sábado, 8 de março de 2008

RBD ?

por Quatermass

Tudo na vida são fases. São momentos que passam e não voltam... ao menos com os mesmos atores. Du
rante a década de oitenta, minha irmã vivia se derretendo pelo Chaves, transmitido até hoje pelo SBT. Pensava eu: o ele que tem de mais? Agora, vinte e poucos anos depois, minha filha também gosta da figura na lata de lixo. Volto a perguntar então, como é que não envelhecem estes seriados mexicanos? Não só não envelheceram, como mudaram de figurino: estão mais chiques, mais jovens, com maiores questionamentos, típicos da adolescência, e... com o mesmo dramalhão! Pior, me fez comprar os box com os DVDs das duas primeiras temporadas. Minha mulher ficou furiosa: todo mundo é contra o RBD ou Rebelde (pais, professores, psicólogos, etc). Disseram para retirar os DVDs, escondendo-os, em razão da mensagem extremamente negativa que passam. E foi o que fiz! Não adiantou: a guria passou a assistir RBD no Canal Boomerang. Aí que fiquei com a pulga atrás da orelha! E contra todos os prognósticos de nossa culta intelectualidade das áreas de psiquiatria e psicologia, fiz algo horrendo: pus em dúvida o notável saber da psique humana e fui assistir Rebelde na TV junto com ela. Se tem coisa que eu verdadeiramente detesto é tentarem me impor um conceito, uma mensagem, sem menor domínio do assunto.



Por que RBD é nocivo? Mais pela sutileza da mensagem! Já assisti toda a primeira temporada e o máximo que consegui sentir foi admiração pela Roberta e pena da Lupita. Não possui mensagem subliminar mais nociva que Barrados no Baile, é mais ingênuo até. A grande questão é que se visava o público juvenil e acabou alcançando também o infantil e o infanto-juvenil, daí a gritaria geral. Confesso que sou quarentão, mas RBD é mais digerível que Barrados no Baile ou qualquer daqueles seriados bestas que a Globo exibia nas décadas de oitenta e noventa. Chaves é voltado para o público infantil, porque está repleto de palhaços, melhor dizendo, adultos fingindo serem crianças. Em RBD são adolescentes interpretando eles mesmos. Não deixa de ser uma inteligente evolução das novelas mexicanas. Quem sabe um dia alcançarão o padrão Globo de qualidade?


O ponto de interrogação do título fica por minha conta, mas é só uma brincadeira. Essa postagem, publicada no Dia Internacional da Mulher, é uma homenagem às mulheres do futuro, hoje talvez rebeldes, mas provavelmente amanhã esposas e mães dedicadas. E profissionais competentes, artistas talentosas ou tudo o mais que já provaram ser. Esta postagem é dedicada de forma especial à Larissa, uma rebelde no bom sentido! (Thintosecco)



1 comentários:

Anônimo disse...

Eu assisti a alguns capítulos desta novelinha e para mim não agradou. Claro que é questão de gosto, mas o que mais me incomoda são os esteriótipos:
As meninas, além dos esteriótipos de boas e más se vestiam como prostitutas e claro, a fim de agradar as adolescentes, as fizeram mais espertas e ativas do que os meninos que viviam parece que em estado de torpor após uma briga ainda mais evidênciada pelo desalinhamento proposital de suas vestimentas. Não sei prá quê gravata se ela só fica largada como uma forca no pescoço.
Com os adultos sempre a mesma coisa de filme "teen", meio bobos, sem lógica e sempre retratados como vilões merecedores de ódio.
Acho que são Rebeldes Sem Causa.
A Malhação da Globo também vai para este lado de mensagem vazia, esteriotipada.
Acho que eu vou exemplificar melhor com comparativos de filmes para adolescentes: Há aqueles filmes só de sacanagem juvenil, tipo Porkys e nerds e similares e há filmes como o Clube dos Cinco.
Se você teve ou tiver a oportunidade de comparar as mensagens, acho que conseguirei exemplificar o que eu consideraria de filme com mensagem para jovens.
Ah, não sou psicólogo, psiquiatra e nem nada do tipo, apenas um eventual expectador que gosta de analisar e comentar um pouco de tudo...faz bem, né?!

Valeu!!

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