domingo, 7 de setembro de 2008

MORENGUEIRA CONTRA 007





No dia da independência, um épico tupiniquim!






Trechos de textos extraídos do blog
Cifrantiga e do site Samba-choro, que recomendo.

O ciclo mais notório de continuações
na música brasileira foi o dos sambas de breque compostos por Miguel Gustavo para Moreira da Silva, em que o cantor era apresentado inicialmente como um herói de faroeste, passando depois para agente secreto e até cangaceiro! Kid Morengueira foi apresentado em gravações que pareciam capítulos de radionovela, com atores, narrador e sonoplastia. São seis os sambas: O rei do gatilho (1962), O último dos moicanos (1963), Os Intocáveis (1968), Morengueira contra 007 (1968), O seqüestro de Ringo (1970) e Rei do Cangaço (1973).



Em Morengueira contra 007, além de Moreira da Silva e o agente britânico, estrelam Pelé e Cláudia Cardinale.
James Bond dá um flagrante em Pelé, que beijava a estrela italiana. Moreira dá um soco em Bond e livra a cara do rei. Mais tarde, ela confessa ser apaixonada pelo sambista e diz que só esteve no Brasil para seqüestrar Pelé e evitar que ele jogasse contra a seleção inglesa.



Morengueira contra 007 (samba, 1968)
(escute e/ou baixe pelo 4shared)


Começa o filme com o 007 /
Saltando em Santos com a Cláudia Cardinale /
Com seu decote italiano ela é tão bela /
Que ninguém vê o James Bond junto dela /
Os dois se hospedam na concentração do Santos /
E entre tantos ninguém sabe por que é /

Que ela desfila de biquini na piscina /
E na maior intimidade com o Pelé /

A bonitinha não percebe a tabelinha /
que ele faz. Pelé controla a Cardinale /
e dá-lhe um beijo e avança mais... /
Goool do Brasil! /

(Temperamento latino é fogo...)


O James Bond nesse instante dá o flagrante /
Diz que Pelé tem pagar pelo que fez /
Então em luta corporal e o 07 /
Vai abater o jogador com um soco inglês /
Porém Moreira que assistia toda a cena /
Entra sem pena vai no 7 manda o pé....




O cantor e compositor Antônio Moreira da Silva, o Morengueira, criador do samba-de-breque, nasceu no Rio de Janeiro. Há alguma controvérsia sobre a data exata de seu nascimento, mas é ele quem informa: "Nasci em 1902, num 1º de abril, na rua Santo Henrique, hoje Carlos Vasconcelos, na Tijuca". E morreu em sua cidade natal, no dia 6 de junho de 2000. "Eu queria mesmo era ser advogado". Dizia que foi por acidente que o breque apareceu, durante um show num cinema, em 1936.


"Foi por acaso, como quase todas as descobertas dos cientistas. Eu estava cantando um samba fraquinho e decidi interromper e improvisar umas falas só para brincar com a platéia". ‘ Meto a solingen na garganta do otário e ele geme, ai, ai, meu Deus. Não posso mais. Vou me acabar’. Aí nasceu o breque".



Estava criado o rap caboclo, muitas décadas antes do Public Enemy. Por Moreira da Silva. Ou Kid Morengueira.


Postagem dedicada ao Fernando, meu pai, um grande fã dos sambas "cinematográficos" do Morengueira.

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