às dos Beatles. The Boxer, Bridge Over Troubled Water e outras. E por isso sugiro ao pessoal mais jovem que talvez não saiba quem são, que procure conhecer o trabalho deles "para ontem".


Como o You Tube às vezes nos proporciona boas surpresas, encontrei um ótimo clipe de The Sound Of Silence, com legendas em português, que deixo para vocês conferirem. Trata-se de uma clássica apresentação da dupla no Festival de Monterey, em 1967. Aliás, aquele festival é considerado o auge do movimento "Flower Power". Essa performance é um caso de grandeza na simplicidade: duas vozes, um violão e só. Realmente não precisava mais nada.





Em fevereiro deste ano o Garfunkel apareceu num show do Paul Simon e juntos cantaram três músicas, incluindo The Sound. Foi o que bastou para surgirem boatos sobre os dois veteranos voltarem a fazer shows juntos, ainda em 2009. Quanto
à sugestão para conhecerem, ou para quem ouvir de novo o trabalho de Simon & Garfunkel, deixo um link interessante para vocês, com uma boa coletânea deles, AQUI.


Obrigado à mana, que insistiu para que eu assistisse Watchmen (filme que muito embora não seja perfeito, vale a pena ser conferido). E com isso trouxe a vontade de ouvir de novo esses clássicos de S & G. No mais, um bom domingo!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

F.P.1 ANTWORTET NICHT



Quatermass


Este, com certeza, é um de meus comentários mais esdrúxulos. F.P.1 Não Responde é um caso de fascínio pelo intangível; é daquelas manias de nerd e que em razão de sua natureza o distingue! Ao mesmo tempo, sinto tristeza em estar escrevendo sobre um filme que talvez nunca venha a assistir!




Isto mesmo: nunca vi F.P.1 Antwortet Nicht! As referências existentes são escassas, portanto, mais parece um quebra-cabeça (às vezes me sinto uma velha costureira bordando uma concha de retalhos): é filme alemão de 1932, a direção é de Karl Hartl e sua duração é de 115 minutos (na versão inglesa é de 74 minutos); mais, é uma obra de ficção extremamente rara, assim como Der Tunnel (1933) e Gold (1934), os demais filmes da trilogia.




Resumindo, estou falando sobre um filme lido, que conta a história (de maneira muito, mas muito arrastada) da construção de uma plataforma marítima que serve de campo de pouso e reabastecimento para aviões no meio do Oceano Atlântico (
Flugzeuge Platform 1), mas que, de uma hora para outra, deixa de se comunicar com o resto do mundo. Então, um destemido aviador se dispõe a chegar lá e investigar (deve-se considerar que viagens oceânicas por aviões eram poucas na época).




Apresenta um fato curioso: nos anos trinta, filmes de grande orçamento utilizavam elencos de diferentes países para as mesmas tomadas, ou seja, não só a edição era diferente, como os atores também! Portanto, existiram as versões alemã, inglesa e francesa. Três versões das quais não existem maiores informações a não ser que na alemã atuavam Hans Albers e Peter Lorre; na francesa, Charles Boyer... Três versões sem conhecer nenhuma! Daí a postagem do filme lido, mais que isso, imaginado! Ficção no sentido literal da palavra!


segunda-feira, 8 de junho de 2009

THE DARK KNIGHT (2008)




Quatermass




O Cavaleiro das Trevas continua o mesmo: ótimo coadjuvante, quando o vilão rouba a cena! Este é o problema do Batman nos filmes de tela grande: é sempre o personagem secundário.



O problema seria do ator? Não! Do diretor? Também não! Por que então? Porque é uma criatura atormentada e possui tantas neuras quanto seus adversários, a ponto de se confundir com eles. Seria como se uma pessoa estivesse ao nosso lado e afirmasse o tempo todo: “olha, tenho problemas, mas sou do bem!” Pronto! Tirou a graça toda!

