terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O RATO QUE RUGE



Quatermass




Vamos declarar guerra à América? Após, discutir os termos da capitulação, de maneira mais vantajosa e, de preferência, usufruindo seus dólares e viver felizes para sempre! Mas para tanto é necessária a formalização por escrito da referida declaração e, claro, a invasão ao continente americano.



Esta é a idéia central de O Rato que Ruge (The Mouse That Roared – 1959), outro genial filme de Jack Arnold, tendo como principais protagonistas a Grã-Duquesa Gloriana XII (Peter Sellers), o Primeiro-Ministro Rupert Mountjoy (Peter Sellers) e o vassalo/pau-pra-toda-obra Tully Bascombe (Peter Sellers).



O microscópico reino europeu de Grand Fenwick passa por uma grande crise econômica, já que seu único produto de exportação (e justamente para a América) é o vinho chamado... Grand Fenwick, agora imitado por uma vinícola da Califórnia. Tramado o plano por seu Primeiro-Ministro, aprovado pela Grã-Duquesa e posto em prática sob o comando de Tully, o diminuto exército de Grand Fenwick depara-se com um dilema: seus trajes, bem como as armas, são medievais. A solução: seguir adiante, cruzando a fronteira com a França como civis e embarcar todas as suas divisões num pequeno e arrebentado vapor. Os treinos com arco e flecha prosseguem durante a viagem, bem como os exercícios físicos a bordo, devidamente trajados com seus elmos e armaduras.



Ao desembarcar, a surpresa: deparam-se com uma Nova York vazia (em razão de um treinamento nuclear – paranóia típica dos anos cinqüenta) e nosso perplexo exército invasor procura então algo para obter uma futura barganha e encontra – seqüestra - um renomado físico nuclear e apodera-se da BOMBA Q, o artefato mais destrutivo criado pelo homem! A partir daí sai tudo errado! A mais poderosa nação do mundo curva-se então para Grand Fenwick!




Pode parecer incrível que com tanto filme por aí com horas e horas de duração sem dizer a que veio, Jack Arnold tenha dirigido esta jóia de não mais que 80 minutos - mas são minutos que valem por cada segundo. Também, pela arte dominada por Peter Sellers, de interpretar diversos personagens ao mesmo tempo, destacando-se em todos (ao contrário de muitos que fazem um só e ficam nisto mesmo). O único senão da obra é que, infelizmente, até o momento, nunca saiu nem em VHS nem em DVD. Só vi na extinta TV Tupi, há mais de trinta anos! Por quê? Não sei dizer! Talvez por ser tão minúscula, Grand Fenwick tenha desaparecido do mapa!



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