Dizem que O Cavaleiro das Trevas e Batman Begins são superiores às duas primeiras versões de Tim Burton! Será? Não creio! Tim Burton tem um apreço por seres desajustados e procura contar suas histórias em tons góticos. São filmes de diretor. Os outros dois filmes que se seguiram (Batman Forever e Batman & Robin) foram fiascos não só por causa de Batman, mas por que seus vilões eram inexpressivos; portanto, o Batman, sem referência, desapareceu!



E sua versão de 2008? Deu tudo certo: tem um ótimo Coringa (Heath Ledger).

que, diga-se de passagem, não é melhor que o homônimo da TV (1966) e o de 1989, ao invés, é tão bom quanto estes. O interpretado por César Romero era cínico; o de Jack Nicholson, revoltado com o mundo; e o de Heath Ledger um misto de palhaço de circo, Bettle Juice e psicopata. Cada um destes Coringas é único, impossibilitando comparações.

Mesmo assim, este último é o meu favorito, não por ser o mais recente e sim pela complexidade com que o personagem foi elaborado. Por exemplo, seus trejeitos na saída do hospital associada à frustração na detonação dos explosivos é genial, beira o hilário. Mesmo contando com bom elenco e com incessantes cenas de ação, não significa que um filme seja bom. Esta é uma obra surpreendente, porque além do diretor Christopher Nolan, também segue sob a batuta do Coringa. E Batman? Sempre correndo atrás, sisudo e sem emoções!




sábado, 6 de junho de 2009

LUTANDO CONTRA DRAGÕES


Este é um postzinho básico enquanto tento resolver um problema com a minha máquina e por isso os próximos posts podem demorar um pouco.


Enquanto isso, "para variar" o You Tube segue cedendo a pressões de gravadoras/produtoras e deletando vídeos ditos de "direitos reservados" ou que tem "copyright". A última vítima postada neste blog foi um clipe com música e cenas do filme "De Volta Para o Futuro". Sabem, acho isso um saco! Não sou a favor da pirataria, mas do conteúdo livre (ou domínio público, como sempre foi chamado).

Não acho certo copiar e baixar músicas e filmes novos, lançamentos, que recém chegaram aos cinemas ou às locadoras. Mas também considero um absurdo o exercício abusivo do direito de propriedade, em prejuízo da divulgação da cultura! No caso de Back to the Future, se trata de um filme (e trilha) lançados há mais de vinte anos.

casos mais graves, em que a indústria quer faturar em cima de obras com quarenta, cinquenta ou mais anos de idade, e com isso priva muitos de conhecerem obras importantes e que já deveriam ser de domínio público.

Cito outros dois casos que aconteceram comigo e, em consequência, com este blog: Certa vez postei algo sobre o escritor Malba Tahan e coloquei para download sua obra mais famosa (e clássico imperdível): O Homem Que Calculava, em pdf. Há alguns dias recebi uma advertência do 4shared onde estava hospedado e de onde foi deletado!




Outro exemplo (outro crime) foi a postagem sobre o desenho japonês "O Pequeno Príncipe e o Dragão de Oito Cabeças", comentado pelo Quatermass no ano passado, ocasião em que colocamos vídeos do You Tube com trechos do filme e que muita gente gostou!

Só que, muito embora aquela maravilhosa animação (dos anos 60!) não esteja disponível para venda ou locação, os vídeos foram deletados do You Tube, por requisição da "gloriosa" Sony, sob alegação de que tem direitos sobre a obra. Bem, daí que eu tinha comigo um trecho e coloquei lá no 4shared para trazer de volta ao blog. Sabem o que aconteceu? Bloqueado!

Pois bem. Me indignei. Então, só para contrariar, vai aí, de novo, o vídeo do Príncipe Suzano! Aproveitem, não sei quanto vai durar.



Príncipe Suzano_1963
Enviado por Tioguara. - Ver os videos os mais originais da rede

Related Posts with Thumbnails